domingo, 29 de maio de 2011

Mais páginas para a história.

Costumo dizer que para um fanático por futebol a final da UEFA Champions League se equivale ao Natal. No momento em que a bola rola para a decisão europeia, nada mais importa além daquele verdadeiro desfile de craques. E ainda mais para este blogueiro que acompanha a maior competição de clubes do mundo desde 1994. E ontem, é claro, não foi diferente.
Prefiro não usar este espaço para fazer uma crônica da decisão que envolveu Barcelona e Manchester United. Se você estava noutra galáxia na tarde de sábado, sugiro que procure um VT na ESPN ou clique aqui para ver os melhores momentos. Pois, a ideia agora é falar sobre o que significou a partida disputada no solo sagrado de Wembley...
A Final: Apesar de cercada por uma grande expectativa, não incluo a final de 2011 entre as melhores que vi. Em termos de imposição de um time sobre outro, a vitória do Milan por 4x0 sobre o próprio Barcelona foi mais acachapante. Em termos de emoção, não se comparou a United 2x1 Bayern em 1999. E, quanto o assunto é técnica, a final de 2009 envolvendo as mesmas equipes deste ano foi melhor. Porém, este confronto entrará para história como a afirmação do Barcelona como um dos melhores times de todos os tempos.  
Manchester United: Confesso que me surpreendi com o ousado 4-4-2 que Sir Alex Ferguson colocou em campo. Diante de uma equipe cujo toque de bola é a maior característica, esperava o retorno do 4-2-3-1 - que Fergie sempre lançava mão em clássicos locais ou em fases finais de Champions League - com dois volantes, Giggs mais à frente e Rooney como único atacante. Um equívoco do experiente treinador que parece não ter seguido os prováveis conselhos que recebeu de José Mourinho.
Em tempo: Constatar os equívocos de Ferguson na escalação e na armação de seu time não significa redimensionar a força do Barcelona, muito menos dizer que atuando de outro modo não seria derrotado. Significa apenas que o escocês poderia ter interferido mais no toque de bola barcelonista, além daquele pressing inicial.      
Messi: Um gênio. Topo da minha lista de grandes jogadores que vi atuar, ao lado de monstros como Ronaldo e Zidane. Um iluminado que nunca se cansa de surpreender e decidir. Em 2010/11, só pelo Barça, foram 53 gols e 24 assistências em 55 jogos. Um assombro. Um nome para figurar entre os maiores de sempre. E pensar que ele tem apenas 23 anos.
Barcelona: Daniel Alves definiu bem. Só teremos a medida do que este Barça representa para o futebol quando este se desmanchar. Mas, não é difícil imaginar que estará ao lado de clássicos como o Real Madrid de Di Stefano, o Santos de Pelé, o Ajax de Cruyff e o Bayern de Beckenbauer. Assim, vamos deixar que o tempo nos diga isso. Por enquanto, eu só quero aproveitar.
Crédito da foto: UOL.

2 comentários:

Prisma disse...

Estamos vendo a história desse time sendo escrita ao vivo.

Michel Costa disse...

E que história, Prisma. Luiz Mendes, que viu a maioria dos grandes times da história, disse que este Barça é simplesmente o melhor time que ele viu jogar. Impressionante.

Abraços.