sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Question – 4

Descubra o nome do ex-jogador descrito na(s) afirmativa(s) abaixo.
I – Volante conhecido pelas passadas largas e futebol vertical;
II – Após brilhar no futebol brasileiro, marcou época na Itália;
III – Disputou as Copas de 1978 e 1982;
IV – Antes de pendurar as chuteiras, sobrou tempo para conquistar uma Libertadores e um Mundial de Clubes.  
Atenção: Serão quatro alternativas ao todo. Uma por dia. Cada uma revela determinada informação do personagem que, reunidas, formam uma resposta única. Agora, cuidado ao arriscar, pois cada participante só tem direito a uma opção.

Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro à sua escolha sobre o tema futebol.
Boa sorte a todos!
Anterior:
Quem é o jogador retratado abaixo?
Resposta: Ele é o argentino Roberto Trotta, ex-zagueiro de Estudiantes, Vélez Sársfield, Roma e River Plate. Sob o comando de Carlos Bianchi, foi campeão continental e mundial pelo Vélez. A mesma parceria também foi repetida na Roma, porém, sem o mesmo êxito.
Classificação: Parabéns ao grande Victorino Netto que não perdoou e cravou o nome do argentino após quatro minutos de postagem!
Confira abaixo a classificação de momento:
1º - Alexandre Rodrigues Alves, Murillo Moret e Victorino Netto – 5 pontos;
2º - Arthur Barcelos, Gustavo Carratte, Joe William, Luciano, e Yuri – 3 pontos;
3º - Douglas Muniz – 2 ponto;
4º - Luis Fernando, Marcus Buiatti e Riccardo Joss – 1 ponto.

domingo, 26 de agosto de 2012

Contagem Regressiva: Agosto de 2012

Para um fanático por futebol, Copa do Mundo é muito mais do que um evento esportivo. É um período para se tirar férias do trabalho e só sair de casa para tratar de assuntos estritamente necessários. São semanas mágicas, onde um jogador consegue deixar o mundo mortal para fazer parte do panteão dos Deuses da Bola e, de quebra, transformar um país inteiro numa grande festa. É uma época para se rir, chorar, se emocionar. Enfim, é um momento que será guardado para sempre em nossos corações...
O saldo dos Jogos Olímpicos
Após a medalha prata conquistada em solo inglês, a Seleção Brasileira volta seus olhos totalmente para o Mundial de 2014. Com a manutenção do técnico Mano Menezes, chegou o momento de avaliar quais jogadores que estiveram nos Jogos de Londres devem fazer parte da preparação para a Copa do Mundo.
Seguem com o grupo: Thiago Silva, Marcelo, Oscar, Hulk, Neymar e Leandro Damião são figuras certas. O portista perdeu espaço na reta final da competição olímpica, mas seu prestígio não parece abalado. Sandro, Lucas Moura e Rômulo também continuam. Inclusive, o último tem grandes chances de manter seu posto entre os titulares.
Podem retornar: Apesar de ter seu nome mantido na última convocação, o lateral esquerdo Alex Sandro é uma incógnita, pois não parece reunir condições técnicas para atuar pela seleção principal. Indiretamente criticado pela CBF em nota oficial, o lateral direito Rafael da Silva tem potencial para ser o reserva imediato de Daniel Alves caso Maicon realmente esteja fora dos planos. Enquanto isso, Paulo Henrique Ganso e Alexandre Pato precisam voltar a atuar em alto nível para merecerem o chamado. Talento não lhes falta.     
Devem ficar de fora: Os goleiros Gabriel e Neto provavelmente não serão mais chamados. Rafael Cabral, cortado por lesão antes da competição, pode reaparecer em breve. Os zagueiros Juan Jesus e Bruno Uvini e o lateral/volante Danilo devem seguir caminho parecido.  
O amistoso disputado contra a Suécia em Estocolmo - na última partida internacional do lendário Estádio Rasunda - marcou uma nova etapa da preparação. Em campo, o time olímpico recebeu os reforços de Daniel Alves, David Luiz, Paulinho e Ramires no que pode ser considerado o primeiro esboço da equipe titular do Brasil. Taticamente, Mano Menezes armou o mesmo 4-4-2 em linha (com derivação para o 4-2-3-1) que já havia sido mostrado nos Jogos. Deste modo, o meio-campo canarinho foi composto por Ramires, Paulinho, Rômulo e Oscar, um sistema que dá a Neymar a liberdade para se movimentar pelo ataque e formar dupla com Leandro Damião. Se a memória não trai este blogueiro, a última vez que a Seleção principal atuou dessa forma data da Copa do Mundo de 1994, quando, em várias situações, Mazinho e Zinho atuaram abertos enquanto a faixa central era preenchida por Dunga e Mauro Silva.   
Os rivais
Seguindo a agenda da Seleção, Mano Menezes convocou os 22 jogadores que participarão dos amistosos diante de África do Sul e China nos dias 7 e 10 de setembro. A primeira partida, diante dos africanos, será disputada em São Paulo no estádio do Morumbi. Três dias depois, o Brasil encara a equipe asiática em Recife. Os atletas chamados foram:
Goleiros: Cássio (Corinthians), Diego Alves (Valencia) e Jefferson (Botafogo);
Zagueiros: David Luiz (Chelsea), Dedé (Vasco da Gama), Réver (Atlético Mineiro) e Thiago Silva (PSG);
Laterais: Adriano (Barcelona), Alex Sandro (Porto), Daniel Alves (Barcelona) e Marcelo (Real Madrid);
Volantes: Arouca (Santos), Paulinho (Corinthians), Rômulo (Spartak Moscou) e Sandro (Tottenham);
Meias: Lucas Moura (São Paulo), Oscar (Chelsea) e Ramires (Chelsea);
Atacantes: Hulk (Porto), Jonas (Valencia), Leandro Damião (Internacional) e Neymar (Santos).
A polêmica da vez foi o nome do goleiro Cássio incluído na lista. Reserva do Corinthians até pouco tempo, Cássio tem como empresário Carlos Leite, o mesmo de Mano Menezes. A princípio, isso não significa nada. Porém, este não era o momento para o treinador levantar suspeitas sobre a honestidade de seu trabalho. Sem julgar especificamente os méritos de Cássio, é possível dizer que o País tem pelo menos três goleiros que reúnem mais condições de servirem o selecionado.        
De olho na Copa
O mês de agosto também reservou espaço para a briga entre Mano Menezes e Romário, seu novo desafeto. Comentarista da TV Record durante os Jogos de Londres, O Baixinho criticou duramente o trabalho do técnico e chegou a comemorar sua possível demissão após a derrota para o México na final. Chamado de “aproveitador” por Mano em entrevista ao jornal Marca Brasil, o deputado federal respondeu de forma ainda mais dura em seu site, chegando a se referir ao profissional como “imbecil”, “idiota” e “vergonha para o país”. Todavia, de forma educada, o técnico preferiu não replicar.
Uma das principais vozes contra os gastos exorbitantes com a Copa do Mundo, o deputado mostrou mais uma vez que educação nunca foi o seu forte. Gênio dos gramados, Romário mostrou que como comentarista é apenas um parlamentar ausente.    
Confira abaixo, o andamento das obras nas doze sedes:         
Dentro do previsto: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza e Salvador;  
Apresentando atrasos: Cuiabá, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo;
Situação preocupante: Curitiba, Manaus e Natal.
Imagens: AFP

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Question – 3

Quem é o jogador retratado abaixo?
Dicas serão inseridas neste espaço de acordo com a necessidade dos participantes.
Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro à sua escolha sobre o tema futebol.
Boa sorte a todos!
Anterior:
Descubra o nome do ex-jogador descrito na(s) afirmativa(s) abaixo.
I – Um dos atacantes mais perigosos da última década;
II – Seu nome está eternamente ligado a uma grande tragédia;
III – Nasceu para o futebol atuando por uma equipe do leste europeu, mas firmou-se como astro internacional na Itália;
IV – Hoje aposentado, pretende seguir carreira política.
Resposta: Trata-se do ucraniano Andriy Shevchenko, ex-atacante com passagens por Dínamo de Kiev, Milan e Chelsea. Quando criança, Andriy estava entre as pessoas que sofreram direta ou indiretamente com a tragédia nuclear de Chernobyl em abril de 1986. Tal situação chegou a lhe render o incômodo apelido de “Artilheiro Atômico”, um epíteto que sempre procurou rebater. Após 18 de carreira, pendurou as chuteiras após a disputa da Euro 2012.    
Classificação: Congratulações a Alexandre Rodrigues Alves que conseguiu desvendar o Question com apenas uma dica.
Confira abaixo a classificação de momento:
1º - Alexandre Rodrigues Alves e Murillo Moret – 4 pontos;
2º - Arthur Barcelos, Gustavo Carratte, Joe William, Luciano, Victorino Netto e Yuri – 2 pontos;
3º - Douglas Muniz e Riccardo Joss – 1 ponto.

domingo, 19 de agosto de 2012

Brasil, ainda o país do futebol

De uns tempos para cá, o velho clichê que dá ao Brasil a alcunha de “país do futebol” vem sendo colocado a prova. Curiosamente, esse tipo de contestação costuma surgir quando as coisas não vão bem para a Seleção Brasileira e/ou o Brasileirão não está agradando. Coincidência? Talvez não, mas alguns pontos deveriam ser mais debatidos antes de bater o martelo e dar o título a qualquer nação.
Em primeiro lugar, existe a maneira como o público do futebol é tratado no Brasil. Estádios vazios, gramados ruins, competições desinteressantes, calendário inchado, e nada é feito para mudar esse cenário. Se o torcedor não é tratado como cliente que é, como cobrar sua presença num local que não oferece boas condições para isso? Atualmente, ir a um estádio de futebol é muito mais uma aventura – às vezes arriscada – do que uma forma de lazer. Obra e graça de nossa cartolagem que, para ser chamada de amadora, teria de melhorar muito. Assim, até para se proteger, o torcedor procura o abrigo de sua casa ou de um bar para poder beber ao lado dos amigos e ainda curtir um joguinho no pay-per-view.
No entanto, só isso não deveria ser suficiente para avaliar o quanto o futebol está impregnado num povo. Seria interessante estabelecer quais critérios estamos usando. Se o olhar estiver voltado para quem melhor organiza seu campeonato e vende melhor seu "produto", então a escolha óbvia é a Inglaterra. Mas o que dizer da produção de jogadores quase medíocre na Terra da Rainha? Lembremos também que na Premier League mais da metade dos atletas são estrangeiros. Um problema como esse não deveria ficar fora dessa equação. Porém, se a ideia for combinar público nos estádios, vibração das torcidas e produção local de grandes jogadores, então a melhor opção é a Alemanha que, historicamente, apresentou ao mundo talentos consideravelmente melhores do que os da Inglaterra.
Por outro lado, existe algo que não pode ser desprezado: A cultura futebolística. Algo compartilhado com nossos vizinhos uruguaios e argentinos. O Brasil é um país quase mono-esportivo. Aqui, o futebol só dá lugar, a contragosto e de quatro em quatro anos, às Olimpíadas. Se as pessoas não estão lotando os estádios, mas consomem futebol em doses cavalares na TV, na internet e noutras mídias, imagino que o futebol ainda esteja presente em nosso sangue. Não há razão para crer que isso tenha mudado. E quando pensamos nas dimensões de nosso território e, sobretudo, no tamanho de nossa população, vemos que continuamos sim fazendo jus a essa alcunha ou, no mínimo, pleiteando essa condição.
Ainda mais se o assunto em debate for talento. Enquanto a badalada Espanha discute se o seu maior jogador em todos os tempos é Raúl ou Xavi, o Brasil conta com pelo menos vinte craques que foram melhores do que eles. Se a questão é debater apenas o atual momento, então cabe lembrar que a UEFA Champions League, maior torneio de clubes do mundo, apresenta mais brasileiros do que qualquer outra nacionalidade. Ou seja, os brasileiros seguem bem representados na elite futebolística do planeta. Mas, se o assunto for jogadores do topo, vejo que também cabe uma observação. Na segunda metade da década de 1980, o reinado de Maradona, também não tínhamos jogadores no topo. No máximo, alguém poderia citar Careca, parceiro do gênio argentino. Os reais concorrentes de Maradona eram Gullit, Van Basten e Matthaus. Somente no início dos anos 1990 é que Romário conquistou o cetro. Depois do Baixinho, houve uma sequência impressionante de craques brasileiros recebendo o prêmio de melhor do mundo: Ronaldo (duas vezes), Rivaldo, Ronaldo de novo, Ronaldinho (duas vezes) e Kaká. Na verdade, seria até arrogante pensar que tal condição se estenderia infinitamente sem uma entressafra. Mas, ao que tudo indica, Neymar deverá cumprir essa trajetória no futuro. O presente? Ah, mas quem disse que o mundo vai acabar neste ano?

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Question – 2

Descubra o nome do ex-jogador descrito na(s) afirmativa(s) abaixo.
I – Um dos atacantes mais perigosos da última década;
II – Seu nome está eternamente ligado a uma grande tragédia;
III – Nasceu para o futebol atuando por uma equipe do leste europeu, mas firmou-se como astro internacional na Itália;
IV – Hoje aposentado, pretende seguir carreira política.

Atenção: Serão quatro alternativas ao todo. Uma por dia. Cada uma revela determinada informação do personagem que, reunidas, formam uma resposta única. Agora, cuidado ao arriscar, pois cada participante só tem direito a uma opção.


Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro à sua escolha sobre o tema futebol.
Boa sorte a todos!
Anterior:
No primeiro desafio desta série, responda: Quem é o jogador retratado abaixo?
Resposta: Ele é Richard Knopper, formado na base do Feyenoord, passou por Ajax, Aris Salônica (Grécia), Heerenveen, Vitesse e ADO Den Haag. Meio-campista dono de ótimo chute, Knopper pendurou as chuteiras ao final da última temporada.
Classificação: Parabéns ao Murillo Moret que, rapidamente, desvendou o nome do jogador holandês.
Confira abaixo a classificação de momento:
1º - Murillo Moret – 3 pontos;
2º - Alexandre Rodrigues Alves, Arthur Barcelos, Douglas Muniz, Gustavo Carratte, Joe William, Luciano, Victorino Netto e Yuri – 1 ponto.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Lições mal assimiladas

Impressiona a necessidade que temos de tentar tirar lições de cada derrota no futebol. Lembra muito os antigos seriados americanos onde uma importante lição sobre a vida era aprendida ao final de cada episódio em que algum adolescente escapava de uma enrascada. O problema é que, em sua maioria, nossas conclusões estão contaminadas pela maneira passional como esse esporte é tratado no Brasil. No caso da derrota para o México, não tenho a menor dúvida de que o foco teria sido completamente outro se fosse uma vitória mesmo apresentando mau futebol. Obviamente, uma análise séria não pode funcionar assim.
Recordo-me das reações histéricas após a derrota do Santos para o Barcelona no ano passado. Parecia que o futebol brasileiro havia chegado ao fundo do poço quando, na verdade, as chances de uma equipe como o alvinegro vencer um dos esquadrões mais poderosos de todos os tempos sempre foram mínimas. Não deveria ser necessário assistir ao massacre de Yokohama para constatar que conceitos como times espaçados, volantes e meias unidimensionais estavam ultrapassados. Isso já deveria ter sido detectado e corrigido por nossos treinadores há um bom tempo. Se não o foi, o problema então é outro.
O equívoco da vez está na avaliação da atual geração do futebol brasileiro. Os Jogos de Londres deixaram evidente que, ao contrário do que muitos dizem, o Brasil continua revelando mais jogadores do que os outros países. Nem México, o campeão, nem a Espanha, o fiasco, muito menos Alemanha e Argentina, os ausentes, têm tantos jovens talentos. Se não houve tempo de transformar esses garotos num time, pelo menos era necessário que se desenvolvesse um sentido coletivo ao grupo. Não foi o que se viu em gramados ingleses, assim como não se viu desde que Mano Menezes assumiu a Seleção.
Imagine um escrete formado por Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Lucas, Ramires e Oscar; Hulk, Leandro Damião e Neymar. Sinceramente, em termos técnicos, não vejo esse time abaixo dos campeões de 1994 e 2002. Olhando de perto, vamos encontrar jogadores melhores ou piores, mas o todo é mais ou menos parecido. A diferença crucial está no fato de que o time citado acima não existe! Nunca atuou junto. Nem se trocarmos o emergente Oscar pelo apagado Paulo Henrique Ganso. E isso é preocupante.  
Do amistoso de amanhã diante da Suécia até a Copa de 2014 o Brasil terá menos de dois anos de preparação. O que é pouco, sobretudo, quando se constata que não existe nem mesmo um esboço do que seria a equipe principal. Se existe uma lição, ou melhor, algo perceptível, é que o trabalho de Mano Menezes até este momento é ruim. Ao mantê-lo, o presidente José Maria Marin faz uma aposta até maior do que recorrer a um técnico como Luiz Felipe Scolari na última hora. Esta sim, uma lição que já deveríamos ter aprendido.
Imagem: Mowa Press     

domingo, 12 de agosto de 2012

Até 2016

Cá entre nós, não via a hora das Olimpíadas acabarem. Para quem é fanático por futebol, chega a ser torturante ver os programas esportivos que ocupam 90% de seu tempo falando sobre o velho esporte bretão dando lugar a competições que não chamam a atenção de ninguém nos quatro anos anteriores ou posteriores ao evento. É quando surgem os “especialistas” de última hora. Pessoas que nunca falam sobre outros esportes e que o único Zanetti que conheciam era o argentino da Inter, de repente estão falando, escrevendo e tuitando sobre coisas que evidentemente não conhecem, mas nem por isso deixam de apresentar suas teses sobre o baixo desempenho brasileiro em alguma modalidade obscura.

Mas o pior não é isso. Pior é o papa-medalha. Aquele sujeito que fica zapeando pelos canais procurando uma medalha para chamar de sua. E coitado do atleta que não consegue o ouro. É tachado de “amarelão” e de não honrar seu país. Sem falar naqueles que pedem “seu” dinheiro de volta a cada derrota. Parece consumidor no Procon. Se pelo menos fosse intelectualmente honesto deveria pedir investimentos no esporte como ferramenta auxiliar da saúde e da educação e não como trampolim para pódios olímpicos.
Felizmente, isso acabou. Pelo menos até 2016. Até lá, o COB seguirá queimando seus recursos com uma política esportiva equivocada, mas poucos estarão atentos a isso. Talvez se algumas medalhas esperadas para o Rio de Janeiro não chegarem é provável que se lembrem de Nuzman e sua turma. Então será tarde.

Prata queimada

Numa análise fria e, não por isso, distante, seria possível dizer que a medalha de prata conquistada pela Seleção Brasileira nos Jogos de Londres foi um bom resultado. O México, adversário na decisão, tinha uma equipe muito mais entrosada e vinha treinando há muito mais tempo, enquanto o Brasil se resumiu a cinco amistosos e a presença de jogadores sub-23 durante as convocações da seleção principal. Neste cenário, a prata está de bom tamanho, certo? Errado. Justamente pelo fato das Olimpíadas nunca terem sido uma prioridade é que devíamos esperar não a conquista do ouro, mas indícios da montagem de um time. E isso não foi visto.
Como este blogueiro vinha alertando, a Seleção vencia sem nunca convencer, apresentou problemas defensivos crônicos e dependia exclusivamente de jogadas individuais para chegar ao gol adversário. Nada parecia treinado, não havia sincronia nos movimentos ofensivos. A impressão é que tudo se dava pelo acaso. Os jogadores possuem uma parcela de culpa, lógico, mas diante das questões levantadas só existe um responsável direto: Mano Menezes. Defesa desarrumada, má distribuição dos jogadores em campo e falta de jogadas são pontos falhos no trabalho do treinador. Impossível fugir disso.
Em dois anos à frente da Seleção, Mano fez muito pouco. Ao contrário de seu discurso meticulosamente treinado, suas decisões sempre pareceram desconexas. Vejamos: Quando assumiu, pregou a renovação, o retorno do futebol de imposição e disse que a referência era o Brasil de 1982. Na prática, ao primeiro sinal de dúvidas, mudou para um estilo mais cauteloso que nada tinha a ver com o protagonismo sugerido. Só na meta, as constantes mudanças já mostram a falta de rumo. Primeiro, testou Victor. Depois, voltou com Júlio César. Depois era Jefferson. Em seguida, Diego Alves. Quem é o titular da Seleção? Eu não sei.
Outra característica peculiar do trabalho do técnico é a maneira como “queima” atletas que falham em determinados momentos. Foi assim com André Santos, Hernanes, Ramires e Alexandre Pato. O próprio Marcelo esteve fora por um bom tempo sem um motivo explícito. Quando perguntado sobre o assunto, Mano sempre tergiversa dizendo que as coisas não funcionam de maneira impulsiva. Não é o que parece.
Se o objetivo sempre foi o hexacampeonato, é possível dizer que a Seleção não está no caminho certo. Até o momento, o Brasil não tem nem o esboço de um time para a caminhada até o Mundial. Existe uma ideia, mas não existe o provável onze inicial e nem um esquema tático definido. Muito pouco para dois anos de trabalho, ainda mais quando pensamos na proximidade da Copa do Mundo. Segundo o presidente da CBF, José Maria Marin, Mano está mantido no cargo e o saldo dos Jogos foi positivo. Infelizmente, não é a minha impressão.
Imagem: UOL

