sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Question – 3

Quem é o jogador retratado abaixo?
Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro à sua escolha sobre o tema futebol.
Boa sorte a todos.
Anterior:
No segundo desafio desta série, descubra o nome do jogador descrito na(s) afirmativa(s) abaixo.
I – Meia-atacante extremamente técnico, atuou em três ligas europeias;
II – Disputou as Copas de 1994 e 1998;
III – Em seu último clube, conseguiu a proeza de ser campeão nacional invicto;
IV – É conhecido por temer um meio de transporte.
Resposta: Trata-se do holandês Dennis Bergkamp, ex-jogador do Ajax, Internazionale e Arsenal. Pelo selecionado laranja, Bergkamp disputou 79 partidas e anotou 37 gols.  
Classificação: Parabéns ao jovem Augusto Cesar, o primeiro participante a cravar o nome do craque holandês. Deste modo, a liderança continua com Rodolfo Moura com Augusto na segunda colocação. Confira abaixo a classificação de momento:
1º - Rodolfo Moura – 4 pontos;
2º - Augusto Cesar – 3 pontos;
3º - Eduardo Júnior, Joe William, Johnny, Mini-Crítico, Prisma, Ricardo Joss e Victorino Netto – 2 pontos.
4º - Arthur Barcelos, Alexandre Anibal, JP e Marcus Buiatti – 1 ponto.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Contagem Regressiva: Setembro de 2011

