sábado, 31 de março de 2012

O buraco é mais em cima.

Após uma série de resultados ruins, Claudio Ranieri foi demitido da Internazionale seguindo o velho script do bode expiatório. Para seu lugar, foi alçado Andrea Stramaccioni, técnico da equipe sub-19 que acaba de conquistar a NextGen Series. Stramaccioni, 36, é quase uma antítese do treinador demitido. Jovem e de mentalidade ofensiva, chega com clara inspiração no efeito Guardiola sobre o futebol mundial.
Mais do que uma tentativa de mudar o atual panorama interista, a efetivação de Stramaccioni mostra o quão perdida está a direção nerazzurra. Desde a saída de José Mourinho, foram cinco treinadores de currículos e perfis distintos, o que indica a total ausência de um planejamento técnico no clube. Senão, vejamos:
Rafa Benítez (2010): Dono de um currículo vencedor comandando Valencia e Liverpool, o espanhol chegou à Itália cobrando em público reforços para um time que havia acabado de conquistar tudo. Na prática, Benítez tentou mudar radicalmente o estilo vitorioso de Mourinho e terminou demitido mesmo após celebrar o Mundial de Clubes;
Leonardo (2011): Muito mais um gestor de pessoas do que um técnico de campo, o brasileiro vinha de um trabalho irregular no Milan. Tentou implantar uma filosofia ofensiva, porém, o resultado mais visível foi a fragilidade defensiva da equipe. Moratti ainda tinha planos de manter Leonardo nesta temporada, mas o ex-jogador preferiu retornar à função de diretor e aceitou o convite do PSG;
Gian Piero Gasperini (2011): Contratado de última hora e sem grandes feitos no currículo, Gasperini tentou implantar seu pouco ortodoxo 3-4-3 numa equipe acostumada com o 4-2-3-1. Todavia, seu planejamento não caiu nas graças do veterano grupo e acabou demitido após uma série de maus resultados;
Claudio Ranieri (2011/2012): Experiente, com passagens por grandes clubes, mas com um histórico de poucas conquistas, Ranieri chegou com a proposta de fazer o simples. Alinhou o time num 4-4-2, recuperou jogadores como Diego Milito e conseguiu uma sequência de vitórias. Entretanto, quando sua fórmula básica se esgotou, não conseguiu extrair mais nada dos atletas. Também ficou marcado por não conseguir escalar o meia Wesley Sneijder dentro de seu sistema tático;    
Andrea Stramaccioni (2012): Conhecido por sua mentalidade ofensiva, o jovem técnico romano também tem a função de promover o rejuvenescimento do plantel. Resta saber se apenas a experiência em categorias de base será suficiente para lidar com um elenco recheado de senadores. Mais informações sobre Stramaccioni podem ser lidas nesse bom texto de Arthur Barcelos.      
Como é possível notar, não há uma linha de planejamento que una os últimos treinadores da Inter. Personalidades diferentes, perfis técnicos distintos, currículos desiguais. Tal descuido com seus últimos comandantes, também se reflete em contratações equivocadas de atletas. Nomes como Jonathan, Forlán (criticado publicamente por Moratti), Álvarez, Nagatomo, Palombo e Poli ainda não mostraram bom futebol e indicam que o recrutamento está longe do ideal. Essa conduta somada à evidente resistência de Moratti para abrir os cofres, mostra que o futuro interista está mais ligado à sorte no processo de renovação do que no planejamento. Infelizmente, esse não costuma ser o melhor caminho.  

sexta-feira, 30 de março de 2012

Enquete: Kaká x Ronaldinho

Participando do programa “Arena Sportv”, o técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes, defendeu que a convocação de Ronaldinho se deve pelo que o gaúcho jogou pelo Brasil e não pelo que ele vem (ou não vem) jogando pelo Flamengo.
Ao mesmo tempo, Mano diz que o meia Kaká só mostrará que poderá defender a camisa amarela na Copa de 2014 a partir do apresentar no Real Madrid na próxima temporada, algo que, certamente, configura uma incoerência do treinador. Afinal, se o que importa são as atuações pela Seleção – e as atuações do flamenguista foram apenas razoáveis – por que Mano não convoca o madridista para vê-lo em ação?
Nesta disputa, já fiz a minha escolha. Para mim, o único convocado deve ser Kaká. Mesmo que não seja titular, o camisa 8 do Real Madrid é mais jovem, mais aplicado e tem mais perfil de liderança que Ronaldinho. Ou seja, tem tudo para chegar mais inteiro ao Mundial.  
Agora quero conhecer a opinião de vocês. Ao lado, uma enquete quer saber se os dois merecem ser convocados. Mas, não se restrinjam a um clique. Vamos debater o tema nos comentários abaixo.
Imagem: Placar

