segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Contagem Regressiva: Fevereiro de 2013

Para um fanático por futebol, Copa do Mundo é muito mais do que um evento esportivo. É um período para se tirar férias do trabalho e só sair de casa para tratar de assuntos estritamente necessários. São semanas mágicas, onde um jogador consegue deixar o mundo mortal para fazer parte do panteão dos Deuses da Bola e, de quebra, transformar um país inteiro numa grande festa. É uma época para se rir, chorar, se emocionar. Enfim, é um momento que será guardado para sempre em nossos corações...
O time ideal
Antes da demissão de Mano Menezes, havia a impressão de que o treinador estava se aproximando do time ideal para a Seleção Brasileira. Mesmo sem grandes resultados, Mano definiu grande parte dos titulares e esboçou, sem consolidar, o estilo de jogo que gostaria de implantar. Com a chegada de Luiz Felipe Scolari, é certo que algumas mudanças ocorrerão e algumas medidas adotadas pelo ex-técnico devem ser deixadas de lado.

A primeira mudança está no posicionamento. Mano Menezes queria a equipe sempre à frente, marcando a saída de bola e recuperando a posse o mais próximo possível do gol adversário. Na prática, essa postura resultou em boas vitórias sobre Dinamarca (3 a 1) e Estados Unidos (4 a 1), mas também acarretou derrotas para México (2 a 0) e Argentina (4 a 3), com os rivais aproveitando os fartos espaços às costas da defesa. Com Felipão, a ideia parece ser um time mais postado ou tradicional, com Ramires e Paulinho mais próximos da defesa e meias recuando para fechar os espaços visando recuperar a bola da intermediária para trás e assim ter mais campo para jogar, o que remonta uma característica bem típica da escola brasileira.
Outra alteração está na volta de um centroavante típico ao comando do ataque. Antes, Neymar chegou a ser testado como o homem mais adiantado da Seleção. Mesmo assim, o santista não guardava posição, pois continuava caindo pela esquerda ou recuava para buscar a bola e partir de frente para a defesa. Agora, Luis Fabiano e Fred estão disputando a camisa 9 com Neymar de volta à ponta esquerda. Nesta posição, o jogador voltou a mostrar problemas com a diminuição dos espaços e a distância para o gol. Se a intenção do atual técnico for mantê-lo como a principal arma do time, é conveniente rever esse posicionamento.
Todavia, o principal dilema está na presença de Ronaldinho no onze inicial. No último amistoso contra a Inglaterra, o gaúcho, pouco afeito à marcação, deixou os ótimos volantes britânicos livres para construírem as jogadas expondo demasiadamente a segunda linha verde-amarela. No segundo tempo, com Oscar centralizado na função de Ronaldinho, a Seleção ganhou corpo e se apresentou melhor. Apesar da juventude, Scolari poderia testar uma linha formada por Lucas, Oscar e Neymar atrás de um centroavante e ganhar em dinamismo e movimentação. Caso o corintiano Alexandre Pato recupere sua melhor forma, o Brasil poderia ter um sistema ofensivo rápido, habilidoso e insinuante. Mesmo que falte experiência – que pode ser vista no sistema defensivo – não faltará poder de fogo.

Os rivais


A CBF anunciou que a Seleção enfrentará o Chile duas vezes em 2013. Na primeira, no dia 24 de abril no Mineirão, o técnico Luiz Felipe Scolari não deve contar com atletas que atuam no exterior. Na segunda, 10 de setembro, o confronto voltará a se repetir, desta vez em São Paulo. Outros amistosos agendados são contra Itália (21/03), Rússia (25/03), Inglaterra (02/06), França (09/06) e Suíça (14/08), além da Copa das Confederações que será disputada entre 15 e 30 de junho.                                                                            
De olho na Copa
Neste mês, o Maracanã começou a ganhar sua nova cobertura e seus assentos, mas também sofreu com a paralisação das obras por conta de um início de greve dos operários que reivindicam reajuste de vencimentos e plano de saúde. Essa nova interrupção nas obras prejudica ainda mais o cumprimento do cronograma de entrega do estádio, uma das sedes da Copa das Confederações e da Copa do Mundo.    
Confira abaixo o andamento dessas obras:         
Obras concluídas: Belo Horizonte e Ceará;
Dentro do previsto: Brasília e Salvador;  
Apresentando atrasos: Cuiabá, Porto Alegre e São Paulo;
Situação preocupante: Curitiba, Manaus, Natal, Recife e Rio de Janeiro.
Imagens: AFP, Reuters

3 comentários:

Alexandre Rodrigues Alves disse...

Na zaga testaria o Miranda no lugar do David Luiz; no meio campo, o Kaká no lugar do Oscar, mas aí mais como teste mesmo, pois no momento o jogador do Chelsea está melhor. No ataque é que acho ainda o Pato uma incógnita de desempenho. Acho que o Felipão está certo em tentar com jogadores mais tarimbados por ali. No restante é por aí mesmo, ainda que o Adriano na esquerda pode ser útil também por ser mais regular que o Marcelo.

Acho que os rivais podem ser equilibrados. Você pode testar o time contra equipes mais fracas de vez em quando, até para ganhar jogos e confiança, assim você varia, jogos mais "cascudos" e outros menos.

Se a FIFA fosse menos política e com mais seriedade, essa palhaçada na entrega de muitas obras já teria sido punida no Brasil, mas talvez, para alguns lá, seja até interessante esse atraso de alguns locais. Pelo "espetáculo" de reinauguração do Mineirão, podemos dizer até que a obra não estava 100% pronta,rs...

Michel Costa disse...

A citação de Pato foi a única liberdade que eu me dei quando esbocei uma seleção com os prováveis jogadores que Felipão utilizará nos próximos meses. Pra mim, em forma, o corintiano é superior a Fred e Luís Fabiano. Vamos ver se o técnico também pensa assim... hehe

Michel Costa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.