Para um fanático por futebol, Copa do Mundo é muito mais do que um evento esportivo. É um período para se tirar férias do trabalho e só sair de casa para tratar de assuntos estritamente necessários. São semanas mágicas, onde um jogador consegue deixar o mundo mortal para fazer parte do panteão dos Deuses da Bola e, de quebra, transformar um país inteiro numa grande festa. É uma época para se rir, chorar, se emocionar. Enfim, é um momento que será guardado para sempre em nossos corações...
Incoerência.
Carlos Alberto Parreira costumava afirmar que o critério para convocar jogadores para a Seleção Brasileira é “não ter critério”. Com isso, o experiente treinador queria dizer que sua função era selecionar os melhores sem se prender a critérios pré-estabelecidos. Por sua vez, Dunga era tão coerente em suas convicções que costumava irritar a crônica esportiva. Durante seu período como técnico da Seleção, o ex-volante seguia à risca sua própria cartilha e deu de ombros para aqueles que pediam Ganso e Neymar no grupo. Para Dunga, a ausência de testes com a dupla santista era o motivo principal para preteri-los.
Curiosamente, Mano Menezes não segue nenhuma dessas premissas. Aliás, se é possível sintetizar sua gestão no comando da Seleção, a melhor palavra é “incoerência”. O discurso inicial de busca pelo protagonismo perdido e pela imposição do jogo na prática se mostrou algo completamente diferente. Escalando até três volantes incapazes de armar o jogo e provocando um enorme hiato entre meio-campo e ataque, Mano coloca em prática algo totalmente diferente do que prega.
E não é só na filosofia de jogo que a incoerência se manifesta. Durante o último ano, jogadores entraram e saíram do time sem muita lógica ou explicação. Na defesa, Júlio César, Maicon e Lúcio começaram de fora para, tempos depois, assumirem a titularidade. Porém, o zagueiro e até então capitão já não figura nesta última lista. Na lateral esquerda, André Santos parecia o dono da posição, mas suas falhas na Copa América e contra a Alemanha parecem ter acabado com suas chances até mesmo no grupo.
No meio-campo, é difícil acreditar que não foi a expulsão diante da França a causadora do afastamento de Hernanes por tanto tempo. Ainda no setor, o ex-titular Ramires desapareceu sem deixar vestígios. É verdade que o volante do Chelsea não atravessa grande fase, mas o que dizer de Elias, renegado pelo Atlético de Madrid e com vaga cativa em todas as convocações? Isso sem falar em Jadson que parecia ser a solução para as constantes ausências de Ganso, mas sacado após uma boa exibição diante do Paraguai.
Na frente, a presença de Fred deve causar surpresa até no mais fanático torcedor do Fluminense. Sem atuar em bom nível desde os tempos de Lyon, o irregular centroavante é presença certa em quase todas as convocações. Enquanto isso, jogadores como Hulk e Nilmar marcavam gols e mais gols e recebiam chances a conta gotas. Não por acaso, a Seleção refletiu em campo toda a incoerência de seu comandante. Um time sem ideias, inseguro e que não evoluiu quase nada desde que o técnico gaúcho assumiu.                   
Duas listas.
Na última quinta-feira, Mano Menezes anunciou duas listas de convocados para os amistosos contra Argentina (28/09), Costa Rica (07/10) e México (11/10). A primeira lista conta apenas com jogadores que atuam no País para a partida de volta pela Copa Rocca. Destaque para as presenças de Diego Sousa, que volta à Seleção, Elkeson, atravessando bom momento no Botafogo e com que tem idade olímpica, e Borges, artilheiro do Brasileirão. Veja a lista completa:   
Goleiros: Jefferson (Botafogo) e Rafael (Santos);  
Zagueiros: Dedé (Vasco), Emerson (Coritiba), Réver (Atlético-MG), e Rhodolfo (São Paulo);
Laterais: Bruno Cortês (Botafogo), Danilo (Santos), Kléber (Internacional) e Mário Fernandes (Grêmio);
Volantes: Casemiro (São Paulo); Paulinho (Corinthians), Ralf (Corinthians) e Rômulo (Vasco);  
Meias: Diego Sousa (Vasco), Elkeson (Botafogo), Lucas Moura (São Paulo) e Oscar (Internacional);
Atacantes: Borges (Santos), Fred (Fluminense), Neymar (Santos) e Ronaldinho Gaúcho (Flamengo).
Na segunda lista, chamam a atenção a ausência do veterano Lúcio e o retorno de Hernanes, que não era convocado desde a expulsão diante da França:
Goleiros: Jefferson (Botafogo) e Júlio César (Internazionale) e Neto (Fiorentina);
Zagueiros: David Luiz (Chelsea), Dedé (Vasco), Réver (Atlético-MG e Thiago Silva (Milan);
Laterais: Adriano (Barcelona), Daniel Alves (Barcelona), Fabio (Manchester United) e Marcelo (Real Madrid);
Volantes: Lucas Leiva (Liverpool), Luiz Gustavo (Bayern), e Sandro (Tottenham);  
Meias: Elias (Atlético de Madrid), Fernandinho (Shakhtar Donetsk), Hernanes (Lazio), Lucas Moura (São Paulo) e Oscar (Internacional);
Atacantes: Fred (Fluminense), Hulk (Porto), Jonas (Valencia), Kléber (Porto), Neymar (Santos) e Ronaldinho Gaúcho (Flamengo).
De olho na Copa.  
O mês de setembro foi marcado pelas greves dos operários responsáveis pelas obras do Mineirão e do Maracanã. Em Belo Horizonte, os trabalhadores pedem equiparação salarial com São Paulo. No Rio, os grevistas reclamam da falta de médicos e da má qualidade da comida fornecida pela construtora. Em Salvador, os trabalhadores também ameaçaram entrar em greve, mas a situação foi contornada pelo consórcio responsável pelas obras na Arena Fonte Nova.
Confira abaixo o andamento das obras nas doze sedes:      
Dentro do previsto: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife e Salvador;
Apresentando atrasos: Cuiabá, Porto Alegre e Rio de Janeiro;
Situação preocupante: Curitiba, Manaus, Natal e São Paulo.    
Crédito da Imagem: Terra.

domingo, 25 de setembro de 2011

Só dá Barça!

