terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Contagem Regressiva: Dezembro de 2012

Para um fanático por futebol, Copa do Mundo é muito mais do que um evento esportivo. É um período para se tirar férias do trabalho e só sair de casa para tratar de assuntos estritamente necessários. São semanas mágicas, onde um jogador consegue deixar o mundo mortal para fazer parte do panteão dos Deuses da Bola e, de quebra, transformar um país inteiro numa grande festa. É uma época para se rir, chorar, se emocionar. Enfim, é um momento que será guardado para sempre em nossos corações...
Erros e acertos
Quando perguntado sobre como será sua versão da Seleção Brasileira, o técnico Luiz Felipe Scolari preferiu não entrar em detalhes. “Tenho um processo mental de visualizar os atletas que poderão ser convocados já nesse primeiro amistoso e tenho uma ideia de colocação em campo. Mas quando eu receber todos os jogadores pode ser que eu modifique alguma coisa”. E não disse muito mais. Talvez porque, além de recém-chegado, Felipão enfrentava o drama de ter sua mãe internada e que, infelizmente, veio a falecer no último dia 3 aos 89 anos.
Portanto, tentar projetar o que o novo treinador da Seleção deseja é um simples exercício de imaginação e com boa chance de conclusões equivocadas. Assim, este colunista prefere aguardar o primeiro chamado antes de formular qualquer opinião do que será esta nova passagem. Contudo, talvez tenha faltado neste espaço uma análise mais consistente do trabalho desenvolvido pelo antecessor Mano Menezes. Entre erros e acertos, Mano deixou um esboço de time que pode ser aproveitado por Scolari, embora esteja claro que mudanças ocorrerão.
Em pouco mais de dois anos à frente da Seleção, o ex-técnico procurou alterar a filosofia do selecionado com vistas à necessária imposição de jogo que uma equipe que sediará um Mundial precisará e ainda promover o rejuvenescimento do grupo. De início, já no primeiro amistoso, Mano trocou praticamente todos os titulares que perderam para a Holanda nas quartas-de-final da Copa de 2010. Dos onze, apenas Daniel Alves (que substituía Elano) e Robinho permaneceram. Enquanto os reservas Thiago Silva e Ramires ganharam espaço. A vitória por 2x0 e o futebol auspicioso mostrado na ocasião provocaram ótimas reações na torcida e na imprensa.
No entanto, a nova equipe ainda não estava preparada para desafios mais pesados. Após derrotas para França, Argentina e Alemanha, além do fracasso na Copa América, ficou evidente que a renovação não poderia ter sido tão radical. A rigor, durante quase todo o período em que Mano Menezes esteve no comando, grande parte da responsabilidade esteve sobre os ombros de Neymar, um garoto que estreou aos 18 anos. Não havia vestígio do time competitivo que Dunga havia montado. Era uma Seleção partindo do zero e pagando o preço pela inexperiência do grupo. Se alguém tentar encontrar paralelo semelhante noutro selecionado provavelmente não encontrará.
Equívocos à parte, Mano acertou na mudança no sentido de jogo da Seleção. A versão montada por Dunga era um time essencialmente de contra-ataque. Como o Brasil jogará em seus domínios em 2014, precisará propor o jogo e não especular em falhas dos adversários. Outra mudança positiva foi a escalação de dois volantes capazes de marcar e armar ao mesmo tempo, mudando que parecia ser um dogma no futebol brasileiro. Porém, em campo, os resultados estiveram longe de ser satisfatórios. Se o momento para a demissão não foi o ideal, razões para a dispensa também não faltaram.
Em 2013, Felipão começará um novo trabalho, mas encontrará uma base montada. Experiente que é, não deverá repetir os erros de seu antecessor e, num primeiro momento, deverá manter o que vinha sendo feito. Como no futebol a última mensagem é a que fica, muitos encaram a passagem pelo turbulento Palmeiras como referência. Particularmente, acredito que os trabalhos nas seleções de Brasil e Portugal são um parâmetro melhor. Embora, logicamente, isso não signifique garantia de sucesso.                    
De olho na Copa
A Arena Castelão em Fortaleza foi o primeiro estádio a ser inaugurado para a Copa das Confederações e Copa do Mundo. Na cerimônia em terras cearenses, estiveram presentes a Presidenta Dilma Rousseff e o ministro dos esportes, Aldo Rebelo. No próximo dia 21 será a vez do Mineirão reabrir seus portões para a solenidade de inauguração e um show da banda Jota Quest. Com isso, restarão obras em apenas dez sedes. Confira abaixo o andamento dessas obras:         
Dentro do previsto: Brasília e Salvador;  
Apresentando atrasos: Cuiabá, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo;
Situação preocupante: Curitiba, Manaus, Natal e Recife.
Imagens: CBF e globoesporte.com

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