sábado, 25 de fevereiro de 2012

Contagem Regressiva: Fevereiro de 2012

Para um fanático por futebol, Copa do Mundo é muito mais do que um evento esportivo. É um período para se tirar férias do trabalho e só sair de casa para tratar de assuntos estritamente necessários. São semanas mágicas, onde um jogador consegue deixar o mundo mortal para fazer parte do panteão dos Deuses da Bola e, de quebra, transformar um país inteiro numa grande festa. É uma época para se rir, chorar, se emocionar. Enfim, é um momento que será guardado para sempre em nossos corações...
Ano novo, aposta velha.
No último dia 14, o técnico Mano Menezes convocou os 23 jogadores que integrarão a Seleção Brasileira no amistoso diante da Bósnia no próximo dia 28 em St. Gallen, Suiça. A maior surpresa da lista foi a manutenção de Ronaldinho Gaúcho seguida da declaração de Mano informando que o flamenguista faz parte de seu projeto, o que soa absurdo para quem acompanhou os últimos cinco anos da carreira do meia-atacante.
Em alto nível, Ronaldinho não atua desde a temporada 2005/6 quando conduziu o Barcelona ao título europeu daquele certame. Na Copa da Alemanha, porém, foi um fantasma em campo e, salvo por alguns momentos de brilho no Milan e no Flamengo, nunca mais foi o craque que encantou o mundo. Obviamente, ninguém esperava que aquele altíssimo nível fosse mantido até o final de sua carreira, mas o que Ronaldinho vem mostrando nos últimos anos não o credencia a estar na Seleção e muito menos fazer parte de um projeto que objetiva conquistar o Mundial no Brasil.
Seguindo a estranheza que permeia a convocação, destaca-se a ausência de Kaká e Robinho. O primeiro, convocado no fim do ano passado, porém cortado por lesão, não atravessa grande fase, embora seja dois anos mais jovem que Ronaldinho e muito mais dedicado à carreira. O segundo, peça-chave durante a gestão de Dunga, não é chamado há algum tempo, apesar de estar em seu melhor momento no futebol europeu. Curiosamente, a ausência do milanista coincide com seu rompimento com a Nike. Outros nomes que chamam a atenção são Elias e Fernandinho, jogadores discretos, mas figuras constantes nas listas do técnico.  
Entre as principais ausências, além de Kaká e Robinho, estão os interistas Maicon e Lúcio, o volante Ralf, o meia Oscar e o atacante Fred. Por outro lado, as presenças de oito atletas sub-23 indicam que, neste momento, os Jogos de Londres são prioridade no trabalho de Mano Menezes. Todavia, o fato de não haver nenhum jogador dessa faixa etária entre os centrais convocados, mostra um ponto fraco a ser solucionado antes da busca pelo inédito ouro olímpico.
Confira abaixo a lista completa: 
Goleiros: Diego Alves (Valencia), Júlio César (Internazionale) e Rafael (Santos);
Zagueiros: David Luiz (Chelsea), Dedé (Vasco da Gama), Luisão (Benfica) e Thiago Silva (Milan);
Laterais: Alex Sandro (Porto), Adriano (Barcelona), Daniel Alves (Barcelona), Danilo* (Porto) e Marcelo (Real Madrid);
Volantes: Elias (Sporting), Fernandinho (Shakhtar Donetsk) e Sandro (Tottenham);
Meias: Hernanes (Lazio), Paulo Henrique Ganso (Santos), Lucas (São Paulo) e Ronaldinho (Flamengo);
Atacantes: Hulk (Porto), Jonas (Valencia), Leandro Damião (Internacional) e Neymar (Santos).
* Posteriormente cortado por lesão.
O rival:
Apesar do desdém de parte da imprensa brasileira, a seleção bósnia está longe de ser uma presa fácil. É verdade que diante de Portugal os Golden Lilies não conseguiram se classificar para a Copa de 2010 e a Euro 2012, mas nomes importantes no cenário europeu como Pjanic, Misimovic, Dzeko e Ibisevic estão aí para mostrar que os comandados do técnico Safet Susic podem surpreender muita gente.
De olho na Copa:
Fevereiro foi marcado pela possível renúncia de Ricardo Teixeira – que acabou não acontecendo – e por novas acusações ao presidente da CBF. Apesar da possibilidade de vermos o futebol brasileiro livre da figura de Teixeira, este blog considerou que, apesar disso, não há o que comemorar.    
Confira abaixo, o andamento das obras nas doze sedes:         
Dentro do previsto: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza e Salvador;  
Apresentando atrasos: Cuiabá, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo;
Situação preocupante: Curitiba, Manaus e Natal.
Imagens: Getty Images e Associated Express