Question – 9

Quem é o personagem retratado abaixo?
Dicas serão inseridas neste espaço de acordo com a necessidade dos participantes.
Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro à sua escolha sobre o tema futebol.
Boa sorte a todos!


Anterior:
Descubra o nome do ex-jogador descrito na(s) afirmativa(s) abaixo.
I – Atacante leve, rápido e com boa finalização;
II – Disputou as Copas de 1990, 1994 e 2002;
III – Em sua carreira, defendeu times de Argentina, Itália, Portugal e Escócia; 
IV – Polêmico, ficou marcado por um beijo recebido de um grande craque.
Resposta: Ele é o argentino Claudio Paul Caniggia. Formado na base do River Plate, Caniggia atuou também por Verona, Atalanta, Roma, Benfica, Boca Juniors e Glasgow Rangers. No Brasil, ficou famoso por ter marcado o gol que desclassificou o Brasil nas oitavas-de-final da Copa do Mundo de 1990.
Classificação: Parabéns para o amigo Johnny que cravou o nome de Caniggia com apenas duas dicas. Com isso, a liderança continua com Luciano seguido de perto por Yuri e pelo próprio Johnny.
Confira abaixo a classificação de momento:
1º - Luciano – 12 pontos;
2º - Johnny e Yuri – 11 pontos;
3º - Arthur Barcelos – 10 pontos;
4º - Joe William – 8 pontos;
5º - Gustavo Carratte e Victorino Netto – 7 pontos;
6º - Alexandre Rodrigues Alves, e Eduardo Jr. e Prisma – 6 pontos;
7º - Fernando Clemente e Leonardo Bandeira – 5 pontos;
8º - André Chasee e Thiago Fernandes – 4 pontos;
9º - Danilo e Marcus Buiatti – 2 pontos;
10º - Alexandre Aníbal, e Ismail Filho – 1 ponto.