Após a grande participação dos amigos do blog A4L, chegou o momento de conferir nossos favoritos nas principais ligas europeias e comparar com a opinião dos especialistas convidados pela revista Placar. Na edição 2011/2012 do Guia Europeu da publicação, onze jornalistas apontaram seus preferidos nos campeonatos espanhol, inglês, italiano, alemão, francês e português, além da UEFA Champions League. O resultado final é o seguinte:
Espanha: Barcelona (6 votos);
Inglaterra: Manchester United/Manchester City (5 votos);
Itália: Milan (6 votos);
Alemanha: Bayern (11 votos);
França: PSG (7 votos);
Portugal: Benfica (6 votos);
UCL: Barcelona (7 votos).      
Como é possível notar, os dois times de Manchester dividiram o favoritismo na Inglaterra, o Bayern de Munique foi unanimidade na Bundesliga e o Benfica é considerado o favorito em Portugal. Basicamente, essas são as únicas diferenças em relação aos nossos palpites. Confira abaixo:
Espanha: Barcelona (28 votos), Real Madrid (8 votos);
Inglaterra: Manchester United (28 votos), Manchester City (5 votos), Chelsea (2 votos) e Liverpool (1 voto);
Itália: Milan (25 votos), Inter (9 votos) e Juve (2 votos);
Alemanha: Bayern (25 votos), Borussia Dortmund (11 votos);
França: PSG (25 votos), Lyon (3 votos), Lille (3 votos), Marseille (3 votos) e Saint-Etienne (1 voto);
Portugal: Porto (25 votos), Benfica (5 votos) e Sporting (5 votos);
UCL: Barcelona (19 votos), Real Madrid (14 votos), Manchester United (2 votos) e Bayern (1 voto).
A maior dúvida registrada em nossos palpites reside no vencedor da Liga dos Campeões. Para 19 pessoas, o Barcelona será o primeiro bicampeão desde que o torneio mudou de nome e formato. Para outras 14, José Mourinho será capaz de conduzir o Real Madrid à tão sonhada La Decima 

Na oportunidade, agradeço a todos que participaram deste “palpitômetro” e até a próxima!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Question – 2

No segundo desafio desta série, descubra o nome do jogador descrito na(s) afirmativa(s) abaixo.
Atenção: Serão quatro alternativas ao todo. Uma por dia. Cada uma revela determinada informação do jogador que, reunidas, formam uma resposta única. Agora, cuidado ao arriscar, pois cada participante só tem direito a uma opção.
I – Meia-atacante extremamente técnico, atuou em três ligas europeias;
II – Disputou as Copas de 1994 e 1998;
III – Em seu último clube, conseguiu a proeza de ser campeão nacional invicto;
IV – É conhecido por temer um meio de transporte.
Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro à sua escolha sobre o tema futebol.
Boa sorte a todos.
Anterior:
Quem é o jogador retratado abaixo?
Resposta: Ele é Leo Albert Jozef Clijsters, mais conhecido como Lei Clijsters. Ex-zagueiro da seleção da Bélgica, disputou os Mundiais de 1986 e 1990. Pai da famosa tenista Kim Clijsters, Lei faleceu em 2009, vítima de um câncer no pulmão.    
Classificação: Parabéns ao grande Rodolfo Moura, o primeiro acertador do desafio inicial.
Confira abaixo a classificação de momento:
1º - Rodolfo Moura – 3 pontos;
2º - Eduardo Júnior, Joe William, Johnny, JP, Mini-Crítico, Prisma, Ricardo Joss e Victorino Netto.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Lembra desse?!

Aquele lance ou momento que você, por um motivo ou outro, nunca esqueceu.
757.
A semana da Internazionale foi tão conturbada com a demissão do técnico Gian Piero Gasperini e com a contratação de Claudio Ranieri que uma marca histórica quase passou em branco. Na partida em que os Nerazzurri perderam para o caçula Novara por 3x1, o capitão Javier Zanetti completou 757 partidas pelo clube, superando assim, o lendário Giuseppe Bergomi e se tornando o jogador que mais vezes vestiu a camisa da Inter.
Mas o “Além das Quatro Linhas” não se esqueceu dessa importante data e presta aqui a sua homenagem ao eterno Capitano. Afinal, ele merece...
Você conhece alguma história interessante sobre o mundo da bola?
Mande-a para meu e-mail: a4l@bol.com.br e coloque no assunto: 'Lembra desse?!' e ela poderá ser publicada aqui!

domingo, 18 de setembro de 2011

Não caia nessa, Neymar!

