segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Boas Festas


Com o ano de 2012 se aproximando do fim, chegou o momento de agradecer aos leitores do “Além das Quatro Linhas” pela audiência e interatividade com este blogueiro. Sem dúvida este não foi um ano comum. O Chelsea venceu a Liga dos Campeões pela primeira vez, o Corinthians conquistou a tão almejada Libertadores e Lionel Messi se consolidou de vez como o grande craque desta geração estabelecendo marcas quase extraterrestres. O que realmente se manteve ordinário foi o comando do futebol brasileiro, sempre nas mãos de amadores da pior espécie.
Na oportunidade, gostaria de agradecer nominalmente aos amigos com que sempre estou interagindo no blog ou nas redes sociais:
Alexandre Aníbal, Alexandre Rodrigues Alves, André Chasee, André Rocha, Arthur Crispin, Arthur Barcelos, Augusto César, Braitner Moreira, Bruno Amato, Daniel Leite, Danilo, Darcio Vieira, Dassler Marques, Douglas Muniz, Eduardo Rocha, Erik de Oliveira, Fabiano Dias, Fabio Martelozzo, Felipe Lobo, Fernando Clemente, Guilherme Siqueira, Gustavo Carratte, Gustavo Hofman, Igor Rufini, Ismail Filho, João Daniel Araújo, João Pedro Caniço, Joe William, Johnny, Júnior Marques, Lédio Carmona, Leonardo Bertozzi, Leonardo Prado, Leonardo Rossatto, Leonardo Victorino Netto, Luciano Fitochi, Lui Moreno, Luis Fernando, Marcus Buiatti, Mozart Maragno, Murillo Moret, Nelson Oliveira, Pedro Cheganças, Pedro De Luna, Pedro Venâncio, Philippe Dutra, Rachel Morandi, Rafael Andrade, Rafasangui, Riccardo Joss, Rodolfo Machado, Rodolfo Moura, Rogério Jovaneli, Thiago Ribeiro, Thomas de Carvalho, Vinícius Franco, Vitor Sérgio Rodrigues e Yuri Barros. Além de todos aqueles que curtiram o blog no Facebook e seguidores no Twitter.
Muito obrigado a todos. Neste momento, o blog terá um breve período de recesso, retornando no final de janeiro com a coluna “Contagem Regressiva” trazendo a repercussão da primeira convocação de Felipão nesta volta ao comando da Seleção Brasileira.
No mais, gostaria de desejar a todos um feliz Natal e um ano de 2013 repleto de paz, saúde e realizações.
Até a próxima!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Palpites para as Oitavas-de-final da UEFA Champions League 2012/13

