terça-feira, 30 de outubro de 2012

Contagem Regressiva: Outubro de 2012

Para um fanático por futebol, Copa do Mundo é muito mais do que um evento esportivo. É um período para se tirar férias do trabalho e só sair de casa para tratar de assuntos estritamente necessários. São semanas mágicas, onde um jogador consegue deixar o mundo mortal para fazer parte do panteão dos Deuses da Bola e, de quebra, transformar um país inteiro numa grande festa. É uma época para se rir, chorar, se emocionar. Enfim, é um momento que será guardado para sempre em nossos corações...
Seleção encontra um caminho
Apesar de ter sido apenas um amistoso, Brasil 4x0 Japão foi uma partida auspiciosa para a Seleção Brasileira. Diante de um bom adversário, não mais do que isso, a Seleção Canarinho se comportou bem, venceu com autoridade e deu a torcedores e imprensa um sinal de que o técnico Mano Menezes pode ter encontrado um caminho a ser seguido.
Escalada num sistema 4-2-3-1, a Seleção apresentou a manutenção da dupla Paulinho-Ramires, dois volantes capazes de marcar e sair para o jogo com qualidade, Kaká formando uma linha de três de muita mobilidade com Hulk e Oscar, deixando Neymar mais à frente. Aqui, vale ressaltar a movimentação do santista, saindo da área, abrindo espaços para quem vinha de trás e servindo seus companheiros. De certo modo, Mano montou um time novo, mais leve e que espelha melhor as referências técnicas e táticas do futebol atual.
Logicamente, é preciso ter calma antes de afirmar que esta Seleção já está pronta para desafios mais pesados. O sistema defensivo - com dois volantes que saem muito para o jogo, laterais que não marcam tão bem e meias pouco combativos - ainda não foi testado e o ataque ainda precisa se deparar com adversários mais fortes. No entanto, é difícil não ver a fluidez mostrada contra os japoneses com bons olhos.
Os rivais
Falando em oponentes mais fortes, a Colômbia, adversária do próximo dia 14, tem tudo para ser um desses. Contando com sua melhor geração desde Rincón/Valderrama/Asprilla, los Cafeteros ocupam a terceira colocação das Eliminatórias Sul-Americanas e têm tudo para ser um adversário perigoso para o Brasil. Os principais destaques são o volante Fredy Guarín, da Internazionale, o talentosíssimo meia-atacante James (pronuncia-se “Rames”) Rodríguez, do Porto, além do astro Radamel Falcao Garcia, um dos centroavantes mais perigosos da atualidade e que vem marcando gol atrás de gol com a camisa do Atlético de Madrid.
Para o duelo diante da equipe comandada por José Pékerman, o técnico Mano Meneses terá à disposição os seguintes jogadores:
Goleiros: Diego Alves (Valencia) e Jefferson (Botafogo);
Zagueiros: David Luiz (Chelsea), Leandro Castán (Roma), Réver (Atlético Mineiro) e Thiago Silva (PSG);
Laterais: Adriano (Barcelona), Alex Sandro (Porto) e Daniel Alves (Barcelona);
Volantes: Arouca (Santos), Paulinho (Corinthians), Ramires (Chelsea) e Sandro (Tottenham);
Meias: Giuliano (Dnipro), Kaká (Real Madrid), Lucas Moura (São Paulo), Oscar (Chelsea) e Thiago Neves (Fluminense);
Atacantes: Hulk (Zenit), Leandro Damião (Internacional) e Neymar (Santos).       
De olho na Copa
Como era de se esperar, os gastos com a construção do Itaquerão, palco de abertura da Copa Mundo de 2014, devem alcançar a cifra de R$ 1 bilhão, segundo o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez. Inicialmente, o orçamento da obra previa que os gastos girassem em torno de R$ 780 milhões. Após a péssima repercussão do caso, o clube paulista emitiu nota oficial informando que a arena custará “apenas” R$ 820 milhões.   
Confira abaixo, o andamento das obras nas doze sedes:         
Dentro do previsto: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza e Salvador;  
Apresentando atrasos: Cuiabá, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo;
Situação preocupante: Curitiba, Manaus e Natal.
Imagens: CBF e Reuters

domingo, 28 de outubro de 2012

Pontos e Vírgulas.