domingo, 25 de março de 2012

Contagem Regressiva: Março de 2012

Para um fanático por futebol, Copa do Mundo é muito mais do que um evento esportivo. É um período para se tirar férias do trabalho e só sair de casa para tratar de assuntos estritamente necessários. São semanas mágicas, onde um jogador consegue deixar o mundo mortal para fazer parte do panteão dos Deuses da Bola e, de quebra, transformar um país inteiro numa grande festa. É uma época para se rir, chorar, se emocionar. Enfim, é um momento que será guardado para sempre em nossos corações...
Esboço olímpico.
O técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes, divulgou no último dia 14 sua pré-lista de convocados para os Jogos Olímpicos de Londres. Entre os 52 atletas selecionados, 15 têm acima de 23 anos, porém, apenas três poderão figurar na lista de 18 jogadores que buscarão a inédita medalha de ouro.
Entre os ausentes estão nomes que em algum momento receberam o chamado do atual treinador como o goleiro Renan Reuter, o zagueiro Lúcio, os laterais Maicon, Mario Fernandes e André Santos, os meias Ramires e Kaká e os atacantes Robinho, Fred e Kléber. Seguindo a lógica vigente, não é difícil concluir que eles não fazem mais parte dos planos de Mano. O que, a julgar pelas boas fases de Ramires e Robinho e a recuperação de Kaká, pode representar um erro no futuro.
Enquanto isso, a presença de Ronaldinho continua um mistério insondável. Todas as explicações esbarram na forma física precária e na falta de interesse que o gaúcho vem demonstrando no Flamengo nos últimos tempos. Saber que o meia-atacante figura nos planos até mesmo para a Copa do Mundo, mostra o quão questionável vem sendo o trabalho de Mano Menezes.     
Abaixo, a lista completa* com os 52 jogadores (em negrito os acima de 23 anos):
Goleiros: Diego Alves (Valencia), Gabriel (Cruzeiro), Jefferson (Botafogo), Julio César (Inter de Milão), Neto (Fiorentina), Rafael Cabral (Santos) e Renan Ribeiro (Atlético-MG).
Laterais: Adriano (Barcelona), Alex Sandro (Porto), Daniel Alves (Barcelona), Danilo (Porto), Fágner (Vasco), Gabriel Silva (Novara), Galhardo (Flamengo), Marcelo (Real Madrid) e Rafael (Manchester United).
Zagueiros: Bruno Uvini (Tottenham), David Luiz (Chelsea), Dedé (Vasco), Juan (Inter de Milão), Lucas Mendes (Coritiba), Luisão (Benfica), Marquinhos (Corinthians), Romário (Internacional) e Thiago Silva (Milan).
Volantes: Allan (Vasco), Casemiro (São Paulo), Elias (Sporting), Fernandinho (Shakhtar Donetsk), Fernando (Grêmio), Rômulo (Vasco) e Sandro (Tottenham).
Meias: Bernard (Atlético-MG), Douglas Costa (Shakhtar Donetsk), Dudu (Dínamo de Kiev), Elkeson (Botafogo), Paulo Henrique Ganso (Santos), Giuliano (Dnipro), Hernanes (Lazio), Lucas (São Paulo), Oscar (Internacional) e Philippe Coutinho (Espanyol).
Atacantes: Alexandre Pato (Milan), André (Atlético-MG), Henrique (Granada), Hulk (Porto), Jonas (Valencia), Leandro Damião (Internacional), Neymar (Santos), Ronaldinho Gaúcho (Flamengo), Wellington Nem (Fluminense) e Willian José (São Paulo).
Diante desses nomes – que serão reduzidos a 35 um dia antes do amistoso com a Argentina – e dada as carências da atual geração sub-23, é possível tentar esboçar os 18 jogadores que estarão na Inglaterra.
No gol, a fase irregular de Júlio César deve fazer com que a camisa 1 seja herdada pelo santista Rafael. Para sua reserva, Neto é o que detém o maior número de convocações entre os sub-23. No centro da defesa, Thiago Silva só não estará presente caso se lesione ou o Milan vete sua participação. Como não houve teste de zagueiros mais jovens, o parceiro de Thiago deve ser mesmo o irregular David Luiz. E, por absoluta falta de opções, Bruno Uvini deverá ser o reserva imediato da dupla.
Nas laterais, acredito que Danilo seja o titular da direita. Com isso, a terceira e última vaga para jogadores acima de 23 anos ficaria com o madridista Marcelo. Somaria aos dois, Alex Sandro, que se saiu bem quando necessário.
O meio-campo inicial deve ser composto por Sandro, Casemiro e Ganso.  O volante Rômulo e o meia Oscar completariam o setor. Lucas, Neymar e Damião formariam o tridente ofensivo. Alexandre Pato, caso pare de se contundir, e André completariam o esboço da lista. 
Deste modo, o onze inicial (escalado num 4-3-3) seria formado por Rafael; Danilo, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Sandro, Casemiro e Ganso; Lucas, Damião e Neymar. Neto, Bruno Uvini, Alex Sandro, Rômulo, Oscar, Alexandre Pato e André seriam os suplentes.
Sem dúvida um bom time, mas que nunca atuou junto. Muitos culpam a CBF por esse problema, mas, desta vez, a entidade realmente não tinha muito o que fazer uma vez que simplesmente não há espaço para o selecionado no calendário e até mesmo o processo classificatório é feito no através do Sul-Americano Sub-20, competição que não espelha corretamente os escolhidos para os Jogos de Londres. Assim, resta ao discutido Mano Menezes a “simples” tarefa de tentar organizar sua equipe durante a preparação e conquistar o único título que o futebol brasileiro não tem e, de quebra, manter seu empreso. Fácil, não?    
De olho na Copa: O espólio de Teixeira.
Com a renúncia de Ricardo Teixeira à presidência da CBF, ao Comitê Organizador Local (COL) e ao Comitê Executivo da FIFA, surgiu um grande vácuo de poder no futebol nacional. Neste momento, a presidência da CBF é exercida por José Maria Marin, O COL provavelmente ficará sob a responsabilidade de Ronaldo até o Mundial e o presidente da federação paulista Marco Polo Del Nero é o novo representante da América do Sul na FIFA. Ou seja, o que antes era centralizado por uma única pessoa, agora está dividido entre três. No caso do ex-atacante, repercutiu bastante o comentário de que ele admite a possibilidade de presidir a Confederação Brasileira a partir de 2015. Sem nenhuma preparação técnica para o cargo, o Fenômeno contaria muito mais com seu carisma do que qualquer outra coisa. Todavia, diante dos problemas que o futebol enfrenta neste país, é bem provável que isso não seja o suficiente.   
Confira abaixo, o andamento das obras nas doze sedes:         
Dentro do previsto: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza e Salvador;  
Apresentando atrasos: Cuiabá, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo;
Situação preocupante: Curitiba, Manaus e Natal.
* Fonte: globoesporte.com
Imagens: CBF News, Nike e Estadão

