Para um fanático por futebol, Copa do Mundo é muito mais do que um evento esportivo. É um período para se tirar férias do trabalho e só sair de casa para tratar de assuntos estritamente necessários. São semanas mágicas, onde um jogador consegue deixar o mundo mortal para fazer parte do panteão dos Deuses da Bola e, de quebra, transformar um país inteiro numa grande festa. É uma época para se rir, chorar, se emocionar. Enfim, é um momento que será guardado para sempre em nossos corações...
Chegou a hora
Na última sexta-feira, o Brasil se defrontou com a Grã-Bretanha, equipe que praticamente inexistia há algumas semanas, mas que conseguiu reunir alguns jovens promissores da Premier League que se somaram aos experientes Micah Richards, Craig Bellamy, além do lendário Ryan Giggs. Chefiados por Stuart Pearce, os britânicos não foram páreo para a Seleção, sendo amplamente dominados e vendo o goleiro reserva Butland impedir que o placar fosse mais elástico que os 2x0 finais.
Agora, o período de testes chegou ao fim. Após dois anos de trabalho, a Seleção Brasileira terá pela frente seu principal desafio: A conquista da medalha de ouro nos Jogos de Londres. Nos últimos cinco amistosos, foram três vitórias e duas derrotas. Partidas que mostraram uma equipe forte, mas ainda carente de mais entrosamento e vulnerável em alguns setores. Não é exagero dizer que a participação brasileira nas Olimpíadas terá importância decisiva para o futuro de Mano Menezes na Seleção. O sucesso deve manter o treinador até a Copa de 2014. Já o fracasso pode promover a troca de comando técnico a apenas dois anos do Mundial.
Para essa missão, Mano montou um time que se baseia na imposição de jogo, pressionando a saída de bola adversária e que promove uma intensa movimentação nas ações ofensivas. O time-base que deverá iniciar o torneio é composto por Rafael Cabral; Rafael Silva, Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro e Rômulo; Hulk, Oscar e Neymar; Leandro Damião.
Taticamente, a equipe varia de um 4-4-2 (figura 1), onde Oscar atua aberto na direita enquanto Hulk executa função semelhante à esquerda, dando liberdade para que Neymar se aproxime mais da área. No sistema defensivo, Rafael Silva e Marcelo apóiam de forma alternada, com os volantes Sandro e Rômulo executando funções mais defensivas do que criativas. A principal variação é o retorno ao 4-2-3-1 (figura 2), esquema em que Neymar retorna ao lado esquerdo, deixando um único atacante (Leandro Damião ou Alexandre Pato) entre os zagueiros. Nesse módulo, Oscar (ou Ganso) atua mais centralizado, cabendo à Hulk (Lucas) as funções do lado direito.
Os rivais.
Nos Jogos Olímpicos de Londres, o Brasil (campeão sul-americano sub-20) estará no grupo C ao lado de Egito (3º colocado do campeonato africano sub-23), Bielorrússia (3ª colocada no campeonato europeu sub-21) e Nova Zelândia (campeã do pré-olímpico da Oceania). Como é possível notar, não existe um critério uniforme para apuração das seleções que participarão dos Jogos. No caso do Brasil, o grupo escolhido é bastante diferente do que foi campeão no Peru, onde os remanescentes são Bruno Uvini, Juan, Danilo, Oscar, Lucas e Neymar.
Entre os principais candidatos à conquista de medalhas estão Uruguai (vice-campeão sul-americano sub-20), México (campeão pré-olímpico da Concacaf) e Espanha (campeã europeia sub-21). De acordo com a tabela, caso o Brasil se classifique em primeiro, poderá se defrontar com a Celeste Olímpica de Suárez e Cavani na semifinal e, caso avance, pode ter pela frente Espanha ou México valendo o ouro.
De olho na Copa:
Confirmado. Ricardo Teixeira e João Havelange receberam comissões ilegais da empresa de marketing ISL nos anos 1990. Embora o presidente da FIFA, Joseph Blatter, insista na tese de que o recebimento de propinas não era ilegal na Suíça, a justiça do país realmente pretendia processar criminalmente os dois dirigentes e só não o fez porque ambos devolveram parte do montante que receberam. Quem acompanha esta coluna certamente já havia lido sobre o tema. No entanto, os nomes dos envolvidos só foram oficialmente revelados agora. Com isso, algumas vozes importantes se levantaram para pedir que o Estádio João Havelange, o Engenhão, passe a levar o nome de figuras importantes do Botafogo como João Saldanha, Nilton Santos e Zagallo.
Confira abaixo, o andamento das obras nas doze sedes:
Dentro do previsto: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza e Salvador;
Apresentando atrasos: Cuiabá, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo;
Situação preocupante: Curitiba, Manaus e Natal.
4 comentários:
http://opitacoboleiristico.wordpress.com/2012/07/24/saindo/
Michel, dá uma olhada neste texto que fiz sobre o Kaká.
De fato, a estadia do brasileiro, se parece ser bem mais curta do que pensávamos nos merengues, certamente é bem decepcionante.
Abraço e espero que dê uma olhada no blog!
O Real Madrid é o tipo de clube que acha que não precisa esperar, Felipe. Não rendeu, adeus.
No caso de Kaká, ainda há o componente do salário altíssimo, algo que também pesa quando lembramos que o clube quer trazer novos reforços.
Sinceramente, acho que o melhor para o meia é deixar Madri. Pode fazer bem para sua carreira começar de novo em outro clube de bom nível. Milan e PSG parecem os destinos mais interessantes.
Abraço.
E ai Michel, tudo bem?! Sumi por um tempo (problemas no micro/estudos...). Uma das coisas que gosto é ouvir rádio, um hábito que mantenho desde criança, mesmo com internet e TV aberta (coisa que não perco tempo assistindo, salvo raras exceções...). Num desses dias ouvindo o rádio, ouvi alguns comentaristas falarem sobre o Hulk, que não conseguiam entender a presença dele na seleção, por ter uma chamada "Jogada manjada" e apenas força física, sem habilidade. O que me irrita é que eles não veem o que acontece fora do país, da mesma maneira como enaltecem de maneira insana aqui, como valorizam por demais o Lucas, dizendo que ele deveria ser titular no lugar do camisa 12 do Porto (ou será do Chelsea ou Tottenham...) Outro exemplo é do Bernard, dizem: "Como o Mano não o convocou para os jogos olímpicos?" Mas engraçado é que eles esquecem que o próprio técnico disse que na série de 4 jogos que fez com o selecionado, esses jogadores serviriam para o técnico definir quais seriam os 18 convocados, e o Bernard estava lesionado e o Atlético havia caído fora da Copa do Brasil para o Goiás em casa, com a torcida pedindo a cabeça do Cuca e o caos instalado no Atlético...
Irritante isso, não achas?!
Abraços!!!
Salve, Douglas!
O que mais me irrita é a ignorância desses profissionais. Só quem nunca viu o Hulk atuando no Porto é capaz de fazer observações desse tipo. Particularmente, até acho que o Brasil precisava mais de um zagueiro para atuar ao lado de Thiago Silva, mas se a opção era por um atacante acima da idade limite, então a melhor opção era mesmo o camisa 12.
Quanto ao Bernard parece ser um caso de incapacidade de enxergar o contexto recente. O ótimo jogador do Atlético não vinha sendo convocado e nem estava jogando tão bem para chamar a atenção de Mano há alguns meses. Logicamente, o técnico formou seu grupo sem ele. Mas, como ele está arrebentando justamente agora, criticam o Mano por não levá-lo. Sinceramente, não dou bola pra esses caras.
Abraços.
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