sábado, 30 de abril de 2011

Pode, Arnaldo?

Um dia após a vitória do Barcelona sobre o Real Madrid em pleno Santiago Bernabéu, um vídeo produzido pelo clube merengue (e indicado por Yuri Barros) mostrou aquilo que poucos conseguiram ver: No lance em que é expulso, Pepe simplesmente não toca na perna de Daniel Alves. Porém, como a ação é muito rápida e a encenação do lateral brasileiro perfeita, o árbitro Wolfgang Stark acabou mostrando cartão vermelho direto para o zagueiro/volante.   
Não culpo o juiz alemão. A impressão do momento era de “jogo busco grave” o que na regra significa expulsão. E, apesar de ser difícil afirmar, José Mourinho está entre os que viram o que verdadeiramente aconteceu. Portanto, está no seu direito de reclamar, embora a insinuação de favorecimento ao time catalão tenha ares de choro de perdedor.
No entanto, o que me causou estranheza nesse episódio é o número de pessoas que defendeu a expulsão mesmo depois de saber que não houve contato entre os jogadores no citado lance. “Se pega ou não, é irrelevante”, me escreveu o jornalista Leonardo Bertozzi. “Não precisa haver o toque para haver expulsão”, disse o também jornalista Júlio Gomes aos canais ESPN.
Diante de tais afirmações, absurdas para este blogueiro, a melhor alternativa foi consultar a regra 12 (faltas e conduta antidesportiva) para tentar encontrar justificativa para tal posicionamento dos profissionais da televisão. Leiam os trechos selecionados abaixo:
As faltas e condutas antidesportivas serão sancionadas da seguinte maneira:
Tiro livre direto. Será concedido um tiro livre direto a equipe adversária se um jogador comete uma das seguintes seis (6) faltas de uma maneira que o árbitro considere imprudente, temerária ou com o uso de uma força excessiva:
1. Dar ou tentar dar um pontapé em um adversário; ...
Faltas puníveis com uma expulsão. Um jogador será expulso e receberá o cartão vermelho se cometer uma das seguintes faltas:
1. For culpado de jogo brusco grave;
2. For culpado de conduta violenta; ...
Ou seja, ao contrário do que eu imaginava, é possível a marcação de uma falta apenas com a tentativa de se dar um pontapé no adversário. Porém, para expulsão, somente o “jogo brusco grave” e a “conduta violenta” poderiam ser interpretados como lance para cartão vermelho. Assim, se Pepe não atingiu Daniel, não há nada que justifique a exclusão do luso-brasileiro de campo, a não ser que Wolfgang Stark tenha se equivocado, o que também ocorreu com a maioria dos telespectadores.  
Além de toda essa polêmica em relação à falta cometida por Pepe, uma questão que poderia estar sendo debatida com mais atenção – inclusive pela UEFA – é a irritante conduta dos jogadores do Barcelona de simularem agressões com o intuito de induzir os árbitros a expulsar adversários. Na temporada passada, Thiago Motta foi expulso por um lance em que Busquets valorizou um contato razoavelmente leve. Desta vez, o prejudicado foi Pepe.
Como o Barcelona pratica um futebol incrível e o Real Madrid jogou como time pequeno, as pessoas tendem a dizer que as reclamações não procedem e que o melhor time venceu. Concordo que o Barça é a melhor equipe do mundo e é justamente por isso que penso que os blaugranas não precisam usar esse tipo de artifício para vencer.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Question – 13

Restando apenas três desafios para o final desta série, diga quem é o jogador retratado ao lado?
Dicas serão inseridas neste espaço de acordo com a necessidade dos participantes.
Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro sobre futebol a sua escolha.
Boa sorte a todos.
Anterior:
I – Sua imagem está eternamente ligada a uma taça;
II – Zagueiro vigoroso, foi campeão continental e mundial por dois clubes diferentes;
III – Também foi campeão nacional em três diferentes ligas;
IV – Hoje treinador, só obteve conquistas em âmbito nacional.
Resposta: Ele é o uruguaio Hugo Eduardo de León Rodrigues ou, simplesmente, Hugo de Léon. Formado na base do Nacional, De Léon foi um dos melhores zagueiros sul-americanos da década de 1980. Pelo clube de Montevidéu - pelo qual se tornou capitão aos 17 anos - Hugo conquistou duas Libertadores e dois Mundiais. Feito também realizado no Grêmio, onde venceu as duas competições em 1983. Em ligas nacionais, faturou títulos no Uruguai, Brasil e Argentina, aqui defendendo as cores do River Plate.  
Classificação: Parabéns ao Marcus Buiatti, que acertou mais um desafio e já figura na quarta colocação. A liderança segue com Guilherme Siqueira, cada vez mais perto do “título”. Confira abaixo a classificação de momento:
1º - Guilherme Siqueira – 17 pontos;
2º - JP e Riccardo Joss – 11 pontos;
3º - Mini-Crítico e Yuri Barros (withdrew) – 10 pontos;
4º - Eduardo Júnior, Johnny, Marcus Buiatti e Victorino Netto – 8 pontos;
5º - Pedro Cheganças – 6 pontos;
6º - Prisma – 5 pontos;
7º - Alexandre Aníbal – 4 pontos;
8º - Rodolfo Moura – 3 pontos;
8º - Mauro Vaz – 2 pontos;
9º - Joe William – 1 ponto.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O tiro que saiu pela culatra.

Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que a nota emitida pela ANAF (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol) em defesa do árbitro Ricardo Marques é equivocada do início ao fim. Ao tentar atingir de forma covarde o Botafogo enquanto instituição e desviar o foco das reclamações do alvinegro carioca quando de sua eliminação da Copa do Brasil diante do Avaí, a associação deixou de marcar uma posição firme para se tornar a vidraça da vez.
No Brasil, não há figura mais desrespeitada que o árbitro. Baseados em imagens da TV, dirigentes, técnicos, jogadores, torcedores e jornalistas tratam os profissionais do apito que se eles fossem a escória da sociedade. Como se todos fossem vendidos e mal-intencionados e que por isso devem pagar para todo o sempre.
Não discuto aqui se a arbitragem brasileira é boa, regular ou péssima. Não discuto se os critérios adotados por nossos mediadores transformaram o futebol nacional em quase outro esporte. Discuto sim, a covardia dos outros profissionais que creditam todos os fracassos na conta dos árbitros.
Quantas vezes ouvimos alguém se referir a um árbitro de maneira muito mais dura do que a ANAF em sua nota? Quantas vezes ouvimos um juiz ser chamado de ladrão por marcações que dividem a opinião de todos? Inúmeras. Mas nunca ouvimos manifestações como a de hoje contra essas acusações quase sempre levianas.
Infelizmente, um dia que poderia ter ficado marcado como o início de um movimento contestador dos profissionais da arbitragem – que poderia até desembocar na profissionalização da classe – tornou-se apenas o dia em que uma nota equivocada deflagrou mais uma “polêmica da semana”. Lamentável.   
Crédito da Imagem: R7   

domingo, 24 de abril de 2011

Tipos de Jornalista Esportivo.

Baseado na série de posts do blog de Maurício Stycer intitulada Tipos de Leitor – espaço onde o jornalista destrincha os habitantes da blogosfera – o “Além das Quatro Linhas” abordará os diferentes tipos de jornalistas das mais diversas mídias. Mas, como este blogueiro se limita ao assunto futebol, vamos manter o foco apenas nos jornalistas esportivos...
O Chapa-Branca.
Por definição, o termo “chapa-branca” se refere ao veículo de imprensa que, financiado por algum órgão público, se presta a informar apenas o que lhes interessa. No caso do jornalista esportivo, o Chapa-Branca pode se apresentar de diversas formas, sendo que em todas elas a verdadeira opinião está subjugada por interesses maiores.
A Copa do Mundo que se avizinha é um dos temas que mais produziram o jornalismo esportivo chapa-branca nos últimos anos. Como a intenção de grandes veículos não é desvalorizar a mina de ouro que é um Mundial no Brasil, muitos simplesmente se recusam a divulgar notícias que envolvam questões como o superfaturamento de obras ligadas ao evento ou conchavos políticos dos responsáveis pela organização. Para esses, Ricardo Teixeira é quem dá as cartas.
Outra versão do “chapabranquismo” também pode ser notada na verdadeira devoção de alguns jornalistas às causas da instituição em que trabalham. Pouco importa se a decisão é prejudicial ou não ao esporte brasileiro. Mais vale o discurso institucional, que deve ser divulgado e defendido.
Um bom exemplo se deu quando executivos globais tentaram o retorno da fórmula do chamado mata-mata ao campeonato brasileiro. Na tentativa de convencer a todos que o sistema antigo era melhor, diversas falácias foram colocadas na mesa como se fossem verdades absolutas. De todas elas, a mais simplória foi dita por Galvão Bueno: “Se ponto corrido fosse bom, Copa do Mundo seria disputada assim”.  Desnecessário explicar a fragilidade de tal argumento.
Assim como o Merchan, o Chapa-Branca é bem perigoso, pois também presta um desserviço à população ao induzi-la a acreditar em algo que é de seu exclusivo interesse, sem preocupação com gastos públicos ou com a ética da profissão.
E você, conhece algum jornalista chapa-branca?

sábado, 23 de abril de 2011

Contagem Regressiva: Abril de 2011

Para um fanático por futebol, Copa do Mundo é muito mais do que um evento esportivo. É um período para se tirar férias do trabalho e só sair de casa para tratar de assuntos estritamente necessários. São semanas mágicas, onde um jogador consegue deixar o mundo mortal para fazer parte do panteão dos Deuses da Bola e, de quebra, transformar um país inteiro numa grande festa. É uma época para se rir, chorar, se emocionar. Enfim, é um momento que será guardado para sempre em nossos corações...
A transição.
Após a final da Copa de 2010, a maior preocupação da comissão técnica chefiada por Mano Menezes era com a renovação da Seleção Brasileira. Naquela ocasião o que mais se ouvia era a ausência de um legado, uma base para reiniciar o trabalho. Ao mesmo tempo, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, acenava com a necessidade de se começar tudo do zero.
Com essa orientação, o princípio do trabalho de Mano teve ares radicais. Nada menos que dez titulares de Dunga não estavam presentes no primeiro amistoso da nova Seleção diante dos Estados Unidos. Do grupo que esteve na África do Sul, só Thiago Silva, Daniel Alves, Ramires e Robinho pareciam estar nos novos planos.
Porém, o tempo e os maus resultados mostraram que o melhor caminho não era esse. Muito mais inteligente do que romper com todo o trabalho anterior era aproveitar o que havia de bom nele. Assim, nada mais normal do que trazer de volta nomes como Júlio César, Lúcio, Maicon e Elano que devido à idade podem até não fazer parte dos 23 convocados de 2014, mas certamente serão de grande valia neste período de transição que tem como prova de fogo a Copa América na Argentina.    
Os rivais.    
Estão confirmados próximos amistosos da Seleção em território brasileiro. Dia 4 de junho, o Brasil recebe a Holanda, algoz verde-amarelo no último Mundial, em Goiânia. Três dias depois, a Romênia será o adversário em São Paulo, numa partida que marcará a despedida de Ronaldo da Seleção. Á TV Globo, Mano Menezes declarou que esses amistosos serão decisivos na escolha dos convocados para a Copa América.  
De olho na Copa.  
Como era de se imaginar, a CPI da CBF proposta pelo deputado Anthony Garotinho naufragou diante da pressão exercida por Ricardo Teixeira em Brasília. Diversos parlamentares retiraram suas assinaturas impedindo a abertura da comissão parlamentar de inquérito. Após essa manifestação de apoio a Teixeira, os deputados receberam uma camisa da Seleção acompanhada de uma mensagem com os seguintes dizeres: "Receba, ilustre deputado, os meus agradecimentos pela hospitalidade com que fui recebido, quando da minha estada em Brasília, no dia 29 de março".  
Segundo estudo da Sinaenco (Sindicato Nacional de Arquitetura e Engenharia Consultiva), cinco dos 12 estádios que serão usados na próxima Copa do Mundo correm o risco de se tornaram “elefantes brancos”. Construídas em cidades de baixo público nos jogos de futebol ou onde já existem outros estádios, as arenas de Brasília, Cuiabá, Manaus, Natal e Recife provavelmente não terão aproveitamento satisfatório após a disputa do Mundial.
Com essa conclusão, o estudo da Sinaenco confirma o que muitos temiam quando da indicação de sedes observando muito mais a relevância e a influência das lideranças políticas locais do que a viabilidade das propostas.    
Enquanto isso, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, segue dando declarações contraditórias sobre o andamento das obras no País. Em poucos dias, passou de um discurso preocupado para um aparente otimismo. No entanto, em linhas gerais, podemos classificar o andamento das obras nas sedes da seguinte forma:
Dentro do previsto: Belo Horizonte, Brasília e Salvador;
Apresentando atrasos: Cuiabá, Curitiba, Manaus, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro;
Situação preocupante: Fortaleza, Natal, e São Paulo.    
Crédito das Imagens: Reuters e AE.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Question – 12

Restando quatro desafios para o final desta série, descubra o nome do jogador descrito na(s) afirmativa(s) abaixo.

I – Sua imagem está eternamente ligada a uma taça;
II – Zagueiro vigoroso, foi campeão continental e mundial por dois clubes diferentes;
III – Também foi campeão nacional em três diferentes ligas;
IV – Hoje treinador, só obteve conquistas em âmbito nacional.

Atenção: Serão quatro alternativas ao todo. Uma por dia. Cada uma revela determinada informação do jogador que, reunidas, formam uma resposta única. Agora, cuidado ao arriscar, pois cada participante só tem direito a uma opção.
Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro sobre futebol a sua escolha.
Boa sorte a todos.
Anterior:
Quem é o jogador retratado ao lado?
Resposta: Ele é Al-Saadi Kaddafi, filho do ditador líbio Muammar Kaddafi e se que arriscou como jogador de futebol fazendo uso dos subsídios paternos. Na Itália, passou sem nenhum brilho por Perugia, Udinese a Sampdoria.
Classificação: Parabéns ao Marcus Buiatti, primeiro a identificar Al-Saadi Kaddafi. Com isso, Guilherme Siqueira segue administrando sua liderança a cinco pontos de distância do vice-líder JP.  
Confira abaixo a classificação de momento:
1º - Guilherme Siqueira – 16 pontos;
2º - JP – 11 pontos;
3º - Riccardo Joss e Yuri Barros (withdrew) – 10 pontos;
4º - Mini-Crítico – 9 pontos;
5º - Johnny e Victorino Netto – 8 pontos;
6º - Eduardo Júnior – 7 pontos;  
7º - Pedro Cheganças – 6 pontos;
8º - Marcus Buiatti e Prisma – 5 pontos;
9º - Alexandre Aníbal – 3 pontos;
10º - Mauro Vaz e Rodolfo Moura – 2 pontos;
11º - Joe William – 1 ponto.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Um treinador de títulos.

Apesar da derrota para o Real Madrid por 1 a 0 na final da Copa do Rei, o Barcelona ainda é o melhor time da atualidade. E, para muitos, um dos melhores da história. Mas isso não significa que os comandados de Pep Guardiola sejam imbatíveis e muito menos que só exista uma forma de jogar.
Durante os últimos dias, o técnico merengue José Mourinho ouviu diversas críticas sobre a maneira como armou sua equipe para enfrentar o toque de bola do Barça. O holandês Johan Cruyff, ídolo dos catalães e corneteiro de plantão, chegou a dizer que o português não era um técnico de futebol, mas de títulos. Após o empate em 1 a 1 pelo campeonato espanhol, Alfredo Di Stéfano, lenda do Real Madrid, comparou o time a um rato diante de um leão.
Ontem, o que se viu foi diferente. Mourinho armou uma equipe capaz de manter a pegada, mas atacar também. Deste modo, viu sua equipe ser melhor no primeiro tempo, ceder espaço no segundo, mas vencer de maneira histórica e heróica na prorrogação. Após a conquista, Mourinho respondeu indiretamente a Cruyff e disse que gosta de ser um treinador de títulos.  
A verdade é que não existe apenas uma maneira de se jogar futebol. O Barcelona tem o grande mérito dar espetáculo em campo e ser extremamente competitivo ao mesmo tempo, mas isso não significa que todos precisam copiar esse modelo. Até porque, poucos poderiam fazê-lo já que isso envolve o desenvolvimento de um estilo, uma escola formadora de atletas moldados para jogar da maneira desejada.
Partindo desse princípio, cada técnico precisa montar sua estratégia de acordo com o que tem em mãos e observando, logicamente, os adversários que terá pela frente. Um caso emblemático é o da Grécia campeã da Euro 2004. De que outra forma os helenos poderiam vencer a maior competição da Europa se não apostando numa defesa trancada, nos contragolpes e na bola aérea? Talvez os puristas acreditem que o selecionado de Otto Rehhagel poderia atuar de maneira leve e solta, com a bola no chão e seja o que Zeus quiser. Mas todos sabem o que aconteceria caso essa decisão tivesse sido tomada.
Da mesma forma, Mourinho tomou as decisões corretas para uma final diante de um time que é coletivamente melhor que o seu. Questionam a saída precoce de Özil, mas, no geral, a estratégia adotada pelo treinador se mostrou a mais correta. Crítico feroz desse estilo, Cruyff acredita que o futebol existe para entreter as pessoas. Pode até ser, mas desde que o time pelo qual estejam torcendo vença. E vencer é o Mourinho mais saber fazer.
Crédito da Imagem: Getty Images.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Lembra desse?!

Aquele lance ou momento que você, por um motivo ou outro, nunca esqueceu.
Os Coringas.
Além de ser um dos melhores atores do Brasil, Dan Stulbach é um apaixonado por futebol e pelo Corinthians. E quem já teve a oportunidade de vê-lo participando de algum programa esportivo, deve ter notado que ele acompanha tudo o que rola no mundo da bola.
E foi justamente por causa do futebol que o ator viveu uma de suas histórias mais divertidas. Era 1998 quando Dan e dois amigos viajaram à França para acompanhar a Seleção Brasileira que buscava ali seu pentacampeonato. Logicamente, a participação do trio não seria das mais discretas. Vestidos como os coringas do baralho, estavam sempre presentes na torcida brasileira.    
Todavia, a equipe comandada por Zagallo sofria com a má preparação realizada para aquele Mundial e uma das peças mais contestadas do time era o veterano atacante Bebeto. Prato cheio para os críticos “coringas” que homenageavam o tetracampeão a cada vez que ele pegava na bola: “BE-BE-TO, V...! BE-BE-TO, V...!” entoavam insistentemente.
Eis que é marcado um escanteio para o Brasil. E quem vai para a cobrança? Bebeto, claro. Só que a poucos metros da marca estavam os coringas. O baianinho encaminhou-se para a bola ainda ouvindo o corinho. Foi então que Bebeto olhou diretamente para eles e faz uma cara como se pedisse: “Pô, parem de me vaiar!” Imediatamente, o grito mudou: “BE-BE-TÔO! BE-BE-TÔO!”
Bola levantada na área e... gol do Brasil! César Sampaio de cabeça, após cobrança de escanteio de Bebeto. Então, o camisa 20 se virou para os coringas, beijou o escudo e apontou para a embasbacada trupe que o aplaudia como nunca.     
Você conhece alguma história interessante sobre o mundo da bola?
Mande-a para meu e-mail: a4l@bol.com.br e coloque no assunto: 'Lembra desse?!' e ela poderá ser publicada aqui!

sábado, 16 de abril de 2011

Tipos de Jornalista Esportivo.

Baseado na série de posts do blog de Maurício Stycer intitulada Tipos de Leitor – espaço onde o jornalista destrincha os habitantes da blogosfera – o “Além das Quatro Linhas” abordará os diferentes tipos de jornalistas das mais diversas mídias. Mas, como este blogueiro se limita ao assunto futebol, vamos manter o foco apenas nos jornalistas esportivos...
O Merchan
Antes de tudo é preciso dizer que, ao contrário do que muita gente imagina, não há problema nenhum em ganhar dinheiro. Hoje, os patrocinadores são imprescindíveis para que qualquer mídia consiga sobreviver no mercado de maneira minimamente competitiva.
O “Merchan” do título é o jornalista ou empresa que coloca o patrocinador ou seus interesses acima da notícia ou da informação correta. O trecho a seguir foi retirado de uma coluna de um conhecido apresentador de programas esportivos de rádio e televisão e é absolutamente emblemático: “Antigamente, a notícia era o quadro e a propaganda era a moldura. Hoje, a notícia é a moldura.”
Não é preciso ser especialista na área para observar o absurdo escrito acima. No jornalismo, a notícia sempre será mais importante do que a propaganda. Afinal, ninguém compra um jornal, liga a TV ou acessa a internet por causa dos anúncios. A não ser, é óbvio, se estiver à procura de algum produto ou serviço.
Infelizmente, nem sempre as coisas funcionam como deveriam. É muito comum notarmos casos em que a informação fica em segundo plano. E fazendo o raciocínio contrário, também é possível perceber quando uma marca é omitida a partir do momento em que se torna componente ou o próprio nome de alguma equipe esportiva. A Red Bull Racing é o melhor exemplo. Red Bull Racing é o nome da equipe de Fórmula 1. Não é RBR ou qualquer coisa do tipo. É o mesmo que Ferrari ou McLaren. Se o nome é esse, tem que dizê-lo e não inventar outro.
A iniciativa mais conhecida de um clube de futebol brasileiro de tentar comercializar o nome de seu estádio, os chamados naming rights, naufragou justamente por isso. Em 2005, o Atlético Paranaense anunciou uma parceria com a Kyocera que partir de então batizava a Arena da Baixada como Kyocera Arena. Em 2008, a parceria foi desfeita pelo Atlético, mas o objetivo nunca foi atingido completamente, pois a emissora que transmite o Campeonato Brasileiro simplesmente ignorava o acordo. Equipes de voleibol que se associam a marcas conhecidas também sofrem com tal política.
Aliás, é justamente essa conduta que nos obriga a ver o rosto de um jogador ou treinador ampliado ao máximo na tela para que os parceiros dos clubes não apareçam. Dá até para ver os poros nos rostos deles. Isso sem falar naquelas câmeras que fecham o quadro em cima do campo só para não mostrar as placas publicitárias ao redor do gramado. Uma “maravilha” para quem gosta de tática e uma ofensa para quem gosta de futebol.

Crédito da Imagem: Universo Pânico

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Question – 11

Quem é o jogador retratado ao lado?
Dicas serão inseridas neste espaço de acordo com a necessidade dos participantes.
Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.

Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro sobre futebol a sua escolha.
Boa sorte a todos.
Anterior:
Descubra o nome do jogador descrito na(s) afirmativa(s) abaixo.
I – É um dos maiores goleadores brasileiros em todos os tempos;
II – Disputou duas Copas do mundo sem grande destaque;
III – Passou rapidamente pelo futebol europeu, mas obteve pouco êxito;
IV – Aposentado, ocupa atualmente a presidência do clube onde se consagrou.
Resposta: Ele é Carlos Roberto de Oliveira, mais conhecido como Roberto Dinamite. Ex-jogador e ídolo de Vasco da Gama e Portuguesa, é o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro (190 gols) e do Campeonato Carioca (279). Em 1979, Dinamite teve uma passagem discreta pelo Barcelona, retornando ao Vasco em 1980. Pela Seleção Brasileira, disputou as Copas de 1978 e 1982, mas na segunda oportunidade não saiu do banco de reservas.  
Classificação: Parabéns ao grande Riccardo Joss que com duas dicas cravou o nome de Roberto Dinamite. Com esse resultado, a liderança continua com Guilherme Siqueira que se encontra a cinco pontos do segundo lugar. Mas ainda há tempo!
Confira abaixo a classificação de momento:
1º - Guilherme Siqueira – 15 pontos;
2º - JP e Yuri Barros (withdrew) – 10 pontos;
3º - Riccardo Joss – 9 pontos;
4º - Johnny, Mini-Crítico e Victorino Netto – 8 pontos;
5º - Eduardo Júnior e Pedro Cheganças – 6 pontos;
6º - Prisma – 5 pontos;
7º - Alexandre Aníbal – 3 pontos;
8º - Marcus Buiatti e Mauro Vaz – 2 pontos;
9º - Rodolfo Moura – 1 ponto.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Nunca houve um bicampeão.

Com a confirmação da eliminação da Internazionale da UEFA Champions League – de forma patética, diga-se – está mantida a sina de nunca ter havido um bicampeão na competição desde quando esta assumiu um novo (e mais competitivo) formato a partir de 1992. Da temporada 1992/93 até hoje, algumas equipes conseguiram conquistar a “orelhuda” mais de uma vez, mas nunca de forma consecutiva.
A começar pelo Olympique de Marseille que após vencer o Milan na final de 93 foi punido depois do escândalo de corrupção em que se envolveu na Ligue 1 e não participou da temporada seguinte. Confira abaixo todos os campeões da UEFA Champions League até hoje e veja entre parênteses seu destino no certame subsequente:
1992/93 - Campeão: Olympique de Marseille
1993/94 - Campeão: Milan (Punido, o campeão Olympique de Marseille não participou)
1994/95 - Campeão: Ajax (Milan foi finalista)
1995/96 - Campeão: Juventus (Ajax foi finalista)
1996/97 - Campeão: Borussia Dortmund (Juventus foi finalista)
1997/98 - Campeão: Real Madrid (Borussia Dortmund foi semifinalista)
1998/99 - Campeão: Manchester United (Real Madrid foi quadrifinalista)
1999/00 - Campeão: Real Madrid (Manchester United foi quadrifinalista)
2000/01 - Campeão: Bayern (Real Madrid foi semifinalista)
2001/02 - Campeão: Real Madrid (Bayern foi quadrifinalista)
2002/03 - Campeão: Milan (Real Madrid foi semifinalista)
2003/04 - Campeão: Porto (Milan foi quadrifinalista)
2004/05 - Campeão: Liverpool (Porto foi até as oitavas)
2005/06 - Campeão: Barcelona (Liverpool foi até as oitavas)
2006/07 - Campeão: Milan (Barcelona foi até as oitavas)
2007/08 - Campeão: Manchester United (Milan foi até as oitavas)
2008/09 - Campeão: Barcelona (Manchester United foi finalista)
2009/10 - Campeão: Internazionale (Barcelona foi semifinalista)
2010/11 - Campeão: A decidir (Internazionale foi quadrifinalista)
Com a eliminação dos Nerazzurri, restam apenas quatro equipes na competição: A surpresa Schalke 04 que enfrentará o Manchester United, detentor da melhor defesa da liga, e os espanhóis Barcelona e Real Madrid que protagonizarão um duelo que promete parar o mundo.
Para este blogueiro, United e Barça são os favoritos nas semifinais com os catalães em melhor condição numa eventual final. Caso os Merengues consigam eliminar seus históricos rivais, aposto nos comandados de Mourinho levando a sonhada la décima.
E você, já tem o seu palpite?   
Crédito da Imagem: AP

domingo, 10 de abril de 2011

Falcão não é o ideal.

Poucas coisas simbolizam tão bem o amadorismo de nossa cartolagem quanto a política demissionária que caracteriza o futebol brasileiro. A frequente troca de técnicos não só impede a realização de trabalhos visando o médio/longo prazo, como dá mostras que a diretoria não sabia o que procurava quando contratou determinado profissional.
No entanto, a demissão de Celso Roth do Internacional era algo não só inevitável como deveria ter acontecido logo após o Mundial de Clubes. Não havia mais clima para a permanência de Roth após a derrota para o Mazembe. A decisão de manter o técnico depois de um fracasso tão retumbante só serviu para prolongar o trauma da queda diante dos africanos. Naquele momento, o melhor era demitir o técnico, “zerar a contagem” e começar tudo de novo com outro profissional, preferencialmente, de outra mentalidade.
O problema é que Paulo Roberto Falcão não parece ser esse nome. Longe da função há mais de quinze anos e sem nenhum resultado relevante na carreira, considerá-lo para o cargo neste momento é mais ou menos o que o Flamengo fazia quando tentava Júnior no comando técnico do time principal.
Para ser justo, é preciso dizer que Falcão não teve grandes chances para mostrar seu trabalho. Na Seleção, foi incumbido da missão de reformular o grupo de 1990 sem utilizar jogadores “renegados” que atuavam no exterior. No Inter, pegou uma das piores fases do Colorado e o Japão ainda engatinhava no futebol.
A questão aqui é que o Inter não é um time para apostas. Trata-se de uma das maiores forças do futebol brasileiro, estabelecido num patamar em que não deveria haver margens para experiências. Qualquer equívoco na escolha de seu novo treinador pode significar uma temporada perdida. Um luxo que o atual campeão continental não deveria se dar.
Crédito da Imagem: Edu Rickes / Globoesporte.com

sábado, 9 de abril de 2011

Tipos de Jornalista Esportivo.

Baseado na série de posts do blog de Maurício Stycer intitulada Tipos de Leitor – espaço onde o jornalista destrincha os habitantes da blogosfera – o “Além das Quatro Linhas” abordará os diferentes tipos de jornalistas das mais diversas mídias. Mas, como este blogueiro se limita ao assunto futebol, vamos manter o foco apenas nos jornalistas esportivos...
A Múmia.
Parece ser o tipo mais fácil de ser identificado, mas também pode haver confusão quando se julga apenas pela idade. A múmia não é um jornalista veterano, mas um jornalista que parou no tempo. Daquele tipo que acha o futebol de hoje muito ruim quando comparado às epopeias do passado.
A múmia gosta de reclamar de tudo, porém, costuma focar a ausência de jogadores talentosos no meio-campo. “Esse time precisa de um meia que arme o jogo. Precisa de um Didi, de um Gérson”, diz em tom professoral. Também tem o hábito de julgar exageradas ou inúteis coisas ligas à evolução do esporte: “Quer dizer que um jogador não pode atuar duas vezes por semana? Isso é frescura! O Santos de Pelé jogava até três vezes por semana e só ganhava.”
“Blog? Twitter? Isso é bobagem!” Como toda múmia que se presa, nosso personagem também não é muito chegado à tecnologia. Evita a internet até para pesquisar coisas necessárias para o seu trabalho. Com isso, costuma se mostrar desatualizado, conhecendo detalhes apenas de times do estado em que reside.
Outra faceta da múmia é o desdém pela opinião e vivência dos mais jovens: “Você não viu o verdadeiro futebol, meu filho”. E muito menos aceita comparar craques do passado com os do presente: “Esse Beckham lança bem, mas não se compara ao Gérson”.
Esses seres enfaixados sobrevivem em nosso mundo muito mais pelo nome que conquistaram e pelas amizades do que pela contribuição que ainda oferecem em surrados comentários e crônicas, estas geralmente bem escritas, mas, invariavelmente, desconectadas da realidade.
Mas o que irrita mesmo é o ar de enfado. Como acredita que o futebol acabou na década de 1980, tudo o que veio a seguir é pior, menos relevante. Até a tarefa de cobrir uma Copa do Mundo parece algo custoso. Pelo nosso bem, essas múmias deveriam voltar para seus sarcófagos...
E você, conhece alguma múmia do jornalismo esportivo?

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Question – 10

Descubra o nome do jogador descrito na(s) afirmativa(s) abaixo.
Atenção: Serão quatro alternativas ao todo. Uma por dia. Cada uma revela determinada informação do jogador que, reunidas, formam uma resposta única. Agora, cuidado ao arriscar, pois cada participante só tem direito a uma opção.
I – É um dos maiores goleadores brasileiros em todos os tempos;
II – Disputou duas Copas do mundo sem grande destaque;
III – Passou rapidamente pelo futebol europeu, mas obteve pouco êxito;
IV – Aposentado, ocupa atualmente a presidência do clube onde se consagrou.
Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Boa sorte a todos.
Anterior:
Quem é o jogador retratado ao lado?
Resposta: Trata-se do panamenho Júlio César Dely Valdes. Atacante famoso pela forte presença de área, Dely Valdes formou-se na Argentina passando também pelo futebol uruguaio, italiano, francês e espanhol. Encerrou sua carreira no Árabe Unido, clube de sua terra natal.




Classificação: Parabéns ao mano Victorino Netto que acordou cedo e cravou o nome de Dely Valdes. Confira abaixo a classificação de momento:


 
1º - Guilherme Siqueira – 14 pontos;
2º - JP e Yuri Barros (withdrew) – 10 pontos;
3º - Johnny, Mini-Crítico e Victorino Netto – 7 pontos;
4º - Eduardo Júnior, Pedro Cheganças e Riccardo Joss – 6 pontos;
5º - Prisma – 4 pontos;
6º - Alexandre Aníbal – 3 pontos;
7º - Marcus Buiatti – 2 pontos;
8º - Mauro Vaz – 1 ponto.