A UEFA sorteou em Nyon, Suíça, os confrontos das oitavas-de-final da UEFA Champions League 2012/13. No direcionamento do sorteio, equipes que se enfrentaram na fase de grupos ou do mesmo país não podem ser alinhadas no chaveamento.
Como já se tornou tradição no blog “Além das Quatro Linhas” chegou o momento de uma breve análise dos embates e de apontar os favoritos (em negrito) em cada duelo onde os primeiros colocados de cada grupo aparecem na primeira posição:
Schalke 04 x Galatasaray – Talvez o confronto com maior grau de imprevisibilidade desta fase. Contudo, a demissão do técnico Huub Stevens mostra que o momento do Schalke não é dos melhores. Portanto, a aposta é que a equipe do brasileiro Felipe Melo pode repetir o feito do rival Fenerbahçe em 2008 e também alcançar as quartas;
Juventus x Celtic – Aqui o favoritismo é todo da Vecchia Signora. Consistente, o time comandado por Antonio Conte conheceu poucas derrotas na temporada e ainda está invicto na UEFA Champions League. Passa a Juve;
Bayern x Arsenal – Em comparação com a temporada passada, é possível dizer que o Bayern melhorou enquanto o Arsenal caiu de produção com a saída de jogadores como Song e, sobretudo, Van Persie. Amplo favoritismo alemão;
Borussia Dortmund x Shakhtar Donetsk – Duelo das equipes que mostraram o futebol mais atraente da fase de grupos. Como está a alguma distância da disputa pelo título da Bundesliga, é provável que os aurinegros foquem a disputa continental para quem sabe alcançar sua primeira final desde 1997;  
Barcelona x Milan – Duas das agremiações mais vencedores do planeta se reencontram em situação totalmente diversa. Enquanto o Barça lidera La Liga com folga, só agora os Rossoneri dão sinais de recuperação na Serie A. E, com a atual fase de Messi, não há muito que pensar na hora de apontar o provável classificado;
Manchester United x Real Madrid – Sem dúvida, o confronto mais “pesado” desta fase. Em termos de elenco, os Merengues levam. Por outro lado, o momento vivido pela equipe de José Mourinho é o mais turbulento desde a sua chegada. Mesmo assim, aposto na consistência, sobretudo do meio-campo, do time espanhol;
Paris Saint-Germain x Valencia – Campeão do grupo A, o PSG possui um dos elencos mais fortes da Europa e ainda receberá reforços na próxima janela de transferências. O primeiro deles já foi anunciado: Lucas, ex-São Paulo. Enquanto isso, na 11ª posição do campeonato espanhol e de técnico (Ernesto Valverde) recém-contratado, o Valencia ainda procura se organizar. Portanto, avança o time de Carlo Ancelotti;   
Málaga x Porto – Apesar da primeira colocação num grupo que continha Milan e Zenit, o Málaga deve sentir a experiência internacional do Porto. Favoritismo português neste último duelo.
Na ocasião, aproveitei para eleger minha equipe ideal do ano de 2012 que, depois de pronta, notei que havia bastante diversidade nas escolhas. A Espanha foi o único país a ter mais de um representante com os barcelonistas Jordi Alba e Andrés Iniesta. Confira abaixo meu “XI ideal” que teria o comando de Vicente Del Bosque:
E para você, quais são os favoritos em cada confronto?

Foto: AFP

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Contagem Regressiva: Dezembro de 2012

