terça-feira, 10 de maio de 2011

A4L recomenda:

Placar – Maio de 2011.
O futebol argentino está pedindo socorro. É isso o que revela a reportagem assinada por Elias Perugino (El Gráfico) para a revista Placar deste mês. Submersa numa crise técnica, financeira e até mesmo de formação de jovens atletas, o futebol de nossos vizinhos enfrenta neste momento uma crise como há muito não se via.
Por trás dos elogios fáceis como “torcidas que cantam o jogo todo” e “produção em massa de enganches” existe uma realidade dolorosa: “Me incomoda muito que o melhor jogador do futebol argentino seja Giovani Moreno, um colombiano” Palavras de Sergio Batista, técnico da Argentina.
Até mesmo as categorias de base, antes verdadeiras fábricas de talento, enfrentam problemas: “Ninguém se preocupa com a formação. Os garotos de 9 anos têm tantas pressões como jogadores de primeira divisão. Não se divertem, não brincam com a bola” afirma o treinador.  
O nível técnico, sempre elogiado, desta vez dá lugar a uma análise mais dura: “Uma partida do futebol argentino está mais parecida com um jogo de pinball. A bola voa pelo ar, rebate entre pés que não sabem tratá-la e que se livram dela com desprezo e indolência” descreve Perugino. “Se o futebol argentino fosse uma planta, poderíamos dizer que tem problemas na raiz, nos ramos e nos frutos”, prossegue o jornalista.
Ao contrário do que muitos imaginam, Conca e Montillo não deixaram o país por falta de espaço devido ao excesso de qualidade, mas por falta paciência com o tempo de maturação dos jogadores. Hoje, segundo Perugino, River Plate e San Lorenzo choram as ausências dos dois.
A questão econômica também preocupa. Para sobreviver, um clube argentino precisa negociar dois ou três jogadores por semestre. E, diferente de outros tempos, mercados em melhor posição como México, Brasil e Ucrânia tornaram-se alternativas mais interessantes. Lamentavelmente, um cenário desolador.
Ainda nesta edição:
Kaká vai renascer? Placar reconstrói o momento do craque e aponta o que podemos esperar de seu futuro.
O Twitter no Futebol. Em tempos de declarações politicamente corretas, o microblog ainda é um oásis para declarações polêmicas e até mesmo bombásticas.

Nenhum comentário: