domingo, 30 de junho de 2013

Porque ganhar faz bem

Nos últimos dias não foram poucas as vezes em que foi dito que mais importante do que vencer a Copa das Confederações era que a Seleção Brasileira jogasse bem contra a Espanha. Concomitantemente, também foi dito que vencer o torneio poderia significar o retorno da soberba tão prejudicial noutras ocasiões. Pois o Brasil ganhou e jogou bem. Venceu os atuais campeões mundiais com autoridade e mostrou ao mundo que os donos da casa estão na lista de favoritos para o título em 2014.
Contudo, ainda há um longo caminho a ser percorrido até a Copa do Mundo. Algumas questões como a saída de bola seguem preocupantes e até mesmo a pressão no campo de ataque muitas vezes se mostra descoordenada e faltosa. Porém, nada que bons períodos de treinamento não possam corrigir. E, a julgar pela entrevista pós-jogo, o experiente técnico Luiz Felipe Scolari sabe bem que a competição que realmente importa só será disputada no próximo ano.
Mais relevante do que a conquista da Copa das Confederações é a mensagem passada aos rivais dizendo que a Seleção será um adversário duro a ser batido. O resgate do orgulho de um time que parecia totalmente desacreditado quando o “ultrapassado” Felipão assumiu. Orgulho que trouxe de volta uma torcida que andava afastada e ressabiada. Uma torcida que cantou o hino nacional a plenos pulmões e jogou junto durante as partidas. Afinal, brasileiro gosta de vencer. E esta Seleção mostrou que é capaz disso.
Imagem: EFE

2 comentários:

Alexandre Rodrigues Alves disse...

O Brasil teve a felicidade de fazer o gol rápido, o que desestruturou a Espanha. Mas não adiantaria apenas o gol se o time não continuasse jogando com muita intensidade e isso foi muito legal de ver numa Seleção Brasileira, que em muitas ocasiões dá sono. Gostei do trabalho dos volantes, o Luiz Gustavo, mesmo exagerando em algumas faltinhas e o Paulinho foram muito bem e Neymar e Fred decidiram na frente, além do David Luiz que praticamente não errou atrás (ainda que ter de marcar o F.Torres ajuda,rs...). A Espanha errou em vários momentos, o Del Bosque deveria ter tirado o Arbeloa com 15 do primeiro tempo, errou tudo que fez na partida e não compreendi o Fabregas não ter chance de atuar ontem. O Villa poderia ter entrado antes no lugar do Torres também.

Com certeza existe ainda muito a se fazer para melhorar o time brasileiro, precisa ter mais qualidade na armação, não depender tanto de algum lampejo do Oscar, tem de ter uma alternativa para o lugar do Hulk, mas pelo fato de jogar em casa e pelo trabalho mais efetivo do Felipão, o time ganhou uma cara e pode tentar brigar pelo título, sabendo que Espanha e Alemanha ainda estão um passo na frente e que o título de ontem não define tudo.

Michel Costa disse...

Disse tudo, Alexandre. Só acrescentaria as posições reservas que Felipão poderia olhar com mais atenção como o suplente de L.Gustavo. Sou mais o Lucas Leiva do que o Fernando e, sobretudo, a lateral direita, hoje ocupada pelo improvisado Jean. Também tentaria encontrar uma vaguinha para Ramires que por muito tempo foi o melhor meio-campista brasileiro na Europa.