sábado, 17 de dezembro de 2011

O jogo mais esperado do ano.

Nem a final da UEFA Champions League, muito menos a decisão da Copa Libertadores chamaram tanto a atenção. Na última semana, só se falou de Santos e Barcelona. Basicamente, o debate gira em torno das chances do time brasileiro diante da melhor equipe do planeta.
Os santistas pensam no Barça desde o apito final da Libertadores. O Brasileirão para o clube praiano serviu basicamente como laboratório e recuperação de jogadores, sobretudo, de Paulo Henrique Ganso. O técnico Muricy Ramalho respondia a perguntas sobre o então possível adversário, mesmo em momentos em que a situação não tinha nada a ver com o Mundial de Clubes. Enquanto isso, os catalães continuaram sua rotina normal disputando Supercopa, La Liga, Copa del Rey e Champions League. No último sábado, a concentração estava toda voltada para o arquirrival Real Madrid, o que resultou numa vitória categórica no clássico e deixou a equipe em boas condições no campeonato.
Mas isso não significa desinteresse. Aliás, o discurso de Pep Guardiola e dos jogadores é o de valorização do torneio. Não restam dúvidas de que o Santos sonha muito mais com essa conquista, mas é um equívoco dizer que o Barcelona não se importa com ela. Portanto, as tentativas de desvalorização de uma eventual conquista brasileira, não devem passar do velho exercício de “pseudagem” tão comum nos dias de hoje.
E um eventual triunfo do campeão sul-americano passa pela maneira como time será armado e como a bola será trabalhada. Está claro que Muricy nem pensa em tentar tirar a posse do Barcelona. Muito menos, tentará marcar à frente durante muito tempo. Por tudo o que o comandante santista disse nos últimos meses, a estratégia é recuar, fechar os espaços mantendo a equipe o mais agrupada possível e, com a bola, tentar contragolpes rápidos sem tolher a capacidade de Ganso e Neymar. Na teoria, não é complicado. Na prática, como disse o treinador, Xavi e Iniesta podem abrir a defesa com sua irresistível troca de passes.
Muitos se preocuparam com a semifinal santista diante do Kashiwa Reysol, quando os japoneses tiveram mais posse de bola e finalizaram mais vezes. Talvez se esqueçam que diante de Cerro Porteño e Peñarol - rivais na semifinal e na final da Libertadores e que não eram nem sombra do Barcelona - o Santos também ofereceu a bola e tratou de contra-atacar em boa parte dos jogos. Obviamente, mais do que nunca, essa será a estratégia.
Por último, mas não menos importante, há o fator Neymar. Não, você não lerá aqui que o garoto está no nível de Messi ou Cristiano Ronaldo. Tem muito chão a ser percorrido antes disso. No entanto, a jóia da Vila é um fato novo para a defesa barcelonista. Provavelmente, Daniel Alves já marcou o camisa 11 em treinos da Seleção, mas não é a mesma coisa. E se houver o imaginado duelo com Puyol, Neymar pode conseguir superar o zagueiro em determinados lances e criar boas oportunidades. Se a chance do Santos existe, ela passa por seus pés.
E para você, o que Santos precisa fazer para vencer o Barcelona?           
Crédito da montagem: R7

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