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Question – 4

Descubra o nome do jogador descrito na(s) afirmativa(s) abaixo.
I – Lateral dotado de extrema técnica, também atuou no meio-campo;
II – Mesmo sendo destro, fez fama atuando do lado oposto do gramado;
III – Disputou as Copas de 1982 e 1986;
IV – Apesar da passagem pelo futebol italiano, é o detentor do recorde de partidas por um grande clube brasileiro.
Atenção: Serão quatro alternativas ao todo. Uma por dia. Cada uma revela determinada informação do jogador que, reunidas, formam uma resposta única. Agora, cuidado ao arriscar, pois cada participante só tem direito a uma opção.
Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro à sua escolha sobre o tema futebol.
Boa sorte a todos!
Anterior:
Quem é o jogador retratado abaixo?
Resposta: Ele é o português José Manuel Félix Mourinho ou, simplesmente, Félix Mourinho, ex-goleiro do Vitória de Setúbal - clube que também treinou - e do Belenenses. É o pai de do técnico José Mourinho.
Classificação: Parabéns ao indecifrável Yuri Barros que acertou o nome de Félix Mourinho apenas 10 minutos após a postagem do desafio. Assim, neste momento, a liderança do Question está dividida entre três concorrentes. Confira abaixo a classificação de momento:
1º - Arthur Barcelos, Luciano e Yuri – 5 pontos;
2º - André Chasee, Gustavo Carratte, Johnny e Victorino Netto – 3 pontos;
3º - Eduardo Jr, Joe William, Prisma e Thiago Fernandes – 2 pontos;
4º - Alexandre Aníbal, Alexandre Rodrigues Alves, Fernando Clemente, Ismail Filho e Marcus Buiatti – 1 ponto.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Top 10 – Erros da cartolagem brasileira.