Coluna destinada a comentar as opiniões emitidas pelo órgão responsável pela chegada de informações ao público aficionado por futebol: a imprensa esportiva. Afinal, bem ou mal, é através dela que tomamos conhecimento de (quase) tudo o que cerca o mundo da bola.
Brasil, o país da Moviola
Virou uma praga. De uns tempos para cá, os programas esportivos brasileiros foram dominados pelas discussões de arbitragem. Rodada após rodada, os lances polêmicos envolvendo as decisões dos árbitros se tornaram o principal foco dos debates e das mesas redondas. A bola rolando que é o que realmente importa ficou relegada ao segundo plano. Ou terceiro, se contarmos as polêmicas baratas.
Não são poucas as semelhanças com a velha moviola (hábito de alguns programas italianos de repetir os lances à exaustão e que, basicamente, servem apenas para alimentar polêmica). Agora até os lances bem anulados viraram objeto de especulação. Como bem observou o jornalista Rogério Jovaneli, as TVs ignoram o jogo real e confundem os telespectadores abusando do slow motion e fazendo com que as pessoas acreditem em algo às vezes imperceptível.
E mesmo com o discurso quase uníssono de que os erros não são intencionais, as polêmicas se arrastam por toda a semana como se no comando estivesse a Sônia Abrão. Discussões rasas que não levam a lugar nenhum como os italianos e sua moviola demonstram desde a década de 1960. Muitos dizem que os nossos treinadores importam suas táticas com muitos anos de atraso. Acho que o mesmo pode ser dito dessa “nova” compulsão da imprensa.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Question – 12

Restando apenas quatro desafios para o final desta série, descubra o nome do ex-jogador descrito na(s) afirmativa(s) abaixo.
I – Atacante conhecido por sua habilidade e grande força física;
II – Disputou o Mundial de 1990;
III – Atuou por diversos times do futebol brasileiro e teve uma rápida passagem pela Itália;
IV – É lembrado por um gol incomum anotado numa final.

Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro a sua escolha sobre o tema futebol. Boa sorte a todos!
Anterior:
Quem é o ex-jogador retratado abaixo?
Resposta: Ele é William Ralph Dean, mais conhecido como Dixie Dean (22/01/07 – 01/03/80). Ex-atacante inglês de passagem marcante pelo Everton onde marcou 349 gols em 399 aparições. Na temporada 1927/28, Dixie anotou absurdos 60 gols com a camisa dos Toffees. Um recorde ainda não batido nas grandes ligas europeias.   
Classificação: Parabéns ao indecifrável Yuri que cravou o nome de Dean com poucos minutos de postagem. Com esse resultado, Yuri se aproximou dos líderes Alexandre e Victorino.
Confira abaixo a classificação de momento:
1º - Alexandre Rodrigues Alves e Victorino Netto – 15 pontos;
2º - Yuri – 14 pontos
3º - Joe William – 12 pontos;
4º - Luciano – 11 pontos;
5º - Arthur Barcelos e Gustavo Carratte – 10 pontos;
6º - Douglas Muniz, Luis Fernando – 7 pontos;
7º - Murillo Moret – 5 pontos;
8º - Johnny, Marcus Buiatti e Rafael Andrade – 4 pontos;
9º - Pedro Cheganças – 3 pontos;
10º - Prisma e Riccardo Joss – 1 ponto.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Pep, o que faremos?

