quarta-feira, 19 de junho de 2013

No grupo da morte, Brasil e Itália sobrevivem

Fosse a Copa das Confederações a Copa de 2014, certamente o agrupamento formado por Brasil, Itália, México e Japão seria chamado de grupo da morte. Dois campeões mundiais, duas forças emergentes e temos um cenário perfeito para um épico do futebol. Fazendo valer o fator casa, a Seleção Brasileira garantiu a classificação para as semifinais após vencer Japão e México mesmo sem se apresentar de forma convincente. Por sua vez, a Azzurra, que havia controlado bem o jogo contra a seleção mexicana, sentiu o forte calor do Recife e só não perdeu para o Japão porque havia uma trave no meio do caminho.
Embora tenha conseguido realizar a saída de bola de maneira mais rápida em alguns momentos da partida contra o México, a Seleção continua se ressentindo da falta de alguém capaz de armar o jogo e fazer com que o time conserve a posse de bola. Posse que terminou sendo maior para o Brasil, embora tenha sido revertida no momento em que David Luiz saiu para ser atendido por conta de um sangramento resultante de uma fratura no nariz. Oscar era a esperança no intuito de dominar o meio-campo, mas, diante da marcação mexicana e de seu esgotamento físico, o jogador do Chelsea desapareceu na partida de hoje. A marcação do lado esquerdo, fundamentalmente com Marcelo, também se mostrou falha em alguns momentos e Fred continua muito isolado de seus companheiros. O ponto positivo foi a estupenda partida de Neymar, autor de um belo gol e uma manobra fantástica no lance que resultou na assistência para o gol de Jô. A se destacar ainda, a resiliência da defesa que mesmo pressionada não permitiu ser vazada no torneio.
No Recife, Itália e Japão fizeram o duelo mais movimentado da Copa das Confederações até aqui. Recuperados da derrota para o Brasil, os japoneses entraram em campo dispostos a apagar a péssima imagem deixada na estreia. Conseguiram mais do que isso ao protagonizarem um verdadeiro jogaço com direito a sete gols e uma virada italiana que parecia impossível. Contudo, a classificação ficou com os atuais vice-campeões europeus que, apesar de sofrerem demasiadamente com o calor da capital pernambucana, conseguiram reunir forças para buscar o 4 a 3. E se os italianos acharam a noite do Recife quente, mal sabem o que os espera na tarde de sábado em Salvador diante do Brasil. Ao que tudo indica, o calor pode ser um fator determinante para os selecionados europeus tanto nesta competição quanto no próximo Mundial, sobretudo por suceder a temporada no Velho Continente.
Imagem: Efe

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