Para um fanático por futebol, Copa do Mundo é muito mais do que um evento esportivo. É um período para se tirar férias do trabalho e só sair de casa para tratar de assuntos estritamente necessários. São semanas mágicas, onde um jogador consegue deixar o mundo mortal para fazer parte do panteão dos Deuses da Bola e, de quebra, transformar um país inteiro numa grande festa. É uma época para se rir, chorar, se emocionar. Enfim, é um momento que será guardado para sempre em nossos corações...
Erros e acertos
Quando perguntado sobre como será sua versão da Seleção Brasileira, o técnico Luiz Felipe Scolari preferiu não entrar em detalhes. “Tenho um processo mental de visualizar os atletas que poderão ser convocados já nesse primeiro amistoso e tenho uma ideia de colocação em campo. Mas quando eu receber todos os jogadores pode ser que eu modifique alguma coisa”. E não disse muito mais. Talvez porque, além de recém-chegado, Felipão enfrentava o drama de ter sua mãe internada e que, infelizmente, veio a falecer no último dia 3 aos 89 anos.
Portanto, tentar projetar o que o novo treinador da Seleção deseja é um simples exercício de imaginação e com boa chance de conclusões equivocadas. Assim, este colunista prefere aguardar o primeiro chamado antes de formular qualquer opinião do que será esta nova passagem. Contudo, talvez tenha faltado neste espaço uma análise mais consistente do trabalho desenvolvido pelo antecessor Mano Menezes. Entre erros e acertos, Mano deixou um esboço de time que pode ser aproveitado por Scolari, embora esteja claro que mudanças ocorrerão.
Em pouco mais de dois anos à frente da Seleção, o ex-técnico procurou alterar a filosofia do selecionado com vistas à necessária imposição de jogo que uma equipe que sediará um Mundial precisará e ainda promover o rejuvenescimento do grupo. De início, já no primeiro amistoso, Mano trocou praticamente todos os titulares que perderam para a Holanda nas quartas-de-final da Copa de 2010. Dos onze, apenas Daniel Alves (que substituía Elano) e Robinho permaneceram. Enquanto os reservas Thiago Silva e Ramires ganharam espaço. A vitória por 2x0 e o futebol auspicioso mostrado na ocasião provocaram ótimas reações na torcida e na imprensa.
No entanto, a nova equipe ainda não estava preparada para desafios mais pesados. Após derrotas para França, Argentina e Alemanha, além do fracasso na Copa América, ficou evidente que a renovação não poderia ter sido tão radical. A rigor, durante quase todo o período em que Mano Menezes esteve no comando, grande parte da responsabilidade esteve sobre os ombros de Neymar, um garoto que estreou aos 18 anos. Não havia vestígio do time competitivo que Dunga havia montado. Era uma Seleção partindo do zero e pagando o preço pela inexperiência do grupo. Se alguém tentar encontrar paralelo semelhante noutro selecionado provavelmente não encontrará.
Equívocos à parte, Mano acertou na mudança no sentido de jogo da Seleção. A versão montada por Dunga era um time essencialmente de contra-ataque. Como o Brasil jogará em seus domínios em 2014, precisará propor o jogo e não especular em falhas dos adversários. Outra mudança positiva foi a escalação de dois volantes capazes de marcar e armar ao mesmo tempo, mudando que parecia ser um dogma no futebol brasileiro. Porém, em campo, os resultados estiveram longe de ser satisfatórios. Se o momento para a demissão não foi o ideal, razões para a dispensa também não faltaram.
Em 2013, Felipão começará um novo trabalho, mas encontrará uma base montada. Experiente que é, não deverá repetir os erros de seu antecessor e, num primeiro momento, deverá manter o que vinha sendo feito. Como no futebol a última mensagem é a que fica, muitos encaram a passagem pelo turbulento Palmeiras como referência. Particularmente, acredito que os trabalhos nas seleções de Brasil e Portugal são um parâmetro melhor. Embora, logicamente, isso não signifique garantia de sucesso.                    
De olho na Copa
A Arena Castelão em Fortaleza foi o primeiro estádio a ser inaugurado para a Copa das Confederações e Copa do Mundo. Na cerimônia em terras cearenses, estiveram presentes a Presidenta Dilma Rousseff e o ministro dos esportes, Aldo Rebelo. No próximo dia 21 será a vez do Mineirão reabrir seus portões para a solenidade de inauguração e um show da banda Jota Quest. Com isso, restarão obras em apenas dez sedes. Confira abaixo o andamento dessas obras:         
Dentro do previsto: Brasília e Salvador;  
Apresentando atrasos: Cuiabá, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo;
Situação preocupante: Curitiba, Manaus, Natal e Recife.
Imagens: CBF e globoesporte.com