Tito Vilanova ainda convalescia da retirada de um tumor da glândula parótida enquanto assistia o seu Barcelona enfrentando o Villarreal pela Copa do Rei. De repente, toca o telefone e ele ouve uma voz familiar do outro lado da linha: “Tito, o que faremos?” Era Pep Guardiola. O então técnico blaugrana estava preocupado com o andamento da partida e queria a opinião de seu auxiliar e amigo para encontrar uma solução que veio após o diálogo.
Durante a Era Guardiola, a pergunta mais formulada girava em torno de sua competência como técnico. Pep era mesmo um treinador revolucionário ou o mérito residia na qualidade do grupo composto por jogadores do calibre de Messi, Xavi e Iniesta? A resposta mais sensata provavelmente estava em reconhecer a importância das duas coisas. Conforme a história de sua empreitada era contada, algumas pistas apontavam que o mundo estava diante de um personagem incomum. Antes de assumir o Barça, Guardiola viajou à América do Sul para se encontrar com Marcelo Bielsa e debater futebol com o argentino. Dali, e de suas próprias convicções, nasceu um dos maiores times da história, uma equipe capaz de encantar o mundo com um toque de bola sensacional aliado a um sentido de marcação quase militar.
Mas outros pontos foram notados durante o percurso. O lateral Daniel Alves não soou exagerado quando definiu o ex-comandante como gênio. Por sua vez, o goleiro Víctor Valdés surpreendeu este blogueiro ao dizer que a maior qualidade do ex-volante era encontrar soluções para combater os pontos fortes de seus adversários. Obviamente, tratava-se de um elogio, porém, não deixa de ser curioso notar que o treinador admirado por fazer sua equipe atuar de maneira tão envolvente tivesse como ponto forte saber neutralizar seus rivais.
É bem provável que a atual fase irregular do Barcelona tenha na ausência de Guardiola sua principal causa. Assim como o antigo chefe, Tito Vilanova conhece cada canto do clube e era a escolha mais lógica para uma diretoria que planejava a continuidade do trabalho. Contudo, é quase impossível esperar que outro profissional não tomasse nenhuma decisão pessoal. Aos poucos, o Barcelona vem revelando um novo repertório que inclui maior verticalização das jogadas, tiros de meta “rifados”, diminuição de escanteios curtos, menos variações táticas e, sobretudo, menor movimentação ofensiva. Não por acaso, o rendimento técnico caiu. Se isso será definitivo não se sabe, mas talvez uma ligação para um velho amigo ajude a recolocar as coisas em seu devido lugar.
Foto: AP

domingo, 21 de outubro de 2012

Espanha não é modelo para o Brasil

Como é normal em todo o mundo, equipes que conquistam muito se tornam referência em seu meio. Por vezes, esse domínio é tão amplo que as pessoas passam a acreditar que a maneira como esse time atua é a mais correta e que aqueles que não estão vencendo com a mesma constância estão automaticamente errados. A hegemonia espanhola no futebol talvez seja o exemplo mais claro disso. Hoje, para muitos, qualquer seleção que almeja chegar ao topo precisa repetir a filosofia da Roja. E, logicamente, aplicam essa tese à Seleção Brasileira que disputará a próxima Copa do Mundo em seu território.
Discordo dessa visão. Como disse Mano Menezes em sua entrevista ao diário Marca, não se pode acordar um dia e decidir jogar como a Espanha. Seria necessário implantar sua filosofia desde a base e, só assim, colher os frutos tempos depois. Durante anos, formamos jogadores de força e/ou velocidade e mudar isso de uma hora para outra é impossível. Além disso, não parece inteligente tolher características positivas do nosso futebol como o drible e o bom aproveitamento no jogo aéreo em nome de um toque de bola que, por vezes, é quase redundante. Ter a bola é importante, óbvio, mas propor o jogo é muito mais ter a iniciativa e criar oportunidades do que conservar a bola.
O que o futebol brasileiro precisa é rever os próprios erros e reencontrar seu melhor caminho. Precisa voltar a produzir volantes e meias capazes de marcar e armar o jogo e ensinar aos laterais que sua primeira função é defender. Precisa que nossos jogadores de frente aceitem que eles devem participar do jogo quando não tiverem a bola. Precisa que nossos treinadores entendam que jogar no erro do adversário é uma circunstância dentro de determinada jogada e não uma opção para uma partida inteira. Precisa aprender com o que o resto do mundo está fazendo, mesmo que muitos achem que um país é pentacampeão não carece de mais nada.
Imagem: AFP