Os mais jovens podem não se lembrar, mas os atacantes Denílson e Robinho deixaram o Brasil para jogar na Europa sob expectativas maiores por parte de imprensa e torcida do que Ronaldinho Gaúcho e Kaká. A história tratou de mostrar quem era quem, mas a verdade é que tanto o ex-são-paulino quanto o ex-santista eram considerados craques quando foram negociados.
Denílson era tido como uma espécie de Garrincha da ponta esquerda. Um entortador de laterais que, vendido por absurdos U$ 32 milhões pelo São Paulo ao Bétis, nunca entregou o que dele se esperava. Por sua vez, Robinho era visto como provável melhor do mundo por nove entre dez fãs brasileiros. Suas pedaladas enchiam os olhos e o topo parecia apenas questão de tempo. Me lembro bem de uma coluna de Juca Kfouri publicada no jornal Lance! após o título brasileiro do Santos em 2002 que dizia: “Feliz do clube que um dia teve Pelé e que hoje tem Pelé (Robinho) e Maradona (Diego).” Desnecessário comentar o exagero de tal pensamento.
Temo, sinceramente, que Neymar possa seguir o mesmo caminho. Não que falte talento ao jovem santista. Nada disso. Ao contrário dos jogadores citados no parágrafo anterior, Neymar é muito mais completo: Dribla em velocidade, tem visão de jogo e finaliza muito bem. O problema, como disse o goleiro Rogério Ceni no programa “Bem Amigos”, é outro e atende pelo nome de cai-cai. Uma prática comum ao futebol brasileiro, mas que não é tolerada na Europa, seu destino certo. O próprio jogador já foi vaiado por conta disso no amistoso contra a Escócia. Neymar atuou muito bem naquela ocasião, mas os apupos dos estrangeiros presentes ao estádio a cada vez que o garoto pegava na bola são uma lembrança forte daquele dia. Uma revolta que teve início quando ele tentou simular da mesma maneira que faz aqui.
Conforme revelou o jornalista Arnaldo Ribeiro em seu blog, lamentavelmente, esse expediente é (ou pelo menos era) incentivado pelo pai do atleta que entendia os saltos como uma forma de proteção e ao mesmo tempo de exploração da fragilidade da arbitragem local. Hoje, é possível dizer que o atacante melhorou muito nesse quesito, procurando ficar mais em pé, mesmo assim está longe do ideal.
Se Neymar quer brilhar na Europa e pela Seleção, será mais do que necessário rever essa estratégia. Nesta semana mesmo, vimos outro brasileiro, o lateral Marcelo do Real Madrid, sendo expulso da partida em que seu time visitava o Dínamo Zagreb por simular um pênalti. Já pendurado por um cartão amarelo, Marcelo viu o árbitro sacar o segundo cartão após seu mergulho na área croata.
No entanto, o maior problema nem está na possibilidade de expulsões ou suspensões, mas numa possível incapacidade do jogador entender como o jogo funciona no Velho Continente. Caso seu comportamento não mude, o prodígio pode não constatar que lá o futebol se joga em pé. Se não perceber isso, periga passar mais tempo na horizontal suplicando por marcações que nunca virão do que buscando as redes adversárias. Neste momento, estará muito mais próximo de ser um Denílson ou um Robinho do que de Ronaldinho e Kaká. Uma pena, pois talento não lhe falta.                
Imagem: Gazeta Press

sábado, 17 de setembro de 2011

A4L Tube.

Dilma x CBF
O vídeo abaixo não é tão recente, mas eu ainda não tinha visto. Publicado originalmente no site humorístico Kibeloco e sugerido pelo apresentador Flávio Gomes no Bate-Bola (segunda edição) desta sexta-feira, mostra o engraçadíssimo Gustavo Mendes parodiando a presidente Dilma Rousseff e dando uma bronca homérica no trio formado por Mano Menezes, Ricardo Teixeira e Andrés Sánchez. Imperdível...
Descobriu algum vídeo interessante ou engraçado cujo tema é futebol? Mande-o para meu e-mail: a4l@bol.com.br, colocando no assunto “A4LTube”. Ele poderá ser publicado aqui!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Question – 1

No primeiro desafio desta série, responda: Quem é o jogador retratado abaixo?

Dicas serão inseridas neste espaço de acordo com a necessidade dos participantes.
Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro à sua escolha sobre o tema futebol.
Boa sorte a todos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Carta aberta ao Galinho.