sexta-feira, 23 de março de 2012

Question – 8

Descubra o nome do ex-jogador descrito na(s) afirmativa(s) abaixo.
I – Atacante leve, rápido e com boa finalização;
II – Disputou as Copas de 1990, 1994 e 2002;
III – Em sua carreira, defendeu times de Argentina, Itália, Portugal e Escócia;  
IV – Polêmico, ficou marcado por um beijo recebido de um grande craque.
Atenção: Serão quatro alternativas ao todo. Uma por dia. Cada uma revela determinada informação do jogador que, reunidas, formam uma resposta única. Agora, cuidado ao arriscar, pois cada participante só tem direito a uma opção.
Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro à sua escolha sobre o tema futebol.
Boa sorte a todos!

Anterior:
Quem é o jogador retratado abaixo?
Resposta: Trata-se do ex-meio-campista Thorsten Fink. Ex-jogador de Karlsruher e Bayern voltou às manchetes após boa passagem como técnico do Basel. Atualmente, Fink comanda o Hamburgo. 
Classificação: Parabéns ao Luciano que, ao acertar o desafio pela segunda vez, lidera a série de forma isolada. Confira abaixo a classificação de momento:
1º - Luciano – 11 pontos;
2º - Yuri – 10 pontos;
3º - Arthur Barcelos – 9 pontos;
4º - Johnny – 8 pontos;
5º - Gustavo Carratte e Joe William – 7 pontos;
6º - Prisma e Victorino Netto – 6 pontos;
7º - Alexandre Rodrigues Alves, e Eduardo Jr.– 5 pontos;
8º - André Chasee, Fernando Clemente e Leonardo Bandeira – 4 pontos;
9º - Thiago Fernandes – 3 pontos;
10º - Marcus Buiatti – 2 pontos;
11º - Alexandre Aníbal, Danilo e Ismail Filho – 1 ponto.

domingo, 18 de março de 2012

A4L recomenda: Revistas ESPN, FUT! e Placar.

Apesar de vivermos em tempos de internet e TV por assinatura, não abro mão do bom e velho jornal e nem das revistas. Embora não seja assinante de nenhuma publicação, coleciono as revistas Placar, ESPN e FUT! e compro o jornal Lance! sempre que a ocasião pede. Eles são uma ótima companhia nos ônibus que tomo para ir e voltar do trabalho, tanto para me distrair, quanto para me informar.
Em comum, as três revistas têm a qualidade de trazer matérias, reportagens e entrevistas que fogem do conteúdo que vemos diariamente nos noticiários. Entretanto, cada uma tem seu próprio estilo, seu jeito. Abaixo, as principais características das publicações e a indicação para cada tipo de leitor:
Placar – 84 páginas, R$ 10,00
A mais tradicional revista esportiva do País também é a primeira a chegar às bancas. Antes mesmo de o mês terminar, a edição seguinte já está na prateleira. Em 42 anos de existência, a Placar já foi semanal, mensal, esporádica e também se apresentou em diversos formatos. Atualmente, a publicação parece ter encontrado sua fórmula definitiva com matérias, artigos curtos e entrevistas.   
Pontos positivos: Boas matérias e entrevistas exclusivas. E a coluna “Mortos-Vivos”, assinada por Dagomir Marquezi que traz a história de algum saudoso personagem de nosso futebol;
Pontos negativos: Repleta de matérias curtas (muitas delas desinteressantes) assinadas por jovens jornalistas, a revista muitas vezes se torna uma imensa colcha de retalhos, sem ligação entre as partes. Também sinto falta da verve investigativa que sempre a caracterizou;
Recomendo para: Para quem se apega ao tradicional e valoriza o peso de uma revista com quatro décadas de existência a Placar é a melhor pedida. Além, é claro, da diversidade exposta em suas páginas.  
Revista FUT! – 100 páginas, R$ 9,90
Pontos positivos: Das três, é a publicação com mais informações sobre futebol internacional, reservando páginas para as principais ligas europeias e América do Sul. A opção por uma grande matéria por edição é outra característica positiva desse produto do Lance!;
Pontos negativos: Apesar de estar na edição de número 40, a FUT! ainda parece não ter encontrado seu rumo, tal as constantes mudanças. As dispensáveis dicas de moda – principalmente para o bolso do brasileiro – também ocupam mais páginas do que o ideal;
Recomendo para: Quem curte grandes matérias e quem se interessa por notícias do futebol internacional que não encontraram espaço no noticiário diário.
Revista ESPN – 84 páginas, R$ 9,90
Derivada dos EUA, mas ao mesmo tempo herdeira da extinta revista Trivela, também aborda outros esportes, sobretudo os norte-americanos. É a publicação mais recente das três, porém, é a mais ágil e moderna.    
Pontos positivos: Preserva o espírito crítico e o estilo da revista Trivela. Outro grande trunfo é conseguir ser realmente a versão impressa do ótimo canal de esportes do qual se origina; 
Pontos negativos: O maior problema – que não é necessariamente um problema – é o fato de ser uma revista de esportes e não de futebol. No meu caso, resolvo folheando essas páginas sem nenhum remorso. Também sinto falta de um espaço maior para os bons colunistas da casa;
Recomendo para: Quem se interessa por outros esportes além do futebol e/ou está em busca de uma revista com a cara de nossos tempos.
E você, tem uma revista de esportes preferida?

sábado, 17 de março de 2012

Pontos e Vírgulas.