Caio Júnior é mais uma vítima dessa insanidade conhecida como futebol brasileiro. Demitido do Grêmio após oito partidas, parece óbvio que o técnico não teve tempo de mostrar o seu trabalho. E se alguém disser que esse tempo foi o suficiente para a diretoria gremista perceber que ele não era quem o clube buscava, trata-se então da confissão de incompetência dos cartolas gaúchos que não souberam contratar o profissional que necessitavam.
Infelizmente, essa é uma prática comum em nosso futebol. Decisões são tomadas e muito dinheiro é gasto sem que se saiba o porquê. Após essa triste constatação, selecionei aqueles que considero os dez principais equívocos da cartolagem brasileira. E, acredite, muita coisa ainda ficou de fora...
10 - Erros na montagem do elenco: Mau planejamento dos elencos é quase uma constante por aqui. O mais comum são os clubes que negociam jogadores no meio da temporada, não repõem à altura e terminam o ano sofrendo com isso;
9 - Contratar atleta com histórico de lesões ou de indisciplina: Outro erro básico. O jogador tem fama de “chinelinho”, apronta todas por onde passa e mesmo assim sempre tem um clube para lhe abrir as portas e, pior, pagar um alto salário;
8 - Negociar uma jovem promessa: Sempre com o pires na mão, os cartolas negociam jovens atletas antes que estes atinjam a maturidade. Não por acaso, são cada vez mais comuns os casos de jogadores brasileiros aparecendo diretamente no futebol europeu;
7 - Contratar um técnico que há tempos não faz um bom trabalho: Se você pensou em Vanderlei Luxemburgo, levante a mão. Mas ele não é o único. Muitos treinadores se sustentam por anos no mercado mesmo sem apresentar bons trabalhos durante anos;
6 - Atrasar salários: Esse é fatal. Atrasar os vencimentos da boleirada é pedir para ver o time afundar. E nem venha com a história de que jogador ganha muito e por isso pode ficar sem receber. Quem ganha muito, gasta muito. É uma lei da vida;
5 – Prometer algo aos jogadores e não cumprir: Acredite, isso é ainda pior do que os atrasos. Se o cartola reunir os jogadores e prometer que pagará dia X, é bom cumprir, caso contrário, perderá de vez a credibilidade com o grupo. Depois, é bom não reclamar se eles fingirem que estão jogando;
4 - Demitir um técnico que vem dando bons resultados: Essa é típica de dirigente que não tem a real dimensão do elenco que possui e não percebe que a posição normal do time é o meio da tabela. Basta uma sequência de maus resultados e todo o trabalho vai para o lixo;  
3 - Deixar dívidas para as administrações posteriores: Num primeiro momento, pode ser uma boa para a atual gestão, mas a longo prazo é péssimo para a instituição. Sem contar que essa mesma administração pode voltar no futuro e se deparar com a mesma poeira que varreu para debaixo do tapete;  
2 - Transformar o clube em “refém” de empresários e investidores: Equívoco cada vez mais comum. Muitos clubes não detêm os direitos de diversos atletas e acabam dependentes das decisões de investidores que, invariavelmente, têm interesses diferentes. Essa fórmula pode até funcionar no início, todavia, em algum momento as diferentes intenções vão se confrontar;   
1 - Desprezar a importância do torcedor: Não é clichê dizer que o torcedor é a razão da existência de um clube de futebol. No entanto, no Brasil, o torcedor é tratado sem o mínimo de respeito. Seja no valor dos ingressos, no preço dos materiais esportivos, na falta de condições razoáveis para frequentar o estádio ou no espaço exagerado dado às organizadas, nada é feito em prol do torcedor comum. Por sorte da cartolagem, ao contrário de qualquer outro ramo, os torcedores permanecem fiéis mesmo sem receber o tratamento que precisam e merecem.
E então? Deixei algum equívoco importante de fora? Colabore com este debate!     
Imagem: UOL

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Maneiras e maneiras.

Se existe uma expressão que me intriga essa atende por “futebol de resultado”. Para mim, toda filosofia de jogo visa o resultado. A diferença está na maneira como se busca esse resultado e em como se lida com as derrotas e momentos instáveis. Fiz esse preâmbulo para refletir sobre um debate que tive ontem com Rogério Jovaneli, André Rocha, Vitor Sérgio Rodrigues e Darcio Vieira via Twitter e voltar a um assunto recorrente neste espaço: Os técnicos brasileiros.
Antes de tudo, digo que acredito que a maneira como os treinadores montam suas equipes também é fruto da política demissionária que impera neste país. Sempre com a corda no pescoço e lidando com dirigentes amadores e sem noção da real força de seus times, nossos treinadores muitas vezes encontram em soluções mais práticas e cautelosas o caminho para a manutenção dos próprios empregos.
Logicamente, isso não quer dizer que este blogueiro concorda com a mediocridade instalada por Muricy, Roth & Cia, mas que compreendo que esta pode ser parte da resposta para tamanho equívoco. Um equívoco histórico cujo maior feito foi demolir a velha escola brasileira de futebol e instaurar em seu lugar uma prática retrógrada e desagradável de se jogar futebol.
O que parece não ter ocorrido aos nossos técnicos é algo que para Josep Guardiola (sim, de novo nosso personagem favorito) parece óbvio: É muito mais simples conquistar vitórias se o time jogar bem. E por “jogar bem” entenda-se privilegiar a técnica e o conjunto, deixando em segundo plano o futebol de físico e retrancado que ora nos caracteriza. Enquanto esteve no Santos, Dorival Júnior percebeu isso e, não por acaso, seu time encantou o Brasil com um estilo envolvente e ofensivo. Um time que não era invencível, nem infalível, mas que brilhava, vencia e que ainda serviu de modelo para o que desejávamos ver na Seleção. Um modelo que, lamentavelmente, parece ter se perdido no tempo.
Imagem: IG

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Não há o que comemorar.