Prezado Zico,
Peço licença para tratá-lo pelo apelido, mas creio que você não se incomoda, afinal, Zico é a alcunha com a qual você se consagrou mundialmente. Um nome marcado não só por seu enorme talento, mas também por seu caráter e pelos exemplos dados ao longo de décadas dedicadas ao esporte. Não por acaso, Arthur, seu nome de batismo, é dado frequentemente aos filhos de pais que sonham que seus rebentos sejam como você. Não um craque dos gramados, o que é difícil, mas um cidadão de bem. É uma homenagem, um agradecimento, mas também uma esperança. 
Por isso, li com tristeza a entrevista concedida ao jornal Extra nesta semana onde você se mostra indiferente ao Flamengo. Entendo perfeitamente sua mágoa com os atuais dirigentes do clube, pessoas que lá estão muito mais interessadas em se aproveitar do que contribuir realmente. Nesse grupo também incluo aqueles que adoram aparecer nas vitórias, mas desaparecem nos momentos difíceis e que colocam os sujos bastidores políticos acima do que é correto.
Porém, queria lembrá-lo (ou reforçar a ideia) de que o Flamengo é muito maior do que essas pessoas. O Flamengo é um sentimento, uma maneira de enxergar a vida que só os verdadeiros torcedores podem perceber. Assim, nada magoa mais os legítimos rubro-negros do que saber que seu maior ídolo virou as costas para o clube que o revelou e que recebeu em troca gols, títulos e glórias.
De qualquer modo, não tenho o direito de pedir que se una a eméritos flamenguistas e arranque o clube das mãos dessas figuras. Afinal, isso só seria possível se você fosse presidente, algo que, pelo visto, nunca foi uma possibilidade real. Sei que você tem sua vida e seus projetos e se esses não incluem o Flamengo, é um direito seu.
Mas uma coisa eu me reservo ao direito de pedir: Nunca, nunca abandone o Flamengo. Nunca se esqueça das pessoas que vibram, riem e choram pelo clube mais querido do Brasil. Não reconheça como sendo o Flamengo aqueles que se aproveitam do clube. Reconheça sim, aqueles que fazem de tudo para ver o time em campo, que economizam seus trocados para comprar uma camisa ou um ingresso para ver o jogo. Aqueles que te defendem em qualquer discussão e que nunca colocam sua honestidade em dúvida. Pois esses nunca vão virar as costas para você, nem para o verdadeiro Flamengo.
Atenciosamente,
Michel Costa 

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Question

Aviso!
O Question, em sua quarta edição, está de volta ao Além das Quatro Linhas e terá seu primeiro desafio publicado na próxima sexta-feira. Assim como na edição anterior, o primeiro acertador receberá três pontos e os outros acertadores receberão um ponto. Ao final de quinze semanas, será declarado vencedor aquele que somar mais pontos.
O primeiro critério de desempate é o maior número de “primeiro acerto”. O segundo critério é o último “primeiro acerto”. E o terceiro critério é o maior número de “segundo acerto”, embora este último seja praticamente impossível de ser utilizado.
Novamente, os desafios terão como objeto fotos de jogadores ou treinadores do presente e do passado ou uma combinação de dicas que resultam num único nome. Aqueles que participaram das outras edições já sabem como funciona.
O primeiro colocado receberá em casa um livro, a sua escolha, com o tema futebol. Na primeira edição do Question, o vencedor foi o grande Rodolfo Moura que escolheu “As Melhores Seleções Estrangeiras de Todos os Tempos” de Mauro Beting. Na segunda temporada, o prêmio ficou com o indecifrável Yuri Barros, que escolheu “Vencer ou Morrer: Futebol, Geopolítica e Identidade Nacional” de Gilberto Agostino. Na terceira, foi a vez de Guilherme Siqueira escolher “Os 55 maiores jogos de Copa do Mundo” de Paulo Vinícius Coelho.
Conto com a participação de vocês!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A4L Tube.

“Vai beber na água do Montillo!”
O vídeo abaixo poderia ser apenas mais um dos que mostram a revolta de torcedores com os jogadores de seu time. Porém, o que aconteceu no desembarque da delegação do Cruzeiro no aeroporto de Confins após a derrota para o Santos me chamou mais a atenção do que o normal justamente pela presença de alguém conhecido entre os manifestantes.
Entre os mais indignados estava meu amigo Pedro (0:17) que se deparou com os atletas do clube celeste justamente quando embarcava para suas merecidas férias. Além do inconfundível sotaque barbacenense, Pedro quase me matou de rir ao mandar o time “beber na água do Montillo”. Vale a pena conferir abaixo...
E não fique chateado, Pedro. Nada como uns dias na Costa do Sauípe para curar seu velho coração de torcedor...     
Descobriu algum vídeo interessante ou engraçado cujo tema é futebol? Mande-o para meu e-mail: a4l@bol.com.br, colocando no assunto “A4LTube”. Ele poderá ser publicado aqui!