Coluna destinada a comentar as opiniões emitidas pelo órgão responsável pela chegada de informações ao público aficionado por futebol: a imprensa esportiva. Afinal, bem ou mal, é através dela que tomamos conhecimento de (quase) tudo o que cerca o mundo da bola.
O maniqueísmo nosso de cada dia.
O principal assunto da imprensa esportiva nesta semana foi, sem dúvida, a renúncia do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Como era de se esperar, a imprensa “oficial” tratou de enaltecer as conquistas da Seleção Brasileira durante sua gestão e o fato do País ter sido escolhido como sede da Copa do Mundo de 2014. Nessa abordagem, as inúmeras denúncias de corrupção, as investigações e os pontos negativos de sua administração não tiveram o devido destaque.
Lamentavelmente, essa postura não foi surpresa. Essa parcela da imprensa sempre colocou seus interesses financeiros acima da informação e isso não mudou com a queda de Teixeira, o que dá indícios de que as alianças firmadas e a estrutura atual se manterão mesmo com a saída do dirigente.
Do lado oposto, notei o regozijo de muitos jornalistas que comemoraram a renúncia como se ela fosse o pontapé inicial de uma nova era do futebol brasileiro. Pena que isso não seja verdade. Como escreveu Pedro Venâncio nessa matéria para o site Trivela, diante da estrutura vigente, o provável rumo de nosso futebol passa longe de ser auspicioso. Isso sem citar os nomes dos postulantes ao cargo ora ocupado por José Maria Marin.
Outra triste constatação foi perceber o quanto essa ala tentou trazer para si os méritos da renúncia. Uma rápida recapitulação nas notícias envolvendo o ex-presidente remete às denúncias feitas pelo jornalista investigativo Andrew Jennings que apurou que Ricardo Teixeira e João Havelange teriam recebido propina da extinta empresa de marketing ISL. Posterior a esse processo que tramita na Suíça, está o surgimento das irregularidades envolvendo os gastos exorbitantes do amistoso entre Brasil e Portugal em Brasília que culminaram em investigações da Polícia Civil e da Receita Federal ligando Teixeira ao presidente do Barcelona, Sandro Rosell, em diversas negociações suspeitas.
Simultaneamente, o cartola viu o apoio do governo federal desaparecer quando Lula deu lugar a Dilma Rousseff na presidência da república. Dilma, ao contrário de seu antecessor, nunca deu espaço a Teixeira que se viu ilhado diante das denúncias que o cercam. Não por acaso, a ida para os Estados Unidos é vista como fuga, uma vez que o dirigente temeria ter seu passaporte retido em caso de permanência no Brasil. Outra situação pouco enfatizada é a doença intestinal da qual ele sofre. Tratada como algo menor, poucos repararam em como Teixeira se mostrou abatido nos últimos tempos. Portanto, a minimização do problema de saúde parece muito mais uma tentativa de valorizar a pressão sofrida nos últimos tempos do que a percepção de que o paciente em questão requer cuidados que a rotina anterior dificultaria.
Sinto falta de um jornalismo mais investigativo no Brasil. Realmente existe uma ala crítica de nosso futebol, mas, hoje, ela prefere a crítica pela crítica, quase como uma marcação de posição sob uma ótica maniqueísta. Na tentativa de manter essa postura quase xiita, pouco importa o embasamento técnico ou a reflexão, dizendo apenas o que o público quer ouvir. Para ficar num único exemplo, lembro as citações de nosso precário sistema de saúde como mostra de que temos prioridades maiores do que a realização de um Mundial. É verdade, como também é verdade que existe uma Lei de Responsabilidade Fiscal que regulamenta os percentuais de recursos públicos gastos em todas as áreas. Quando ouço comentários do tipo “gente morrendo nos hospitais e o governo preocupado com Copa” penso em duas coisas: Primeiro, se o jornalista conhece a referida lei; segundo, se ele realmente acha que a não realização de uma Copa do Mundo em nosso território resultaria na solução para todas as nossas mazelas. Eu duvido. E desconfio de que, no fundo, ele também sabe disso. Todavia, mais importante do que isso, parece estar a necessidade de mostrar de lado está. Pelo visto, precisamos superar muitas coisas e não só no que diz respeito a nossa cartolagem.  
Imagem: Estadão

sexta-feira, 16 de março de 2012

Question – 7

Quem é o jogador retratado abaixo?
Dicas serão inseridas neste espaço de acordo com a necessidade dos participantes.
Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro à sua escolha sobre o tema futebol.
Boa sorte a todos!
Anterior:
Descubra o nome do jogador descrito na(s) afirmativa(s) abaixo.
I – Zagueiro clássico, tem inúmeros títulos na carreira;
II – Ainda jovem, foi capitão de uma importante equipe italiana;
III – Disputou as Copas de 1998, 2002 e 2006;
IV – Apesar dos últimos anos marcados por diversas lesões, teve seu nome especulado por um grande clube europeu.
Resposta: Trata-se do zagueiro italiano Alessandro Nesta. Formado pela Lazio, graças a sua classe, chegou a ser testado como atacante e meio-campista. Atualmente no Milan, teve seu nome especulado como possível contratado da Juventus.
Classificação: Parabéns ao grande Joe William que, com uma única dica, faturou este desafio. Confira abaixo a classificação de momento:
1º - Yuri – 9 pontos;
2º - Arthur Barcelos e Luciano – 8 pontos;
3º - Johnny – 7 pontos;
4º - Gustavo Carratte, Joe William e Victorino Netto – 6 pontos;
5º - Prisma – 5 pontos;
6º - Alexandre Rodrigues Alves, André Chasee e Eduardo Jr.– 4 pontos;
7º - Fernando Clemente e Leonardo Bandeira – 3 pontos;
8º - Marcus Buiatti e Thiago Fernandes – 2 pontos;
9º - Alexandre Aníbal, Danilo e Ismail Filho – 1 ponto.

domingo, 11 de março de 2012

“No meu tempo era bem melhor”