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Question – 11

Quem é o ex-jogador retratado abaixo?
Dicas serão inseridas neste espaço de acordo com a necessidade dos participantes.
Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro a sua escolha sobre o tema futebol. Boa sorte a todos!
Anterior:
Descubra o nome do ex-jogador descrito na(s) afirmativa(s) abaixo.
I – Meio-campista dotado de boa técnica e chute potente;
II – Disputou os mundiais de 2002 e 2006;
III – É lembrado por uma decisão em que não esteve em campo;
IV – Em sua carreira, atuou no futebol alemão e inglês.
Resposta: Ele é o alemão Michael Ballack que anunciou sua aposentadoria na última semana após grandes passagens por Bayer Leverkusen, Bayern de Munique e Chelsea. Pela Nationalmannschaft atuou em 98 ocasiões e marcou 42 gols.
Classificação: Parabéns ao Johnny que cravou o nome de Ballack após a publicação da segunda dica. Com isso, a liderança segue dividia entre Alexandre Rodrigues Alves e Leonardo Victorino Netto.
Confira abaixo a classificação de momento:
1º - Alexandre Rodrigues Alves e Victorino Netto – 14 pontos;
2º - Joe William e Yuri – 11 pontos;
3º - Luciano – 10 pontos;
4º - Arthur Barcelos e Gustavo Carratte – 9 pontos;
5º - Douglas Muniz, Luis Fernando – 6 pontos;
6º - Murillo Moret – 5 pontos;
7º - Johnny, Marcus Buiatti e Rafael Andrade – 4 pontos;
8º - Pedro Cheganças – 3 pontos;
9º - Prisma e Riccardo Joss – 1 ponto.

sábado, 13 de outubro de 2012

Noves fora

Ao que tudo indica, a iniciativa de Mano Menezes de testar a Seleção Brasileira sem um centroavante está deixando de ser apenas uma alternativa para alguns jogos para se tornar a primeira opção do técnico. Obviamente, essa possibilidade surgiu a partir do momento em que os jogadores da posição não renderam o esperado, embora isso não signifique que um homem de área não possa entrar em campo caso a partida assim necessite.
Do mesmo modo, essa concepção de jogo não parece ter sido fruto de intensa reflexão do treinador, mas resultado de diversos testes – entre jogadores e sistemas – realizados nesses dois anos de trabalho. Foi quase um achado, por assim dizer. Todavia, mesmo que tenha alguma dose de acidental, a verdade é que a Seleção está encontrando sua melhor movimentação ofensiva justamente ao alinhar jogadores capazes de se deslocar rapidamente e encontrar espaços nas defesas adversárias.
Na vitória por 6 a 0 sobre a frágil seleção do Iraque, Mano escalou Neymar à frente de uma linha de três composta por Hulk, Oscar e pelo reestreante Kaká que foi bem. Isso na teoria, pois na prática o time não guardou posição e muitas vezes a joia santista saiu da área para criar jogadas, enquanto Oscar e os outros vinham de trás para concluir os lances. Logicamente, essa nova formação carece de testes mais pesados, porém, as primeiras impressões são positivas.
O que também é inevitável é a imediata comparação com a Seleção Brasileira de 1970 que também não tinha um jogador mais fixo à frente, mas tinha no craque Tostão seu homem mais adiantado, enquanto Pelé partia do meio-campo e Jairzinho entrava em diagonal pela direita. Cabe esclarecer, porém, que não se trata de comparar um selecionado em formação com um dos maiores esquadrões de todos os tempos. Contudo, não deixa de ser um exemplo de que não é impossível atuar dessa forma.
Imagem: Yahoo