O Professor Pardal italiano.

Archimede Pitagorico é o nome em italiano do famoso personagem de Walt Disney que no Brasil conhecemos como Professor Pardal, mas bem que o simpático personagem também poderia se chamar Gian Piero Gasperini. O termo, usado no Brasil para designar treinadores de futebol que preferem inventar a apostar no óbvio e no lógico, cai como uma luva no atual técnico da Internazionale.
Apegado a um anacrônico 3-4-3 adotado no Genoa, sua última agremiação, Gasperini insiste em utilizá-lo também na Inter, mesmo em se tratando de um elenco cujas características deixam implícito que esse sistema tático não é o ideal. Na derrota por 4x3 para o Palermo na Sicília, a ausência de zagueiros rápidos o suficiente para cobrir os espaços de uma defesa a três fez com que o veterano Zanetti fosse deslocado para o setor. No meio, sem combatividade para a função de volante/meia, Wesley Sneijder, o melhor do time, começou o jogo no banco de reservas. Todavia, diante da partida apagada do argentino Mauro Zárate, o meia holandês foi lançado no ataque, aberto pela esquerda (figura 1).

Talvez por sua própria natureza de meio-campista ou por uma decisão particular, Sneijder logo derivou para a posição central atrás da dupla de ataque formada por Milito e Forlán, onde criou boas situações de gol. Sem a bola, o camisa 10 abria para preencher o flanco canhoto, mesmo sem a profundidade necessária para atacar por aquele espaço em seguida.


Até quem observa o plantel Nerazzurro à distância percebe que o esquema adotado por Gasperini não acomoda seus melhores jogadores de maneira satisfatória. Pelo que se viu nas temporadas anteriores e nas últimas contratações, talvez o melhor sistema fosse o 4-3-1-2 (figura 2) que José Mourinho usava em situações onde era fundamental ganhar o meio de campo. Outra possibilidade, esta mais ofensiva, seria a montagem de um 4-3-3 (figura 3) que, sem bola, marcaria como o usual 4-2-3-1. Nessas duas hipóteses, Sneijder ficaria centralizado, local onde se sente mais confortável em campo.

Logicamente, não é impossível que o grupo interista se adapte às ideias de seu novo treinador. Porém, num campeonato de pontos corridos, o encaixe pode não acontecer a tempo de a equipe recuperar terreno, uma vez que Milan, Napoli e Juventus dão sinais de estarem mais entrosados. Nesse cenário, não será surpresa se Gian Piero Gasperini não comer o panetone.     

sábado, 10 de setembro de 2011

Vaidade, meu pecado favorito.

O título do post é uma referência à frase do personagem John Milton que encerra o ótimo filme “O Advogado do Diabo”. Na trama, Milton, interpretado por Al Pacino, era ninguém menos que o Diabo e tentava a todo custo trazer seu filho – Keanu Reeves vivendo um jovem e brilhante advogado – para o seu lado. No entanto, o comentário bem poderia ilustrar a eterna rivalidade entre Pelé e Maradona.
Rivalidade que ganhou um novo capítulo nesta semana quando Messi, em entrevista à revista ESPN, elegeu o compatriota como o número 1 da história e, de quebra, disse que não viu Pelé jogar e que isso não lhe faz falta. Como não poderia deixar de ser, El Pibe reagiu de forma irônica ao comentário de seu ex-comandado: “Os vídeos de Pelé vão ser vistos em preto e branco, e ele vai ficar aborrecido. Dizer que a luta para ser o melhor está entre Messi e Maradona é forte. O moreno ficará irritado e vai arrumar confusão”. Desnecessário dizer que a resposta do Rei, virá daqui a pouco.
O curioso dessa história é que, por ter nascido em 1997, o jovem craque praticamente não viu Maradona jogando a não ser por vídeos que não têm a mesma imagem definida em comparação com as atuais. Em outras palavras, a opinião dele sobre o assunto não vale mais do que a de qualquer outro garoto que acha que o mundo começou em 1980.  
Bem, como nasci em 1976, também não vi Pelé jogar. Tudo o que sei sobre a lenda brasileira se resume a DVDs e vídeos com seus grandes momentos, além de todo o material que já li sobre ele. Para mim, o que tornava o Rei tão especial era a absurda combinação de predicados físicos e uma habilidade natural lapidada a custo de muito treinamento, somada a números coletivos e individuais incomparáveis. Para se ter uma ideia, basta dizer que Pelé marcou mais gols com sua canhota (que não era a boa) do que Maradona em toda sua carreira.
No mundo ideal, Pelé e Maradona poderiam ser amigos, ou pleno menos se respeitar, reconhecendo que cada um teve seu mérito. Infelizmente, a rivalidade entre eles continuará e a pergunta sobre quem foi melhor também viverá para sempre. Particularmente, não posso responder como certeza a essa questão, mas posso dizer que não ter visto Pelé jogar me faz uma tremenda falta.
Imagens: Revista ESPN e AFP