Salvo por torcedores alienados e os oportunistas de sempre, não restam mais dúvidas de que Ricardo Teixeira é um mal para o futebol brasileiro. Envolvido em inúmeras denúncias e, supostamente, com problemas de saúde, o presidente da CBF vem dando sinais de que pode deixar a entidade e se mudar para os Estados Unidos. Mesmo que tal hipótese seja oficialmente negada, tudo indica que alguma coisa está prestes a acontecer.
Ainda nesta semana, Bebeto foi confirmado como membro do COL.
Curiosamente, essa possibilidade está sendo vista como uma grande vitória da justiça e das pessoas de bem. Ok, é sempre positivo quando percebemos que nem tudo fica impune no Brasil. Talvez a simples ideia de não termos mais que conviver com a figura de Teixeira nos noticiários seja um alívio. Todavia, não há nada que mostre uma melhora no cenário futebolístico brasileiro em virtude desse possível afastamento.
Senão, vejamos: José Maria Marin, o primeiro na linha sucessória da CBF, é simplesmente o dirigente que embolsou uma medalha na final da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Mais simbólico impossível. Se houvesse uma eleição, o principal candidato provavelmente seria Andrés Sanches, ex-presidente do Corinthians e um dos maiores aliados de Teixeira. Além disso, todos os outros nomes especulados fazem parte da mesma estrutura, do mesmo esquema. Portanto, simplesmente não há o que comemorarmos diante da saída do ex-genro de João Havelange. Deste modo, é melhor guardarmos os fogos para o dia em que a desratização do esporte for mais ampla. Se é que veremos esse dia chegar.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Question – 3

Quem é o jogador retratado ao lado?
Dicas serão inseridas neste espaço de acordo com a necessidade dos participantes.
Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro à sua escolha sobre o tema futebol.
Boa sorte a todos!
Anterior:
Descubra o nome do jogador descrito na(s) afirmativa(s) abaixo.
I – Meia-atacante habilidoso, possui uma canhota impressionante;
II – Apesar do grande talento, teve a carreira prejudicada por inúmeras lesões;
III – Disputou o Mundial de 2002;
IV – Após passar pelo futebol europeu, retornou ao seu país natal.
Resposta: Trata-se de Álvaro Alexander “El Chino” Recoba Rivero, mais conhecido como Álvaro Recoba. Ex-jogador de Danubio, Internazionale, Venezia, Torino e do grego Panionios. Atualmente, defende o Nacional do Uruguai naquela que ele diz ser sua última temporada.   
Classificação: Parabéns ao jovem Arthur Barcelos que, fazendo uso de sua intuição somada ao retorno de Recoba à mídia brasileira, cravou o nome do uruguaio como resposta do desafio. Agora, Arthur divide a liderança com Luciano. Confira abaixo a classificação de momento:
1º - Arthur Barcelos e Luciano – 4 pontos;
2º - André Chasee, Gustavo Carratte, Joe William, Johnny, Victorino Netto e Yuri – 2 pontos;
3º - Alexandre Aníbal, Eduardo Jr, Marcus Buiatti, Prisma e Thiago Fernandes – 1 ponto.
Imagem de Recoba: O Globo

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ela está de volta!