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Question – 10

Descubra o nome do ex-jogador descrito na(s) afirmativa(s) abaixo.
I – Meio-campista dotado de boa técnica e chute potente;
II – Disputou os mundiais de 2002 e 2006;
III – É lembrado por uma decisão em que não esteve em campo;
IV – Em sua carreira, atuou no futebol alemão e inglês.
Atenção: Serão quatro alternativas ao todo. Uma por dia. Cada uma revela determinada informação do personagem que, reunidas, formam uma resposta única. Agora, cuidado ao arriscar, pois cada participante só tem direito a uma opção.
Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro a sua escolha sobre o tema futebol. Boa sorte a todos!
Anterior:
Quem é o ex-jogador retratado abaixo?
Resposta: Ele é Tito Vilanova, ex-jogador e atual treinador do Barcelona. Ex-meio-campista de trajetória discreta, Tito passou por clubes como Celta de Vigo, Mallorca e Elche. Em 2012, então auxiliar técnico, assumiu o comando do Barça após a saída de Pep Guardiola.
Classificação: Congratulações ao amigo Victorino Netto que não se rendeu à vantagem do líder Alexandre e agora também divide a primeira colocação do Question.
Confira abaixo a classificação de momento:
1º - Alexandre Rodrigues Alves e Victorino Netto – 13 pontos;
2º - Joe William e Yuri – 10 pontos;
3º - Luciano – 9 pontos;
4º - Arthur Barcelos e Gustavo Carratte – 8 pontos;
5º - Douglas Muniz, Luis Fernando e Murillo Moret– 5 pontos;
6º - Marcus Buiatti – 4 pontos;
7º - Pedro Cheganças e Rafael Andrade – 3 pontos;
8º - Johnny e Riccardo Joss – 1 ponto.

domingo, 7 de outubro de 2012

Imagine a festa

Você certamente já assistiu ao comercial acima. O vídeo publicitário da cervejaria Brahma manda um recado para quem está pessimista com a Copa do Mundo no Brasil, mas consegue apenas soar ridículo. Salvo os exageros de sempre, as preocupações com o Mundial de 2014 são absolutamente pertinentes. Quem acompanha os noticiários ligados ao evento já se deparou com todo o tipo de escândalo, desde o não cumprimento de prazos até obras ou serviços superfaturados.
Contudo, existe uma corrente que considera a simples existência de problemas no País como impedimento à realização de qualquer tipo de evento enquanto essas questões não forem totalmente sanadas. Trata-se da mesma teoria que diz que o homem não deveria ir à Lua porque existe fome no mundo. São as mesmas pessoas que defendem que até o carnaval – festa mais do que enraizada em nossa cultura – não é legítimo porque surgiu na Europa ou por também possuir espaços elitizados. São os mesmos que colocam todas as nossas mazelas num mesmo saco para dizerem que nossos problemas não dão direito a nenhum tipo de diversão que envolva gastos públicos.
Bem, não é assim que eu vejo. A grande questão nunca foi a realização da Copa do Mundo em si, mas a maneira como ela será realizada. Um país dono de uma economia tão emergente quanto o Brasil tem condições de sediar esse evento. Setores como o de transportes e hotelaria já se movimentam para atender à demanda e o que muitos projetam como tragédia organizacional não deve acontecer na prática. Deste modo, cabe às autoridades responsáveis e aos próprios cidadãos cobrarem lisura, economicidade, fiscalização e tudo o que for necessário para que o Mundial transcorra da forma mais limpa possível. Caso isso aconteça, aí sim teremos uma festa.

sábado, 6 de outubro de 2012

Lembra desse?!

Aquele lance ou momento que você, por um motivo ou outro, nunca esqueceu.
A noite de Romário
Barcelona e Real Madrid se enfrentam neste domingo e com a chegada do maior clássico do mundo estão as lembranças de grandes duelos. Na temporada 1993/94, Romário marcou para sempre seu nome no encontro ao anotar três vezes sobre o rival na goleada por 5 a 0. Naquele momento, se ainda restava alguma dúvida se o Baixinho seria o condutor da Seleção Brasileira na Copa dos Estados Unidos elas se dissiparam após essa exibição de gala.
Um ano depois, os Merengues devolveram a goleada novamente com um hat-trick, dessa vez anotado pelo chileno Ivan Zamorano. Curiosamente, o craque dinamarquês Michael Laudrup estava no lado vencedor nas duas ocasiões. 
 Você conhece alguma história interessante sobre o mundo da bola?
Mande-a para meu e-mail: a4l@bol.com.br e coloque no assunto: 'Lembra desse?!' e ela poderá ser publicada aqui!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Question – 9