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Um 9, um 10 e uma lista estranha.

Nas últimas décadas o futebol brasileiro se acostumou a contar com centroavantes que, além de goleadores, eram técnicos e habilidosos. Mais do que isso, Careca, Romário e Ronaldo eram craques na acepção da palavra. Jogadores capazes de decidir grandes partidas ou mesmo Copas do Mundo.
Não é novidade para ninguém que isso mudou. Após o reinado do “apenas” bom Luís Fabiano, a Seleção Brasileira passou um ano inteiro em busca de um atacante capaz de colocar a bola para as redes. A princípio, o nome de Alexandre Pato era a escolha mais óbvia. Mesmo não sendo um centroavante nato, o milanista parecia reunir boas condições para a tarefa. No entanto, a hesitação em momentos-chave e uma certa falta de vibração colocaram uma pulga atrás da orelha de Mano Menezes. Fred, com um Mundial nas costas, era a escolha do técnico para uma alternativa tática diferente, porém, a má fase do jogador do Fluminense torna seu chamado imerecido.
Mas ainda havia outra opção. Oriundo dos campeonatos varzeanos de São Paulo, Leandro Damião praticamente não teve trabalho de base. Era muito “cru”, diziam. Só que isso não impediu o sucesso do camisa 9 do Internacional. Após intensos trabalhos de fundamento com Ortiz, ex-jogador da Seleção Brasileira de Futsal, Damião foi lapidado para a vida profissional. Hoje, é daquele tipo de centroavante que não precisa de muitas oportunidades para marcar. Contra Gana, foi às redes nas duas boas oportunidades que teve. Numa delas, um impedimento milimétrico invalidou o gol. Na vez seguinte, um forte chute cruzado garantiu a vitória brasileira pelo placar mínimo. Vai ser difícil tirar a 9 dele agora.
Nunca escondi minhas restrições ao retorno de Ronaldinho à Seleção. Mesmo com a ótima fase no Flamengo, não via razão para o gaúcho de 31 anos ser chamado uma vez que o objetivo do trabalho de Mano Menezes é preparar o time para 2014. Além disso, se era para haver um veterano que fosse Kaká, dois anos mais novo e duzentas vezes mais interessado na própria carreira. Entretanto, existe um fator que deve ser observado. Falta bagagem ao jovem grupo da Seleção. Mesmo brilhantes, não é justo colocar todo o peso do processo de montagem de um novo Brasil nas costas de garotos como Neymar e Ganso. Faltava alguém que aliviasse essa tensão e chamasse a atenção de torcida, imprensa e adversários. No momento, não há nome melhor do que o de Ronaldinho.
Logo após o encerramento do amistoso no estádio Craven Cottage, coube a Mano Menezes anunciar a lista dos 24 atletas convocados para os dois amistosos que o Brasil fará contra a Argentina nos dias 14 (Córdoba) e 28 de setembro (Belém). Como acordado, a convocação contou apenas com jogadores que atuam no País. Todavia, algumas ausências e presenças causaram grande surpresa. Entre os ausentes, Willians (Flamengo) Elkeson (Botafogo) e Borges (Santos) são os mais comentados. Presentes no chamado, Réver em má fase no Atlético/MG, Renato Abreu de 33 anos e Fred também atravessando um mau momento, causaram maior desconforto.
Confira a seguir a lista completa:      
Goleiros: Fábio (Cruzeiro), Jefferson (Botafogo) e Rafael (Santos);
Laterais: Bruno Cortês (Botafogo), Danilo (Santos), Mário Fernandes (Grêmio) e Kleber (Internacional);
Zagueiros: Dedé (Vasco), Henrique (Palmeiras), Réver (Atlético Mineiro) e Rhodolfo (São Paulo);
Volantes: Casemiro (São Paulo), Paulinho (Corinthians), Ralf (Corinthians) e Rômulo (Vasco);
Meias: Cícero e Lucas (ambos do São Paulo), Oscar (Internacional), Renato Abreu e Thiago Neves (ambos do Flamengo);
Atacantes: Fred (Fluminense), Leandro Damião (Internacional), Neymar (Santos) e Ronaldinho (Flamengo).  
E você, o que achou da convocação de Mano Menezes?
Imagens: Mowa Press

