sexta-feira, 19 de abril de 2013

Com algum sofrimento, brasileiros confirmam favoritismo na Libertadores

Virou lugar comum analisar as chances de títulos dos clubes brasileiros a cada início de Copa Libertadores da América. Com receitas superiores em relação aos seus pares sul-americanos, as equipes locais precisam lidar também com a pressão de ter que confirmar em campo um favoritismo imposto por terceiros. Logicamente, as agremiações brasileiras projetam chegar à final da competição, mas, a princípio, a única obrigação evidente é avançar para as oitavas-de-final. E foi exatamente isso o que ocorreu nesta semana.
Atlético Mineiro, Corinthians, Fluminense, Grêmio, Palmeiras e São Paulo estão entre os 16 melhores times da Libertadores. Os seis brasileiros que disputaram o torneio cumpriram seu objetivo mínimo e se classificaram. A eles se juntaram quatro (de cinco) argentinos, um colombiano, um equatoriano, um mexicano, um paraguaio, um peruano e um uruguaio, proporção que indica a melhor performance dos times nacionais. Em termos percentuais, tivemos os seguintes aproveitamentos por país:
Argentina: 52,20%
Brasil: 58,17%
Bolívia: 30,50%
Chile: 37,00%
Colômbia: 46,33%
Equador: 44,50%
México: 58,00%
Paraguai: 40,67%
Peru: 50,00%
Uruguai: 53%
Venezuela: 27,50%
Os números acima mostram que os brasileiros realmente tiveram a melhor performance da competição e que foram seguidos de perto pelos mexicanos do Tijuana e do Toluca. Curiosamente, só o primeiro se classificou para as oitavas. Outro país que apresentou desempenho interessante foi a Argentina, embora um dos seus representantes, o Arsenal de Sarandí, tenha ficado pelo caminho. Outra constatação que chama a atenção é o baixíssimo aproveitamento dos venezuelanos, cujo futebol melhorou consideravelmente nos últimos anos, inclusive em nível de seleção, mas que não se refletiu nas campanhas de Caracas e Deportivo Lara.
Como pode ser observado no chaveamento abaixo, existe a chance de até quatro times brasileiros chegarem às semifinais, o seria um feito inédito. De mesmo modo, todos eles podem ficar pelo caminho e não alcançar essa fase. Contudo, pelo menos por enquanto, todos cumpriram seu objetivo.
Arte: ESPN

4 comentários:

Yuri disse...

Só corrigindo Michel, onde está "Caras" você quis dizer Caracas. Abraço.

Michel Costa disse...

Opa, valeu pela correção, Yuri. Abraço.

Alexandre Rodrigues Alves disse...

Se jogar o que jogou na quarta, o São Paulo tem condições de avançar, mas o Atlético terá os reforços de Diego Tardelli e, principalmente, Bernard. De todo modo, o Tricolor terá Jadson de volta, o que dá a medida do equilíbrio da série. O caminho do Corinthians é muito perigoso, não só por ter três argentinos, mas por serem boas equipes, sendo que no momento o Boca joga o pior futebol entre elas. De todo modo, tem condições de passar também. Fluminense e Grêmio não vem jogando bem, portanto, para termos uma final brasileira, eles terão de melhorar. O potencial financeiro dos clubes nacionais ajuda e muito para esse fortalecimento de performance na Libertadores.

Michel Costa disse...

O São Paulo fez uma grande partida na quarta. Teve todos os méritos na vitória. Mas o que me chamou a atenção foi a maneira como alguns jogadores do Atlético (Ronaldinho, sobretudo) encararam a partida. Parecia que não tinham a noção da dimensão daquele jogo. Agora, terão um caminho muito mais duro do que teriam caso conseguissem eliminar o time paulista. Basta olhar o chaveamento para perceber como está mais complicado com o tricampeão logo nas oitavas. Logicamente, o SPFC poderia ter vencido mesmo se o Galo jogasse o seu máximo, mas a impressão que ficou é que aquilo foi o "grande treino" ao qual Ronaldinho se referiu.