Quem é o ex-jogador retratado abaixo?
Dicas serão inseridas neste espaço de acordo com a necessidade dos participantes.
Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste Question e a postagem de um novo desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro a sua escolha sobre o tema futebol. Boa sorte a todos!
Anterior:
Descubra o nome do ex-jogador descrito na(s) afirmativa(s) abaixo.
I – Atacante dono de ótima técnica e drible fácil;
II – Eleito melhor do mundo, é um dos jogadores mais importantes da história de seu país;
III – Por seu selecionado, disputou três Eurocopas e duas Copas do Mundo;
IV – Em sua carreira, atuou no futebol português, espanhol e italiano. 
Resposta: Ele é Luís Filipe Madeira Caeiro ou, simplesmente, Luís Figo. Ponteiro direito extremamente habilidoso, Figo formou-se no Sporting de Lisboa, mas logo chamou a atenção do mundo do futebol. Em sua gloriosa carreira defendeu gigantes como Barcelona, Real Madrid (quando ao se transferir por 60 milhões de euros tornou-se a contratação mais cara do esporte até então) e Internazionale, agremiação onde pendurou as chuteiras e assumiu funções diretivas.
Classificação: Parabéns ao estreante (nesta edição) Pedro Cheganças que logo de cara marcou três pontos no Question.
Confira abaixo a classificação de momento:
1º - Alexandre Rodrigues Alves – 12 pontos;
2º - Victorino Netto – 10 pontos;
3º - Joe William e Yuri – 9 pontos;
4º - Luciano – 8 pontos;
5º - Arthur Barcelos e Gustavo Carratte – 7 pontos;
6º - Luis Fernando e Murillo Moret– 5 pontos;
7º - Douglas Muniz e Marcus Buiatti – 4 pontos;
8º - Pedro Cheganças e Rafael Andrade – 3 pontos;
9º - Johnny e Riccardo Joss – 1 ponto.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Estátua viva

Por aqui, convencionou-se dizer que as desculpas dos jogadores brasileiros quando estes não se adaptam ou deixam o futebol europeu são esfarrapadas. A velha história de que “o técnico não gosta de brasileiros” tornou-se piada instantânea sem a preocupação de avaliar com exatidão o que realmente se passou entre atleta, treinador e clube. Logicamente, também existe quem compra qualquer invenção e assume postura pachecóide para defender os brazucas.
Contudo, a saída do meia-atacante Alex do Fenerbahçe tornou-se um estranho caso de unanimidade. Praticamente toda a imprensa esportiva criticou o técnico e a cúpula do clube nesse confuso caso. A versão de que o treinador Aykut Kocaman teria inveja de suas marcas e que por isso o afastou do time foi aceita sem maiores questionamentos. Imagino que tal ausência de contraponto acontece porque Alex sempre mostrou ser um sujeito tranquilo e profissional, porém, existem indícios de que a história pode ter outros elementos.
Em sua página oficial, Alex publicou uma nota de esclarecimento em que procura descrever seus últimos dias como capitão do Fener. Em dado momento, quando explica sua última reunião com Kocaman, escreve: Eu sou o treinador e a liderança do time, mas você é muito grande e forte. Não posso ter você contra minhas ideias dentro do vestiário. Por isso tomei essa decisão".  Ou seja, ao que tudo indica, a versão do treinador é a de que Alex trabalhava contra suas ideias dentro do grupo e por isso tomou a decisão de afastá-lo, medida logo referendada pelo presidente Aziz Yildirim que abriu as portas para sua saída.
No fim, como é comum nos imbróglios, ficaram as palavras de um contra o outro. O que me causou espécie foi o abraço coletivo à versão do jogador, sem nenhuma contestação do que de fato estava ocorrendo nos vestiários do time aurinegro. O que mostra que a credibilidade de um personagem pode muitas vezes se sobrepor ao espírito investigativo de nosso jornalismo esportivo.   
Imagem: Uol