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Question – 1

No primeiro desafio desta série, responda: Quem é o jogador retratado abaixo?
Dicas serão inseridas neste espaço de acordo com a necessidade dos participantes.
Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro à sua escolha sobre o tema futebol.
Boa sorte a todos!

domingo, 5 de agosto de 2012

Tão longe, tão perto

A apertada vitória por 3x2 sobre Honduras,  assegurou a Seleção Brasileira entre as equipes que disputarão medalhas nos Jogos Olímpicos de Londres. No entanto, como este blog havia tratado, o Brasil ainda está longe de apresentar um bom jogo coletivo. Assim como na vitória sobre a Bielorússia, os comandados de Mano Menezes não conseguiram criar muitas tramas a abusaram dos levantamentos na área e das ações individuais.
Placares à parte, impressiona como o time não apresenta evolução tática mesmo depois de uma considerável sequência de partidas. Se somarmos os cinco amistosos às partidas no torneio olímpico, teremos nove jogos e um bom período de treinos em que pouco, além de uma ideia, foi mostrado. E a questão é: Essa ideia está correta?
Reza a lenda que a Seleção Brasileira quase sempre teve defesas ruins, mas compensadas por um ótimo ataque. Bobagem. Em Copas do Mundo, o Brasil divide com a Itália a condição de melhor defesa da história da competição e viu seu ataque marcar mais gols do que qualquer outro país. Olhar para a defesa, se não era uma obsessão, sempre foi uma preocupação brasileira. Inclusive, se fosse possível resumir nossos conceitos futebolísticos não escritos, diria que nossa defesa e marcação sempre foram vistas como a base para os talentos individuais fluírem com liberdade. E talvez esteja nesse ponto o maior equívoco do atual time olímpico.
Historicamente, marcar à frente nunca foi uma característica do futebol brasileiro. Por formação, nossos jogadores mais talentosos podem até contribuir com a marcação, mas não são especialistas nisso. Em consequência, a pouca aptidão para essa função faz com que se abram latifúndios na retaguarda que qualquer equipe mais qualificada transpõe sem muita dificuldade. Um perfil de rival que, ao contrário do que vem acontecendo nos Jogos, certamente não estará em falta na Copa.
Nesse raciocínio, até o argumento de que os adversários de 2014 se postarão atrás pode ser contraposto quando lembramos que o Brasil sempre rompeu defesas baseando-se na criatividade e no talento e não na marcação alta. Era justamente dessa qualidade que o competitivo time de Dunga se ressentia. Da maneira como vem atuando, vencendo sem convencer, o Brasil pode até ser campeão olímpico. Todavia, estará muito distante de apresentar um futebol capaz de ser hexacampeão mundial.
Imagem: Reuters

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Question - Aviso

O Question, em sua sexta edição, está de volta ao Além das Quatro Linhas e terá seu primeiro desafio publicado na próxima sexta-feira. Assim como na edição anterior, o primeiro acertador receberá três pontos e os outros acertadores receberão um ponto. Ao final de quinze semanas, será declarado vencedor aquele que somar mais pontos.
O primeiro critério de desempate é o maior número de “primeiro acerto”. O segundo critério é o último “primeiro acerto”. Novamente, os desafios terão como objeto fotos de jogadores ou treinadores do presente e do passado ou uma combinação de dicas que resultam num único nome. Aqueles que participaram das outras edições já sabem como funciona.
O primeiro colocado receberá em casa um livro, a sua escolha, com o tema futebol. Na última edição, Luciano Fitochi escolheu “Santos 100 anos, 100 jogos, 100 ídolos” de Celso Unzelte e Odir Cunha, obra que, como o nome já diz, homenageia o centenário do alvinegro praiano.
Conto com a participação de vocês!