quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A eterna Teoria da Conspiração.

A polêmica em torno do último clássico entre Cruzeiro e Atlético continua. Para muitos torcedores do Galo, a vitória por 6 a 1 foi entregue de bandeja ao rival que precisava vencer para escapar de vez da ameaça de rebaixamento. Para comprovar tal tese, os revoltados atleticanos citam uma declaração de seu presidente, Alexandre Kalil, logo após a partida e diversos boatos que pipocaram nas redes sociais de domingo para cá.
Após o jogo, Kalil, na emoção do momento, disse que até ele estava acreditando que seu time havia entregue o resultado, tamanha a apatia demonstrada em campo. Algum tempo depois, mais calmo, o dirigente disse à ESPN Brasil que a atuação era, na verdade, um desrespeito para com o clube e uma desmobilização diante da garantia de permanência na 1ª divisão conquistada rodadas antes. Disse também que houve uma festa durante a semana para comemorar o cumprimento dessa meta. Todavia, declarou que a premiação prometida ao elenco estava cancelada mediante o vexame em Sete Lagoas.
Já a teoria da conspiração tem muitas vertentes. Além da tradicional “mala preta”, especulam que a queda do Cruzeiro para a 2ª divisão acarretaria prejuízo financeiro para o Atlético tanto nas cotas de TV quanto no patrocínio do banco BMG e que, por isso, a queda do rival seria prejudicial.
De certo modo, a teoria dos atleticanos me lembrou a velha conversa - que é sustentada até hoje - de que a Copa de 1998 foi vendida aos franceses mesmo não havendo nenhuma prova de que isso aconteceu. Para este blogueiro, tudo isso não passa de choro de torcedor. Lamento de quem não aceita que derrotas acachapantes e/ou vexaminosas fazem parte do futebol. E para quem realmente crê que o Atlético Mineiro vendeu sua derrota, faço as seguintes perguntas:
1 – Se era algo combinado, por que levar uma goleada para chamar a atenção do País inteiro? Por que não começar a correr quando o placar estivesse, por exemplo, 2 a 0?
2 – Se a queda do arquirrival significaria prejuízo, o que dizer da não classificação para a Sul-Americana? Também não representa um prejuízo?
3 – No futebol, é possível “comprar” um árbitro, um goleiro e até alguns jogadores, mas um time inteiro e o seu treinador?    
Com a palavra, os teóricos da conspiração...       
Imagem: Lancenet

2 comentários:

Thiago Ribeiro disse...

concordo e muito com o blogueiro.

sobre o jogo de domingo.

sobre a final de 1998.

e não nos esqueçamos do de ontem, acachapantes 7 a 1 do Lyon no Zagreb.

já tem gente pedindo investigação...

Michel Costa disse...

A UEFA anunciou que não detectou nenhum sinal de manipulação nas casas de apostas, Thiago. No entanto, ao contrário do clássico mineiro, o saldo de gols tinha influência direta na classificação do Lyon. Não por acaso, já investigam o acontecido, embora não possamos esquecer que o D.Zagreb era o saco de pancadas do grupo.

Abraço.