domingo, 26 de dezembro de 2010

Leonardo é aposta.

A Internazionale confirmou na tarde de ontem que Leonardo foi o escolhido para suceder Rafa Benítez no comando técnico do clube. A princípio, o acordo entre o brasileiro e a Inter está firmado até 30 de junho de 2012, mas há a opção de ser prolongado por mais um ano.    
Particularmente, sempre considerei Leonardo muito acima da média dos ex-jogadores brasileiros. Articulado, carismático e fluente em vários idiomas, assim que pendurou as chuteiras deixou evidente a intenção de estudar e se aperfeiçoar. Em suas declarações, era fácil notar que ali havia um sujeito talhado para ser um dirigente esportivo realmente profissional e consciente de seu papel.
Todavia, não era possível observar muitos traços de que suas funções estariam ligadas ao banco de reservas. O curso concluído às pressas em Coverciano habilitou-o apenas como técnico de segunda categoria, mas o fato de já ter disputado uma Copa do Mundo concedeu-lhe uma permissão especial que, primeiramente, usou para poder comandar o Milan na temporada 2009/2010.
No comando do Milan, obteve 23 vitórias, 13 empates e 12 derrotas, um fraco desempenho que gerou rusgas com o mandatário dos Rossoneri, Silvio Berlusconi, responsável direto por sua indicação ao posto de treinador.
Preterindo nomes mais experientes à disposição no mercado como Frank Rijkaard e Walter Zenga, o presidente interista, Massimo Moratti, decidiu apostar em Leonardo, de quem é admirador confesso. Mas se por um lado o elenco nerazzurri dá mais opções do que aquele Milan fornecia, há também a pressão para que o time se recupere da incômoda sétima posição (com dois jogos a menos) na tábua de classificação. A chegada de alguns reforços (especula-se até mesmo Kaká) na próxima janela de transferências pode facilitar a vida do novo técnico. Porém, se essa aposta é mesmo a melhor escolha, só o tempo dirá.
Apesar da rivalidade com o Milan, Moratti sempre se deu bem com Leonardo.









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