O time ideal
Antes da demissão de Mano Menezes, havia a
impressão de que o treinador estava se aproximando do time ideal para a Seleção
Brasileira. Mesmo sem grandes resultados, Mano definiu grande parte dos
titulares e esboçou, sem consolidar, o estilo de jogo que gostaria de
implantar. Com a chegada de Luiz Felipe Scolari, é certo que algumas mudanças
ocorrerão e algumas medidas adotadas pelo ex-técnico devem ser deixadas de
lado.
A primeira mudança está no posicionamento. Mano
Menezes queria a equipe sempre à frente, marcando a saída de bola e recuperando
a posse o mais próximo possível do gol adversário. Na prática, essa postura
resultou em boas vitórias sobre Dinamarca (3 a 1) e Estados Unidos (4 a 1), mas
também acarretou derrotas para México (2 a 0) e Argentina (4 a 3), com os
rivais aproveitando os fartos espaços às costas da defesa. Com Felipão, a ideia
parece ser um time mais postado ou tradicional, com Ramires e Paulinho mais
próximos da defesa e meias recuando para fechar os espaços visando recuperar a
bola da intermediária para trás e assim ter mais campo para jogar, o que remonta
uma característica bem típica da escola brasileira.
Outra alteração está na volta de um centroavante
típico ao comando do ataque. Antes, Neymar chegou a ser testado como o homem
mais adiantado da Seleção. Mesmo assim, o santista não guardava posição, pois
continuava caindo pela esquerda ou recuava para buscar a bola e partir de
frente para a defesa. Agora, Luis Fabiano e Fred estão disputando a camisa 9
com Neymar de volta à ponta esquerda. Nesta posição, o jogador voltou a mostrar
problemas com a diminuição dos espaços e a distância para o gol. Se a intenção
do atual técnico for mantê-lo como a principal arma do time, é conveniente
rever esse posicionamento.
Todavia, o principal dilema está na presença de
Ronaldinho no onze inicial. No último amistoso contra a Inglaterra, o gaúcho,
pouco afeito à marcação, deixou os ótimos volantes britânicos livres para
construírem as jogadas expondo demasiadamente a segunda linha verde-amarela. No
segundo tempo, com Oscar centralizado na função de Ronaldinho, a Seleção ganhou
corpo e se apresentou melhor. Apesar da juventude, Scolari poderia testar uma
linha formada por Lucas, Oscar e Neymar atrás de um centroavante e ganhar em
dinamismo e movimentação. Caso o corintiano Alexandre Pato recupere sua melhor
forma, o Brasil poderia ter um sistema ofensivo rápido, habilidoso e
insinuante. Mesmo que falte experiência – que pode ser vista no sistema
defensivo – não faltará poder de fogo.
Os rivais
A CBF anunciou que a Seleção enfrentará o Chile duas vezes em 2013. Na primeira, no dia 24 de abril no Mineirão, o técnico Luiz Felipe Scolari não deve contar com atletas que atuam no exterior. Na segunda, 10 de setembro, o confronto voltará a se repetir, desta vez em São Paulo. Outros amistosos agendados são contra Itália (21/03), Rússia (25/03), Inglaterra (02/06), França (09/06) e Suíça (14/08), além da Copa das Confederações que será disputada entre 15 e 30 de junho.
De olho na Copa
Neste mês, o Maracanã começou a ganhar sua nova
cobertura e seus assentos, mas também sofreu com a paralisação das obras por
conta de um início de greve dos operários que reivindicam reajuste de
vencimentos e plano de saúde. Essa nova interrupção nas obras prejudica ainda
mais o cumprimento do cronograma de entrega do estádio, uma das sedes da Copa
das Confederações e da Copa do Mundo.
Confira abaixo o andamento dessas obras:
Obras concluídas: Belo Horizonte e Ceará;
Dentro do previsto: Brasília e Salvador;
Apresentando atrasos: Cuiabá, Porto Alegre e São Paulo;
Situação preocupante: Curitiba, Manaus, Natal, Recife e Rio de Janeiro.
Imagens: AFP, Reuters
3 comentários:
Na zaga testaria o Miranda no lugar do David Luiz; no meio campo, o Kaká no lugar do Oscar, mas aí mais como teste mesmo, pois no momento o jogador do Chelsea está melhor. No ataque é que acho ainda o Pato uma incógnita de desempenho. Acho que o Felipão está certo em tentar com jogadores mais tarimbados por ali. No restante é por aí mesmo, ainda que o Adriano na esquerda pode ser útil também por ser mais regular que o Marcelo.
Acho que os rivais podem ser equilibrados. Você pode testar o time contra equipes mais fracas de vez em quando, até para ganhar jogos e confiança, assim você varia, jogos mais "cascudos" e outros menos.
Se a FIFA fosse menos política e com mais seriedade, essa palhaçada na entrega de muitas obras já teria sido punida no Brasil, mas talvez, para alguns lá, seja até interessante esse atraso de alguns locais. Pelo "espetáculo" de reinauguração do Mineirão, podemos dizer até que a obra não estava 100% pronta,rs...
A citação de Pato foi a única liberdade que eu me dei quando esbocei uma seleção com os prováveis jogadores que Felipão utilizará nos próximos meses. Pra mim, em forma, o corintiano é superior a Fred e Luís Fabiano. Vamos ver se o técnico também pensa assim... hehe
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