Para boa parte dos brasileiros a chegada do Carnaval marca o verdadeiro início do ano no País. Embora eu sempre tenha condenado esse pensamento, não deixa de ser irônico constatar que, para mim, o ano futebolístico só recomeça verdadeiramente quando a UEFA Champions League retorna. E, para marcar o reinício do maior torneio interclubes do mundo, nada melhor do que reunir breves pitacos sobre os confrontos antes de a bola rolar. Acompanhe abaixo um breve resumo dos duelos com os favoritos deste blogueiro destacados em negrito...    
Lyon x APOEL (14/02 e 07/03): Após sua polêmica classificação, o time francês encara o adversário que todos os segundos colocados sonharam antes do sorteio. No entanto, se engana quem pensa que a equipe dos brasileiros Manduca, Marcinho e Aílton será presa fácil. Primeiros colocados no grupo G, os cipriotas eliminaram os  badalados Porto e Shakhtar; 
Bayer Leverkusen x Barcelona (14/02 e 07/03): Apesar da má fase (para os padrões barcelonistas) os catalães seguem favoritos no confronto. E como a liga espanhola está praticamente decidida em favor do Real Madrid, só resta ao Barça a luta pelo bicampeonato da competição continental; 
Zenit x Benfica (15/02 e 06/03): O líder do campeonato português contra o líder do campeonato russo. Neste duelo, opto pela maior experiência e tradição dos Encarnados;
Milan x Arsenal (15/02 e 06/03): No confronto mais equilibrado desta fase, aposto no sistema defensivo dos comandados de Massimiliano Allegri. Na frente, Ibrahimovic quer deixar para trás sua eterna fama de amarelão na UCL se defrontando com o gunner Robin Van Persie na melhor fase de sua carreira; 
CSKA X Real Madrid (21/02 e 14/03): Para este blogueiro, trata-se do duelo mais desequilibrado desta fase. Pelo momento dos Merengues e pela obsessão pelo décimo título de sua história, só um milagre salva o time russo;
Napoli x Chelsea (21/02 e 14/03): Certamente, Azzurri e Blues já viveram momentos melhores na temporada. Em sétimo lugar na Serie A, os Partenopei encaram o time londrino que, amargando a quinta colocação na Premier League, há muito não via sua classificação para a próxima UCL tão ameaçada. Apesar do momento incomum, o bom retrospecto do Chelsea na competição diante do novato Napoli deve fazer a diferença;  
Basel x Bayern (22/02 e 13/03): Historicamente, uma das estratégias preferidas do Bayern na Bundesliga é contratar astros de seus principais adversários para se reforçar e, consequentemente, enfraquecer os rivais. Pelo visto, tal artimanha também está sendo utilizada na Champions League, pois os bávaros anunciaram o acerto com o jovem Xherdan Shaqiri destaque do próprio Basel na fase de grupos. Pelo menos, a revelação só se juntará ao elenco alemão na próxima temporada;   
Marseille x Internazionale (22/02 e 13/03): Após esboçar uma reação na Serie A, os Nerazzurri voltaram a apresentar velhos problemas e estão há cinco partidas sem vencer. Como novidade, os comandados de Claudio Ranieri receberam a adesão do uruguaio Diego Forlán, ausente na fase de grupos por ter defendido o Atlético de Madrid na etapa anterior. Por sua vez, o OM, apesar da sexta colocação na Ligue 1, vem em franca ascensão.    
E então, quais são os seus favoritos?

domingo, 12 de fevereiro de 2012

A conta não é só de Capello.

De 1990 para cá, os melhores resultados da Inglaterra em grandes competições foram o quarto lugar na Copa da Itália e a presença nas semifinais da Euro 96, torneio que sediou. Durante praticamente o mesmo período, Fabio Capello foi campeão italiano sete vezes por Milan, Roma e Juventus, campeão de La Liga em duas passagens pelo Real Madrid e da Liga dos Campeões pelo Milan.
Diante de um currículo como esse, não é de se estranhar que em 2008 a federação inglesa tenha apostado no técnico italiano para tornar o English Team um selecionado vencedor. Afinal, com um grupo composto por grandes estrelas da badalada Premier League, não seria difícil formar uma equipe vencedora, certo? Errado.
Embora possua jogadores indiscutíveis como Wayne Rooney e Steven Gerrard, nas últimas décadas a Inglaterra não conseguiu formar um time que não tivesse sérias lacunas. A maior delas, momentaneamente resolvida, está na meta. Mesmo assim, não foram raras as vezes em que os críticos depositaram todos os fracassos na conta do treinador do momento. E desta vez não foi diferente. Bastou o anúncio do pedido de demissão de Capello para que pipocassem críticas ao seu trabalho, passando desde a convocação até a montagem do time, completando com o julgamento mais do que precipitado de que o italiano aproveitou a retirada da capitania de John Terry para abandonar o barco.
Assim como os detratores, não estou dentro da cabeça do técnico, mas não é difícil chegar à conclusão de que, a esta altura da carreira, Capello não precisa aderir a nenhuma dieta baseada em sapos. Sabemos que o posto de capitão é mais importante na Inglaterra do que noutras culturas, mas sua escolha sempre foi uma prerrogativa do treinador. Ao passar por cima do profissional, a FA deu motivo suficiente para a demissão. Não por acaso, a entidade aceitou o pedido na primeira reunião, mesmo sabendo que a Euro se aproxima. Ou seja, num pensamento inverso, também seria possível acusar a federação de usar da decisão sobre Terry para forçar a dispensa de Capello. Todavia, assim como o outro raciocínio, não há elementos para isso.
O mais curioso é notar que muitos fãs do futebol inglês acreditam piamente que a seleção é forte e que os maus resultados dos últimos anos se originam de um trabalho equivocado dos treinadores. Confundem a força da Premier League com a qualidade dos jogadores ingleses. Não aceitam os resultados medíocres colhidos nos últimos anos e sempre culpam os treinadores, raramente contestando a qualificação do grupo de atletas. Agora, mais uma vez, tentam colocar tudo na conta de Capello, mas se esquecem que ele detém o melhor aproveitamento (66,7%) da história do selecionado, superando até mesmo o lendário Sir Alf Ramsey (61,1%), campeão do mundo em 1966. No entanto, creio que desta vez essa tese não vai colar.    
Imagem: AFP