domingo, 16 de dezembro de 2012

O Corinthians ganhou quando jogou

A vitória do Corinthians por 1x0 sobre o Chelsea teve como principal marca a coesão tática sempre caracterizou a equipe comandada pelo técnico Tite. Durante quase toda a partida o Timão conseguiu neutralizar as principais armar dos Blues e, quando isso não aconteceu, os ingleses esbarraram numa apresentação majestosa de Cássio. Porém, pouco foi dito que a vitória alvinegra se materializou no gol de Paolo Guerrero justamente no momento em que o time brasileiro decidiu que com a bola era preciso jogar.
Após um início de primeiro tempo nervoso – explicável para quem mentalizou um confronto durante cinco meses – o Corinthians conseguiu colocar a bola no chão e criar algumas oportunidades. Mas apenas na segunda etapa, quando acreditou que era possível vencer, quando tratou o Chelsea como um igual e passou a tocar a bola de forma mais consciente é que encontrou espaços e construiu o gol que seria determinante para o resultado final.
Durante anos, o futebol brasileiro discutiu se os craques (leia-se meias e atacantes) também precisavam marcar. Que talento sem organização não era mais suficiente. Contudo, quando descobriu essa obviedade, se esqueceu de algo tão óbvio quanto: com posse da bola, era preciso jogar! Esse princípio básico do esporte está em segundo plano para a maior parte de nossos treinadores que não percebem que uma coisa não existe sem a outra.
É justamente esse entendimento que a Europa encontrou há alguns anos. Organizar-se em campo, diminuir os espaços e retomar a bola é obrigação de quem está sem ela. Porém, ter o jogo aos seus pés também é necessário. O Barcelona provavelmente é o exemplo mais bem acabado do que significa marcar e jogar com a máxima eficiência. O que não significa, claro, que todas as equipes precisam ter a mesma filosofia dos catalães, embora todas precisem entender que é preciso jogar. Durante muito tempo ouviremos que o Corinthians venceu o Chelsea porque marcou bem, mas um dia perceberemos que ele não teve sua meta vazada porque marcou bem e abriu placar porque decidiu que aquele que tem a bola precisa jogar.
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Corinthians, o time mais brasileiro

Como era imaginado, Corinthians e Chelsea farão a final da Copa do Mundo de Clubes da FIFA no próximo domingo. Embora o time londrino seja ligeiramente favorito no confronto, o Timão entrará no gramado do Estádio Internacional de Yokohama trazendo um elemento que poderá ser a chave do confronto: Sua coesão tática. Ao contrário de um passado em que os times brasileiros tinham como marca registrada a técnica e a habilidade, o Corinthians se destaca pela maneira como consegue adiantar sua marcação, diminuir os espaços e jogar no erro do adversário. Com a bola, a equipe comandada pelo técnico Tite encontra-se mais ou menos na média dos principais times do País.
Gustavo Grabia, jornalista argentino e autor de “La Doce”, livro que conta a violenta história dessa organizada do Boca Juniors, dias depois da vitória do Corinthians sobre os Xeneizes foi sincero ao dizer que o Corinthians não era um grande time, mas um bom time. Uma equipe capaz de executar a risca todas as ações determinadas por seu treinador, mas sem tanto brilho individual. Ou como definiu o técnico do Santos, Muricy Ramalho, o Corinthians não é espetacular, embora tenha um “objetivo forte”. Em outras palavras, o Corinthians é competitivo, mesmo sem ser brilhante.
O mais curioso é que ver sua equipe atuando como o campeão sul-americano é o sonho de nove entre dez treinadores brasileiros. Basta ouvir as coletivas e a toda filosofia corintiana estará lá: intensidade, marcação, diminuição de espaços, erro do adversário, tudo como manda a cartilha dos nossos professores. O grande mérito está em saber executar essas diretrizes como faz o Corinthians. Não são muitos os que conseguem. O maior pecado é a pouca preocupação com o futebol bem jogado, com a bola trabalhada e com a colocação da técnica em primeiro plano, outra marca registrada, mas de um futebol brasileiro pouco avistado em nossos campos.
Não por acaso, a imprensa internacional, sobretudo a britânica, não se impressionou com a “novidade” chamada Corinthians. Para eles, ver equipes cumpridoras é algo corriqueiro na Europa. Basicamente, assim vivem os médios e pequenos times do Velho Continente. Muita aplicação e transpiração, pouca inspiração. Inspiração que um dia sobrou por nossas bandas, mas que, erroneamente, foi trocada e não somada às exigências táticas e físicas do futebol moderno. Enquanto essa reinterpretação histórica não ocorre, o Corinthians seguirá como espelho para as equipes nacionais. Um reflexo de algo bem feito, mas que não espelha o que gostaríamos de ser.
Imagem: AFP