Dizem que o saudosista não tem saudade das coisas do passado, mas de sua própria juventude. Essa frase me veio à mente quando li o texto de Ignácio de Loyola Brandão no site do Estadão, no qual o jornalista/romancista diz que considera o futebol atual chato e que não levaria seus netos para assisti-lo. Em certo momento,  traça um paralelo entre os piores programas da TV brasileira e nosso futebol. Tudo num tom de imenso enfado. Ele não disse, mas provavelmente também não deve gostar da música atual nem da revolução que a tecnologia provocou em nossas vidas.
Certamente todos nós conhecemos pessoas assim. Para elas, tudo o que é bom está no passado e o que temos hoje é um arremedo asséptico de um passado glorioso. Ficando no campo do futebol, citam a cadência em detrimento da intensidade. Criticam os patrocinadores nas camisas e as chuteiras coloridas e fingindo ignorar sua importância econômica. Ironizam as entrevistas politicamente corretas e desconsideram o fato de que a sociedade mudou e que os boquirrotos costumam ter muitas dores de cabeça quando falam bobagem.
No entanto, assim como Loyola, todos somos vítimas em potencial do saudosismo. Se não acompanharmos a acelerada evolução do mundo, provavelmente ficaremos para trás e a solução possivelmente será nos apegarmos àquilo que podemos controlar e ao que vivemos, tendo no passado imutável o nosso porto seguro. Temo que um dia isso aconteça comigo. Nesse dia, a história passará diante dos meus olhos e eu mal perceberei, tal como um zagueiro que é driblado por Neymar. Falando no santista, será que o nobre colunista já viu Neymar?
Imagem: UOL

sexta-feira, 9 de março de 2012

Question – 6

Descubra o nome do jogador descrito na(s) afirmativa(s) abaixo.
I – Zagueiro clássico, tem inúmeros títulos na carreira;
II – Ainda jovem, foi capitão de uma importante equipe italiana;
III – Disputou as Copas de 1998, 2002 e 2006;
IV – Apesar dos últimos anos marcados por diversas lesões, teve seu nome especulado por um grande clube europeu.
Atenção: Serão quatro alternativas ao todo. Uma por dia. Cada uma revela determinada informação do jogador que, reunidas, formam uma resposta única. Agora, cuidado ao arriscar, pois cada participante só tem direito a uma opção.
Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro à sua escolha sobre o tema futebol.
Boa sorte a todos!
Anterior:
Quem é o jogador retratado abaixo?
Resposta: Trata-se do italiano Claudio Ranieri. Ex-jogador de Roma, Catanzaro, Catania e Palermo e atualmente treinador. Com passagens por Valencia, Chelsea, Roma e Juventus, até o momento em que esta ficha é digitada, responde pelo cargo de técnico da Internazionale. 
Classificação: Parabéns ao Yuri que acertou seu segundo Question nesta edição e se isolou na liderança.
Confira abaixo a classificação de momento:
1º - Yuri – 9 pontos;
2º - Arthur Barcelos, Johnny e Luciano – 7 pontos;
3º - Gustavo Carratte e Victorino Netto – 5 pontos;
4º - André Chasee e Prisma – 4 pontos;
5º - Alexandre Rodrigues Alves, Eduardo Jr, Fernando Clemente, Joe William – 3 pontos;
6º - Leonardo Bandeira, Marcus Buiatti e Thiago Fernandes – 2 pontos;
7º - Alexandre Aníbal, Danilo e Ismail Filho – 1 ponto.

sábado, 3 de março de 2012

Guardiola?

