domingo, 15 de julho de 2012

Bota pra vender!

Neste momento, a contratação de Thiago Silva pelo Paris Saint-Germain já é oficial e a de Zlatan Ibrahimovic parece apenas questão de tempo. Enquanto o jogador sueco acerta suas bases salariais com o clube francês, as principais dúvidas pairam sobre o que restou do Milan. Sem seus dois principais nomes e sem a perspectiva de reposição à altura, o Rossonero transmite a mensagem de que a partir de agora seu patamar é outro. Obviamente, tal declínio não aconteceu de uma hora para outra. Trata-se de um duradouro processo que também corrói o futebol italiano e que, no caso do Milan, pode ter seu início apontado quando da negociação de Kaká com o Real Madrid.
Ao que tudo indica, o proprietário Silvio Berlusconi não pretende mais despejar seus milhões na associação como fazia no passado. Seguindo a premissa do financial fair play de que o clube deve ser auto-sustentável, o ex-primeiro ministro tenta reequilibrar as contas sem abrir a carteira, algo que, logicamente, não funcionaria do dia para a noite, ainda mais numa liga em franca decadência como a Serie A. Outra questão é que as agremiações da Bota estão mal-acostumadas com mandatários generosos que torram seu dinheiro pelo simples prazer de possuir um time de futebol. Sem contar que a própria estrutura do Calcio ainda não está preparada (leia-se, modernizada) para andar com as próprias pernas.
Nesse cenário, seria conveniente analisar se não chegou o momento de Berlusconi negociar o clube de via Turati. Nos últimos anos, o magnata recebeu propostas para vender todo ou pelo menos uma parte do Milan e sempre se recusou a abrir conversas. Todavia, com uma torcida há tantos anos acostumada a ter um grande time e possuir atletas de renome, é evidente que a saída de dois jogadores fundamentais seria vista como enfraquecimento e que a reação não seria das melhores. O certo que o Campeonato Italiano perde força e prestígio a cada dia e o redimensionamento de um de seus maiores clubes é um nítido reflexo desse momento. Como se diz por aqui, o último que sair apague a luz.
EFE

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