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Da admiração ao pó

Tenho conhecimento do episódio relatado abaixo há alguns anos. Trata-se daquele tipo de situação que mesmo não acontecendo contigo praticamente obriga a colocação no lugar das pessoas envolvidas. Ao contrário do meu amigo que gentilmente cedeu essa passagem de sua vida para o “Além das Quatro Linhas”, nunca fui um grande entusiasta do trabalho de Juca Kfouri. Nada a ver com a imagem que ele passa, mas tudo a ver com o pouco que ele acrescenta. Os nomes dos dois jovens que hoje se tornaram jornalistas da melhor qualidade não serão revelados. No entanto, sempre acreditei que essa história precisava ser contada. Talvez porque ela ajude a desmistificar certas coisas...
"Ainda lembro como se fosse hoje: um amigo acabou me acompanhando em uma viagem à redação de um conhecido site esportivo em São Paulo. Cruzamos inclusive com o Daniel Kfouri, filho do Juca, por lá e na sequência fomos até o Pacaembu para conhecer o Museu do Futebol (que estava sendo inaugurado naquela semana). Para nossa surpresa, logo na entrada cruzamos com o Juca acompanhado do mesmo filho, subindo uma escadaria que fica logo na entrada e exibe uma apresentação virtual do Pelé como anfitrião do museu.
Não pestanejamos em falar com ele, até porque para dois moleques que ainda cursavam a faculdade de jornalismo no interior paulista aquela parecia uma oportunidade única. Tenho certeza de que era evidente o brilho em nossos olhos. Recordo que meu amigo estava com uma câmera fotográfica na mão e já chegamos explicando que ele se tratava de uma grande referência na profissão que escolhemos. Uma imagem, um aperto de mão, uma palavra, qualquer coisa já seria muito para nós.
Pois bem... A repulsa do cara foi a mesma de um elitista abordado por mendigos na rua. Ele se recusou a nos cumprimentar e se afastou como se estivéssemos sujos, bêbados ou coisa do tipo. Olhávamos para o filho dele na esperança de que ele nos reconhecesse, mas o sujeito de lenço preto no pescoço demonstrava a mesma indiferença arrogante do pai. Meu amigo ainda tentou tirar uma foto, registrando o momento que hoje fazemos questão de esquecer, mas com uma entonação bastante áspera, Juca bradou: ‘Vocês podem me dar licença? Na saída eu posso até falar com vocês, mas agora me deem licença!’.
Eu sei como é, pessoa famosa em lugar público, mas nada justifica a grosseria daquele instante. Confesso que poucas vezes eu fui tão humilhado na minha vida. Parecia que estávamos insultando o cara e não ressaltando nossa admiração por sua figura. Eu e meu amigo permanecemos atônitos, tentando entender o que havia acontecido ali. Caía a máscara que esse sujeito, de fato, sempre usou! Juca parecia até aqueles pop stars de Hollywood, bem diferente do senhor de sorriso simpático que cresci assistindo com meu avô no antigo Cartão Verde da TV Cultura. O cara que eu aprendi a admirar desde a infância, lendo à revista Placar (o que posteriormente se tornaria meu passaporte para o jornalismo). 
Teríamos feito algo errado? Seria essa a postura das personalidades envolvidas com o futebol nacional? Pensei nisso durante anos e hoje, tendo a oportunidade de conhecer outros ídolos da modalidade, sei que não! Meu amigo em questão, que atualmente é repórter de uma grande rede de televisão e convive diariamente com estrelas da mesma dimensão, tem a mesma certeza! Agora sabemos que não se poderia esperar muito de alguém oriundo de um meio privilegiado, apegado a panelas corporativistas e que não se pauta necessariamente pela coerência em suas falas."
Desde que soube desse episódio nunca mais li e ouvi Juca Kfouri da mesma forma. Mesmo não havendo uma conexão direta, ficava pensando como alguém que sempre se mostra preocupado com o destino do futebol brasileiro pode ter, ao mesmo tempo, um comportamento como esse. Numa de suas últimas colunas na Folha de São Paulo, Juca diz que gostaria de ter alguém com o caráter de Tostão em seu time. De minha parte, gostaria que houvesse mais Tostões no jornalismo.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Question – Premiação