É ponto pacífico que a Seleção Brasileira não fez um bom jogo diante da Bósnia que, ao contrário do que dizem alguns “especialistas”, é um selecionado respeitável.  Também está claro que o trabalho de Mano Menezes evoluiu muito pouco desde que o ex-técnico do Corinthians assumiu o comando verde-amarelo. Em consequência, está se tornando unanimidade a ideia de que os Jogos de Londres podem marcar o fim de sua passagem pela Seleção, no caso da não conquista do ouro olímpico.
Deste modo, a possível sucessão de Mano levanta um velho tema: O Brasil está preparado para ter um treinador estrangeiro? Para muitos, neste momento, não temos um profissional plenamente capacitado para dirigir a Seleção na Copa do Mundo que iremos sediar. Muricy Ramalho, o maior vencedor dos últimos tempos, viu seu Santos cair de maneira ridícula diante do Barcelona e teve toda a mediocridade sua filosofia de jogo escancarada para o mundo inteiro. Outros nomes antes badalados como Vanderlei Luxemburgo e Luiz Felipe Scolari estão longe de seus melhores dias e figuras em evidência como Tite e Dorival Júnior ainda não têm a experiência necessária para o cargo.    
Neste cenário, é mais do que explicável a citação de nomes estrangeiros. E quem melhor para a missão do que o responsável pela montagem da equipe mais admirada da atualidade? Quem melhor do que o bastião do futebol bem jogado? Não foi difícil que o raciocínio alcançasse o nome de Josep Guardiola. E, como a renovação do ex-volante com o Barcelona se mostra complicada, o sonho tomou ares de possibilidade real por aqui.
Não deveria. Primeiro, porque tudo indica que o ciclo de Guardiola no Barça ainda não chegou ao fim. Nesta semana, jogadores como Daniel Alves e Pedro vieram a publico pedir sua permanência. Um exemplo de que o relacionamento tanto com titulares quanto com os reservas continua sadio. Segundo, porque o técnico nunca deu mostras de que esteja interessado em deixar a rotina de clube para se dedicar a uma seleção. E se o interesse pelo trabalho no dia-a-dia permanece vivo, a Internazionale parece disposta a pagar uma fortuna por seus préstimos. Em terceiro, mas não menos importante, está a dúvida sobre até que ponto um trabalho realizado numa agremiação que já possui uma filosofia de jogo consolidada pode ser parâmetro para uma seleção que só se encontra de tempos em tempos e que é composta por jogadores com estilos distintos em relação aos catalães.
É preciso entender que uma coisa é treinar uma equipe todos os dias e moldá-la ao seu planejamento. Outra, bem diferente, é mapear os melhores de um país que exporta seus atletas para o mundo inteiro, reuni-los e fazer deles um time. Não dá para apenas adorar o Barcelona e querer transpor o que ele tem de melhor sem pensar em como a equipe se construiu e como isso foge da realidade de uma seleção que não seja a espanhola. O Brasil tem seu estilo próprio e jogadores com talento suficiente para produzir mais do que a Seleção tem apresentado atualmente. Talvez não sob as ordens de Mano.
Foto: AP

sexta-feira, 2 de março de 2012

Question – 5

Quem é o jogador retratado abaixo?
Dicas serão inseridas neste espaço de acordo com a necessidade dos participantes.
Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro à sua escolha sobre o tema futebol.
Boa sorte a todos!
Anterior:
Descubra o nome do jogador descrito na(s) afirmativa(s) abaixo.
I – Lateral dotado de extrema técnica, também atuou no meio-campo;
II – Mesmo sendo destro, fez fama atuando do lado oposto do gramado;
III – Disputou as Copas de 1982 e 1986;
IV – Apesar da passagem pelo futebol italiano, é o detentor do recorde de partidas por um grande clube brasileiro.
Resposta: Trata-se do craque Leovegildo Lins da Gama Júnior ou, simplesmente, Júnior. Revelado pelo Flamengo, começou como lateral-direito, mas se firmou do lado oposto. Um dos maiores jogadores de sua posição em toda a história, também defendeu os italianos Torino e Pescara, onde também atuou no meio-campo e até como líbero! De volta ao seu clube de origem, comandou a equipe rubro-negra ao pentacampeonato de 1992, este, seu quarto título brasileiro. Detentor do recorde de partidas com a camisa do Flamengo (865) também fez parte do time que conquistou a Libertadores e o Mundial de Clubes em 1981.
Classificação: Parabéns para o bravo Johnny (eu sei, já usei esse trocadilho) que arriscou o nome de Júnior com apenas um palpite. Deste modo, temos quatro participantes dividindo a liderança, embora a competição ainda esteja bastante embolada.
Confira abaixo a classificação de momento:
1º - Arthur Barcelos, Johnny, Luciano e Yuri – 6 pontos;
2º - André Chasee, Gustavo Carratte, e Victorino Netto – 4 pontos;
3º - Joe William, Prisma – 3 pontos;
4º - Alexandre Rodrigues Alves, Eduardo Jr, Fernando Clemente e Thiago Fernandes – 2 pontos;
5º - Alexandre Aníbal, Danilo, Leonardo Bandeira, Ismail Filho e Marcus Buiatti – 1 ponto.