Antes de mais nada, este colunista se desculpa
pelos três equívocos na tentativa de prever os 23 convocados para a Copa do Mundo. A briga entre os goleiros Diego
Cavalieri e Victor era equilibrada e é bem provável que o bom momento do
arqueiro atleticano tenha pesado na escolha. Contra Hernanes pesava o fato de a
Seleção Brasileira contar com três jogadores (Paulinho, Fernandinho e Ramires)
que podem cumprir funções parecidas. Quanto a Henrique, só a preferência
pessoal do técnico Luiz Felipe Scolari pode explicar o chamado de um zagueiro
que está bem abaixo de outros. Se não havia confiança em Miranda, que levasse
Marquinhos com o intuito de fazê-lo adquirir experiência para competições
futuras.
Ressalvas feitas, cabe analisar o grupo escolhido
para tentar o hexacampeonato. Em princípio, o time titular para o início da
Copa deve ser o mesmo da Copa das Confederações com Júlio César; Daniel Alves,
Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Paulinho e Luiz Gustavo; Hulk, Oscar e
Neymar; Fred. Se o Brasil não terá sua melhor seleção em 100 anos de história,
pelo menos é possível constatar que o onze escalado acima tem condições de ser
campeão se conseguir repetir a intensidade mostrada há um ano e se contar com o
fator casa mais uma vez. E, claro, se Neymar estiver bem.
Se o onze inicial não deve ser modificado, o mesmo
não pode ser dito dos reservas. Do grupo campeão em 2013 nada menos do que sete
nomes ficaram pelo caminho. Em outras palavras, em caso de fracasso no Mundial,
a tese do apego ao elenco vencedor não deveria ser usada. Victor, Maicon,
Henrique, Maxwell, Ramires, Fernandinho e Willian são jogadores que ganharam
espaço nos últimos meses e, num primeiro momento, é possível dizer que a
Seleção se reforça com a presença deles. Willian, inclusive, terminou a
temporada em grande forma no Chelsea e tem boas chances de ganhar espaço
durante os treinamentos. Como pode atuar em várias posições, Oscar e Hulk deveriam
se cuidar.
Taticamente, o time deve variar do 4-2-3-1 para o
4-3-3, com Hernanes entrando no meio, ou até 4-4-2 com Neymar se juntando a
Fred no comando do ataque. Nesta formação, o problema da marcação pelo lado
esquerdo pode ser solucionado com Oscar ou Willian dando suporte a Marcelo.
Seja como for, Felipão leva consigo opções melhores do que Dunga teve em 2010. Se
isso será suficiente, só saberemos quando a bola rolar.
Coluna escrita originalmente para o site Doentes por Futebol.
Imagem: Vanderlei
Almeida/AFP
Nenhum comentário:
Postar um comentário