Conforme informado anteriormente, o vencedor da sexta edição do Question tinha o direito de escolher o livro sobre futebol que gostaria de receber do blog “Além das Quatro Linhas” a partir de uma lista pré-determinada ou indicar outra obra de sua preferência.
Deste modo, o campeão Leonardo Victorino Netto escolheu “Como o Futebol Explica o Mundo – Um Olhar Inesperado Sobre a Globalização” do norte-americano Franklin Foer. Uma obra obrigatória para a estante de qualquer fanático por futebol.  
Na oportunidade, agradeço a todos que participaram desta série e reitero o convite para a sétima edição.
Grande abraço!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Apenas diferentes

A festa da torcida do Corinthians no embarque da delegação para a disputa do Mundial de Clubes da FIFA e a presença de 20 mil torcedores do clube no Japão mostra o quão importante é esse torneio para um time brasileiro. Por aqui, seguimos a lógica de que a competição é o ápice para uma agremiação, uma Copa do Mundo dos clubes, mesmo quando ainda não possuía a chancela oficial e reunia apenas os campeões de América do Sul e Europa.
Seguindo essa lógica, os maiores clubes brasileiros projetam vencer ou ficar bem classificados no Brasileiro, ou levantar a Copa do Brasil, para então conquistar a Copa Libertadores e alcançar a tão sonhada vaga no Mundial. Um raciocínio bastante lógico, mas que não é acompanhado pelos times europeus, em especial os ingleses, que não encaram o Mundial como o mesmo interesse. Ressalta-se a peculiaridade dos ingleses, uma vez que não são todos os países do Velho Continente a encarar o Mundial de Clubes com desdém. Para ficar em dois exemplos, o Milan desfilou em carro aberto após o título de 2007, enquanto Guardiola chorou copiosamente quando foi campeão em 2009 com o Barcelona. Italianos e espanhóis sempre deram relativa importância.
No entanto, como mostram as notícias que vêm de Londres, o interesse da imprensa britânica, dos torcedores do Chelsea e até da comissão técnica dos Blues é bem pequeno. Poucas referências nos jornais, pouca informação entre a torcida e para o novo técnico Rafael Benítez o foco está no apagar do “incêndio” provocado pela saída de Roberto Di Matteo e sua própria contratação. Até o embarque para o Oriente, todas as atenções estarão voltadas para temas mais urgentes. A maneira como o Chelsea se comportará na competição ainda é uma incógnita. Afinal, pode acreditar que um título faria bem aos ânimos e se entregar em campo. Por outro lado, pode confirmar o desinteresse e atuar de maneira apenas protocolar.
Sem dúvida, Corinthians e Chelsea vão encarar o Mundial de maneira diferente. Cada um dentro de sua própria realidade e vivendo as particularidades de seus atuais momentos. Não há maneira certa ou errada. Há apenas a constatação de visões diferentes sobre o mesmo torneio. Enfatizar a todo o momento o desinteresse dos ingleses como uma forma de desmerecer um eventual título corintiano é apenas uma forma intelectualmente desonesta de desvalorizar a conquista alheia. Bem mais nobre seria contextualizar a maneira como as principais ligas lidam com a disputa do torneio. Mas isso deve dar trabalho.           
Imagem: talkSPORT

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A4L Tube.

Encontre sua grandeza  
Depois de um bom tempo emendando filmes publicitários sem graça, a Nike voltou a acertar. O vídeo “Encontre Sua Grandeza”, além de passar uma mensagem legal, também reúne esportistas conhecidos (destaque para Neymar e Anderson Silva) em situações de insinuam reflexão e pressão.
Ainda não viu? Clique no player e curta!
Descobriu algum vídeo interessante ou engraçado cujo tema é futebol? Mande-o para meu e-mail: a4l@bol.com.br, colocando no assunto “A4LTube”. Ele poderá ser publicado aqui!