sábado, 11 de janeiro de 2014

Feliz 2014, futebol brasileiro

O ano de 2014 começou quente no futebol brasileiro. Oficialmente, a bola ainda não rolou nos campeonatos estaduais, porém, assunto é o que não falta. Começando pela disputa judicial envolvendo Fluminense, Portuguesa, Flamengo e CBF que ainda reserva muitos capítulos. Caso o tricolor carioca permaneça na primeira divisão, será uma derrota do futebol dentro de campo para o legalismo. Se Portuguesa e Flamengo recuperem os pontos perdidos, ficará a impressão que o regulamento foi descumprido, mas que a justiça prevaleceu. Todavia, se a CBF decidir “salomonicamente” por manter todos os times na Série A, criando algum monstrengo que reúna 24 clubes, teremos um retrocesso de dez anos de conquistas esportivas. Independente do resultado final, o futebol brasileiro já perdeu.
Auspiciosas estão sendo as movimentações dos clubes nesta janela de contratações. A maior preocupação vem sendo o enxugamento das folhas salariais e as contratações desmedidas que na maioria das vezes davam pouco resultado estão mais escassas. Outro ponto positivo é a ascensão de técnicos jovens como Enderson Moreira, agora no Grêmio, e Dado Cavalcanti que assumiu o Coritiba. Quem sabe, um sopro de renovação e modernidade num mercado de profissionais que, salvo raras exceções, há tempos dá sinais de estagnação.
Paralelamente, o Bom Senso FC surge como um alento. Ainda mais do que a Copa do Mundo. Todavia, que não se espere desse grupo um envolvimento com tudo. O movimento liderado por Paulo André & Cia. tem pautas bem definidas e, caso não se restrinja a elas, correrá o risco de mirar em tudo e não acertar em nada. Algo parecido com o que houve nas manifestações populares de 2013, onde havia muita revolta e pouco foco. A boa notícia é que o Bom Senso sabe o que deseja e parece firme diante das bravatas que vem recebendo como resposta.  
O ano de 2014 promete.

Foto: Rodrigo Gazzanel/Futura Press/Folhapress

2 comentários:

Alexandre Rodrigues Alves disse...

Acho que a Portuguesa não é santa na história assim como o Flamengo; o que incomoda a maioria é o fato do Fluminense ser o beneficiado; se fosse o Criciúma ou a Ponte Preta talvez não houvesse essa revolta toda que estamos vendo. Mas concordo que a punição aos times possa ser exagerada, principalmente no caso da Lusa, o rebaixamento. O correto seria a aplicação da pena no outro campeonato, já que estávamos na última rodada, mas infelizmente não é possível pelo regulamento atual.

Pelo visto houve um gasto excessivo dos clubes com o aumento das cotas, e agora estão pondo o pé mais no freio; infelizmente aqui se gasta primeiro e depois fazem as contas de quanto deveria ser investido. Sobre os técnicos com nova mentalidade, talvez possamos colocar (ainda com um pé atrás) o Claudinei Oliveira que saiu do Santos e foi para o Goiás. Mas vamos ver se os clubes darão tempo para eles trabalharem.

Sobre o Bom Senso, espero que seja algo contínuo e principalmente, livre de injunções políticas, interferências e apoios sinistros; ainda quero esperar o que isso vai dar, apesar de concordar com a iniciativa em sua ideia base.

Desejo à você Michel novamente um Feliz 2014! Um abraço!

Michel Costa disse...

Olá, Alexandre!

No caso de Lusa e Fla acho que foram vítimas da própria incompetência somada à falta de estrutura e organização do duo STJD/CBF. Caso houvesse um programa simples que acusasse quem está suspenso, não haveria tal problema. Concordo que a questão do Flu é a "reincidência". Outra coisa que vem incomodando o pessoal é a dissimulação de quem finge que não trabalha nos bastidores, mas claramente o faz. Sem falar que, mais uma vez, o clube das Laranjeiras escapou da disputa de uma divisão inferior sem a justiça do campo.

Quanto ao Bom Senso, creio que depende muito da liderança do movimento. Se continuarem os líderes atuais, não vejo motivo para preocupações. Por enquanto, os pedidos do grupo são mais do que legítimos.

Abraço e um grande 2014 para todos nós!