domingo, 4 de setembro de 2011

Algumas coisas nunca mudam.

Não me lembro da última vez em que a janela de transferências internacionais causou tão pouco dano ao futebol brasileiro. Em outros tempos, jogadores como Neymar, Ganso, Lucas e Leandro Damião teriam sido vendidos o mais rápido possível e por preços que se constatariam como ninharia no futuro. Hoje, esse panorama mudou devido à crise financeira vivida pela Europa e, sobretudo, pelo alto crescimento das receitas dos clubes brasileiros oriundas prioritariamente dos direitos de televisionamento. “O jogador brasileiro está muito caro”, afirma um empresário alemão que há pouco mais de vinte anos viu seus compatriotas contratando o ótimo Tita por uns trocados.
Se a manutenção dos grandes jogadores se tornou mais fácil no futebol brasileiro, infelizmente, o mesmo não pode ser dito do emprego dos técnicos que atuam no País. Ainda na 20ª rodada, o Campeonato Brasileiro viu 16 clubes trocarem de técnico. Entre demissões e pedidos de dispensa, temos uma média de quase um treinador caindo por rodada, um absurdo.
Obviamente, esse tipo de conduta faz parte de nossa cultura futebolística amadora, mas não deixa de causar espanto quando Tite, técnico do time líder do campeonato, se vê atormentado por uma possível demissão caso sua equipe perca uma partida. Pelo menos neste caso a pressão era muito mais externa do que interna, já que Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, não parece fazer coro a nossa política de demissões. Talvez por saber que não existe nenhum grande treinador disponível no mercado.
Quem não tem visão parecida é Zezé Perrella, presidente do Cruzeiro que nesta semana demitiu Joel Santana (clique no vídeo abaixo) após ver a equipe celeste perder em casa para o modesto Figueirense. O fato dos mineiros terem entrado em campo com um time cheio de desfalques não serviu de desculpa para o treinador carioca, demitido com pouco mais de dois meses de trabalho. Lamentavelmente, a dispensa de Joel teve apoio da imprensa esportiva do estado. Em seu lugar assumiu Emerson Ávila, funcionário do Cruzeiro e treinador da Seleção Brasileira Sub-17, campeã sul-americana, mas sem experiência em equipes de ponta.
E essa é a faceta mais curiosa dessa conduta demissionária. Na grande maioria das vezes, o técnico é substituído por outro de nível mais ou menos parecido ou até inferior, tendo como objetivo maior a mudança por si mesma. Não existe planejamento. Não existe nem mesmo um fio condutor que defina pelo menos o perfil do profissional com o qual o clube pretende trabalhar. Ora é um técnico estilo “boleirão” e currículo extenso, ora é um jovem profissional que não é ex-jogador. Ora é um técnico famoso pelo jogo defensivo, ora é alguém conhecido pela ousadia tática. Em comum, apenas a constatação de que na maioria das vezes a troca não melhora o time como imaginado.
Já passou da hora de dirigentes, torcedores e imprensa esportiva enxergarem que, salvo exceções, demitir treinador não é a solução para time nenhum. Para uma equipe se formar é necessário planejamento, trabalho e, sobretudo, tempo. Enquanto isso não acontecer, continuaremos achando que a função do técnico se resume apenas à conversa de vestiário, mesmo sabendo que é muito mais do que isso.