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Question – 2

No segundo desafio desta série, descubra o nome do jogador descrito na(s) afirmativa(s) abaixo.
I – Meia-atacante habilidoso, possui uma canhota impressionante;
II – Apesar do grande talento, teve a carreira prejudicada por inúmeras lesões;
III – Disputou o Mundial de 2002;
IV – Após passar pelo futebol europeu, retornou ao seu país natal.
Atenção: Serão quatro alternativas ao todo. Uma por dia. Cada uma revela determinada informação do jogador que, reunidas, formam uma resposta única. Agora, cuidado ao arriscar, pois cada participante só tem direito a uma opção.
Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro à sua escolha sobre o tema futebol.
Boa sorte a todos!
Anterior:

Quem é o jogador retratado abaixo?
Resposta: Trata-se de Charles Frederick George ou, simplesmente, Charlie George. Ex-atacante com passagens por Arsenal, Southampton, Nottingham Forrest e Derby County. Revelado pelos Gunners, George é um dos maiores ídolos do clube, tendo sua passagem amplamente tratada no excepcional livro “Febre de Bola” de Nick Hornby.
Classificação: Parabéns ao Luciano, o primeiro participante a cravar o nome de Charlie George. Confira abaixo a classificação de momento:
1º - Luciano – 3 pontos;
2º - Andre Chasee, Arthur Barcelos, Eduardo Jr, Gustavo Garratte, Joe William, Johnny, Thiago Fernandes, Victorino Netto e Yuri – 1 ponto.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Melhores do mundo?

