domingo, 16 de outubro de 2011

Tem vaga.

Um dos problemas enfrentados pelo técnico Mano Menezes à frente da Seleção Brasileira é o hiato existente entre as gerações de Ronaldinho Gaúcho e Kaká e a de Ganso, Neymar e Lucas. Entre elas, deveria haver a geração de Robinho e Diego e outros, o que não deixaria toda a responsabilidade por resultados nas costas dos jovens talentos.
No entanto, nomes outrora promissores como Nilmar, Adriano, Dagoberto e Fred nunca conseguiram corresponder plenamente às expectativas e o resultado disso é a entressafra hoje vivida pela Seleção. Com vistas a corrigir a inexperiência de sua linha ofensiva, Mano trouxe Ronaldinho de volta com dois objetivos claros: Aliviar a pressão sobre a molecada e garantir um toque de experiência no ataque.
Só que considerar o gaúcho um escudo desta geração talvez seja otimismo demasiado do treinador. Ronaldinho atravessa um bom momento no Flamengo, mas, aos 31 anos, não parece ter fôlego para chegar bem em 2014 e muito menos demonstra o “apetite” necessário para tal missão. Por outro lado, alguém que parecia esquecido dá sinais de que está voltando aos seus melhores dias. Após amargar duas temporadas marcadas por lesões e desconfiança, Kaká está reencontrando sua melhor forma. Tanto que acaba de retomar a titularidade no Real Madrid e parece ter conquistado de vez a confiança do técnico José Mourinho.
Kaká marca contra o Bétis. Os bons tempos voltaram.
Dois anos mais novo e muito mais dinâmico do que Ronaldinho, Kaká mostrou todo seu profissionalismo e amor pelo esporte ao buscar uma plena recuperação que para muitos parecia impossível. Para tanto, abdicou da tranquilidade de suas últimas férias para treinar e chegar ao clube merengue num estágio mais avançado de preparação física. Também por iniciativa própria, procurou especialistas brasileiros capazes de identificar seus problemas e tratá-los diretamente. Felizmente, o pior ficou para trás. Com isso, Mano Menezes tem a seu dispor um jogador de alta técnica e mentalidade vencedora. O próximo amistoso contra o Gabão é uma ótima oportunidade para trazê-lo de volta. Agora só depende de Mano.   
Imagem: Reuters

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