Caio Júnior é um bom sujeito. Ex-jogador de algum talento e ex-comentarista esportivo acima da média, Caio decidiu ser treinador e, entre altos e baixos, vem construindo uma carreira interessante. No fim de 2011, entre a demissão do Botafogo e a contratação pelo Grêmio, voltou a ser notícia ao visitar o poderoso Barcelona. Rapidamente, tentaram colar em sua testa um rótulo de “novo Guardiola”, alguém que seria capaz de tirar o futebol brasileiro da mesmice.
Em entrevista ao jornalista Marcus Alves, Caio trata de esclarecer que não se trata disso: “Ah, as pessoas estão misturando um pouco pelo fato de eu ter ido lá e querer implementar no Grêmio. Não é bem isso.” Em seguida, o técnico gremista se mostra antenado com o que está acontecendo no mundo: “Não é só o Barcelona. O conceito de tudo que vem acontecendo por aí é o que eu procuro trazer para meu trabalho. A gente tem que estar atualizado. E, então, nesse momento, o Barcelona é a maior referência porque chama muito a atenção. O futebol hoje mudou e tem gente que não consegue enxergar.”
Caio está certo. E apesar do mau início no tricolor gaúcho, é muito bom saber que um treinador brasileiro abriu seus olhos para a evolução do esporte. O problema vem depois, quando o paranaense diz que os técnicos brasileiros são os melhores do mundo porque sabem lidar com jogadores que não estão bem preparados taticamente e por enfrentarem uma pressão maior. De certo modo, uma opinião semelhante àquela manifestada por Muricy Ramalho antes do Mundial Interclubes.
Impossível não observar o equívoco deste pensamento. Saber ou, pelo menos, tentar lidar com adversidades e trabalhar sob pressão de mídia e torcida não fazem de nossos treinadores os melhores do mundo. No máximo, isso atesta boa capacidade de atuar em ambientes que não são ideais e até hostis. Desde Carlos Alberto Parreira, que com apenas 24 anos se aventurou a treinar a seleção de Gana, não faltam exemplos de treinadores brasileiros que desbravaram o mundo sem medo do que encontrariam. No entanto, embora isso seja digno de nota, não transforma a classe em top.
Para serem os melhores, os técnicos brasileiros precisam confrontar e superar os melhores. Hoje, isso só é possível nos maiores campeonatos europeus. Ali, entre feras como José Mourinho, Guardiola e Alex Ferguson, é que alguém realmente se prova. Nos últimos anos, nomes como Parreira, Vanderlei Luxemburgo, Luiz Felipe Scolari e Leonardo tentaram e não foram bem. Em cada caso, faltou alguma coisa para que o êxito fosse alcançado.
Além disso, falta aos nossos profissionais a capacidade de inovar e implantar novas técnicas e conceitos. Até pouco tempo atrás, nossos treinadores ainda se agarravam ao velho 3-5-2 que a Europa – salvo raras exceções – abandonou faz tempo. Sem falar na pouca compactação, nos duelos individuais e dos meios-de-campo conscientemente esvaziados de talento. Por sua entrevista, Caio Júnior percebeu que essas práticas estão em desuso. Embora isso não seja suficiente para colocá-lo entre os melhores do mundo, pelo menos mostra que alguém por aqui já abriu os olhos. Mesmo que parcialmente.
Imagem: Zero Hora

sábado, 4 de fevereiro de 2012

A forma e o conteúdo.

Por temer agravar a lesão sofrida por Wesley Sneijder no empate contra o Palermo, o técnico da Internazionale, Claudio Ranieri, decidiu poupar o holandês do compromisso diante da Roma neste domingo. No entanto, mesmo que estivesse em totais condições, o mais provável era que o meia começasse entre os reservas.
É isso mesmo: O melhor jogador do mundo em 2010 (pelo menos na opinião deste blogueiro) não tem espaço garantido no 4-4-2 em linha com o qual o treinador romano conseguiu içar os Nerazzurri da parte de baixo da tabela. Meia armador clássico, Sneijder não marca o suficiente para ser um dos meias centrais, nem tem velocidade para atuar pelos flancos. Para acomodá-lo melhor, o ideal seria aproveitá-lo num 4-3-1-2 ou um 4-2-3-1.  
Na opinião de Braitner Moreira, colunista da Trivela, essa intransigência ajuda a explicar em parte por que Ranieri conquistou tão pouco em sua carreira, uma tese que não ouso discordar. Todavia, para quem acompanha o futebol europeu, tal prática não é novidade. Grande parte dos treinadores do Velho Continente não costuma modificar o sistema de sua preferência mesmo que para acomodar um bom jogador. Diego, hoje no Atlético de Madrid, já foi vítima de sua incompatibilidade com determinados esquemas táticos no Porto e na Juventus. Riquelme, durante sua passagem pelo Barcelona, é outro exemplo.
Sempre fui da opinião que o grande treinador procura organizar seus melhores jogadores em campo moldando um sistema para eles e não o contrário. Abrir mão de qualidade em troca de rigidez tática não me parece a escolha mais inteligente. Pelo visto, Ranieri e muitos outros não pensam assim.  
Imagem: Goal.com

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Question – 1

No primeiro desafio desta série, responda: Quem é o jogador retratado abaixo?
Dicas serão inseridas neste espaço de acordo com a necessidade dos participantes.
Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro à sua escolha sobre o tema futebol.
Boa sorte a todos!