domingo, 29 de maio de 2011

Mais páginas para a história.

Costumo dizer que para um fanático por futebol a final da UEFA Champions League se equivale ao Natal. No momento em que a bola rola para a decisão europeia, nada mais importa além daquele verdadeiro desfile de craques. E ainda mais para este blogueiro que acompanha a maior competição de clubes do mundo desde 1994. E ontem, é claro, não foi diferente.
Prefiro não usar este espaço para fazer uma crônica da decisão que envolveu Barcelona e Manchester United. Se você estava noutra galáxia na tarde de sábado, sugiro que procure um VT na ESPN ou clique aqui para ver os melhores momentos. Pois, a ideia agora é falar sobre o que significou a partida disputada no solo sagrado de Wembley...
A Final: Apesar de cercada por uma grande expectativa, não incluo a final de 2011 entre as melhores que vi. Em termos de imposição de um time sobre outro, a vitória do Milan por 4x0 sobre o próprio Barcelona foi mais acachapante. Em termos de emoção, não se comparou a United 2x1 Bayern em 1999. E, quanto o assunto é técnica, a final de 2009 envolvendo as mesmas equipes deste ano foi melhor. Porém, este confronto entrará para história como a afirmação do Barcelona como um dos melhores times de todos os tempos.  
Manchester United: Confesso que me surpreendi com o ousado 4-4-2 que Sir Alex Ferguson colocou em campo. Diante de uma equipe cujo toque de bola é a maior característica, esperava o retorno do 4-2-3-1 - que Fergie sempre lançava mão em clássicos locais ou em fases finais de Champions League - com dois volantes, Giggs mais à frente e Rooney como único atacante. Um equívoco do experiente treinador que parece não ter seguido os prováveis conselhos que recebeu de José Mourinho.
Em tempo: Constatar os equívocos de Ferguson na escalação e na armação de seu time não significa redimensionar a força do Barcelona, muito menos dizer que atuando de outro modo não seria derrotado. Significa apenas que o escocês poderia ter interferido mais no toque de bola barcelonista, além daquele pressing inicial.      
Messi: Um gênio. Topo da minha lista de grandes jogadores que vi atuar, ao lado de monstros como Ronaldo e Zidane. Um iluminado que nunca se cansa de surpreender e decidir. Em 2010/11, só pelo Barça, foram 53 gols e 24 assistências em 55 jogos. Um assombro. Um nome para figurar entre os maiores de sempre. E pensar que ele tem apenas 23 anos.
Barcelona: Daniel Alves definiu bem. Só teremos a medida do que este Barça representa para o futebol quando este se desmanchar. Mas, não é difícil imaginar que estará ao lado de clássicos como o Real Madrid de Di Stefano, o Santos de Pelé, o Ajax de Cruyff e o Bayern de Beckenbauer. Assim, vamos deixar que o tempo nos diga isso. Por enquanto, eu só quero aproveitar.
Crédito da foto: UOL.

sábado, 28 de maio de 2011

Pontos e Vírgulas.*

Coluna destinada a comentar as opiniões emitidas pelo órgão responsável pela chegada de informações ao público aficionado pelo futebol: a imprensa esportiva. Afinal, bem ou mal, é através dela que tomamos conhecimento de (quase) tudo o que cerca o mundo da bola.
Jornalismo de conveniência.
Há algumas semanas, Tiago Leifert, apresentador do Globo Esporte, declarou em entrevista ao fotógrafo J. R. Duran que a sua emissora não noticia eventos esportivos cujos direitos pertencem às concorrentes:
Na hora de conversar sobre direitos esportivos a gente tem que perder o romantismo. Eu sou muito cobrado: ‘Por que você não fala de Fórmula Indy?’ Simples: porque eu não tenho o direito de falar de Fórmula Indy, meu amigo! Existe uma ideia errada de que a Globo tem que falar de tudo porque o cara quer ver tudo na Globo. Meu amigo, muda de canal pra ver a sua notícia! Não tem Fórmula Indy na Globo, não vai ter Panamericano na Globo, não vai ter Olimpíada na Globo! Essa cobrança é puro romantismo! A gente tem que perder essa mania de achar que tudo é uma força do mal. Não é isso, é negócio. Quem paga mais leva e quem leva exibe.”
Na última quarta-feira, foi a vez do apresentador do Redação Sportv, André Rizek, se defender das cobranças de que a Globo estaria omitindo a notícia veiculada pela BBC que acusa o presidente da CBF Ricardo Teixeira e o ex-presidente da FIFA João Havelange de terem recebido propina da falida ISL: “Quando for relevante e tiver grande repercussão na mídia, o fato sempre estará no Redação. Não faço campanhas, faço jornalismo. Não menosprezo quem aposta neste assunto, não. Respeito. Mas, desqualificar quem optou por outros destaques em sua pauta é ridículo. Amigo, sinto frustrá-lo… Mas a BBC infelizmente está noticiando algo que ocorreu em julho de 2010.”
Não é preciso ser formado em jornalismo para perceber o quanto essas declarações são absurdas. No primeiro caso, se a Globo não tem direitos sobre determinado evento, isso não significa que ela deva ignorá-lo. Os Jogos Olímpicos, por exemplo, são simplesmente o maior evento esportivo do mundo. Não é possível passar por cima como se eles não existissem. Mesmo que os direitos pertençam à Record, os recordes, os resultados e as notícias mais relevantes devem ser veiculados na Globo sim, mesmo que isso signifique fazer propaganda para a concorrência. E como estamos tratando de um programa esportivo não é uma questão de escolha, mas uma obrigação jornalística.
No caso da omissão das denúncias feitas pela BBC, ao contrário do que Rizek disse, o fato é relevante e atual porque trouxe à tona o nome do atual presidente da CBF como um dos envolvidos no esquema de propinas montado pela ISL. Um fato novo, visto que a emissora britânica ainda não havia noticiado o envolvimento de Teixeira e Havelange.
Essa postura remete a 2001, última vez que alguma atração global denunciou Ricardo Teixeira, quando o programa Globo Repórter exibiu um dossiê que fazia diversas acusações ao dirigente. Na ocasião, além da crise diante da possibilidade do Brasil ficar fora da Copa de 2002, havia a dificuldade de renovação dos direitos televisivos do futebol brasileiro.
De lá para cá, a relação entre Globo e CBF praticamente não viveu mais turbulências. E mais: a emissora age como espécie parceira da entidade máxima quando o assunto é o Mundial de 2014. As críticas silenciaram, os privilégios se tornaram ainda maiores e as denúncias são varridas para debaixo do tapete. Para os executivos globais, a CBF é antes de tudo um parceiro comercial. A entidade vende o nosso futebol e quem o repassa ao público não quer desvalorizá-lo nem entrar ao atrito com o parceiro. Como disse Tiago Leifert no trecho acima, a era do romantismo acabou. Hoje tudo é negócio. Jornalismo? O que é isso mesmo?
Crédito da Imagem: J. R. Duran
*Em virtude da publicação desta coluna voltada para o jornalismo, a série “Tipos de Jornalista Esportivo” retorna na próxima semana.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Lembra desse?!

Aquele lance ou momento que você, por um motivo ou outro, nunca esqueceu.
43 do 2º tempo.
Tudo bem, era apenas um Estadual. Além disso, era a terceira conquista consecutiva do Flamengo no Campeonato Carioca. Ou seja, uma análise fria diz que comemorar o gol de falta marcado por Dejan Petkovic contra o Vasco em 2001 depois de 10 anos é um exagero. Mas não é. A carga dramática daquela partida, o rival forte e em vantagem no confronto, a falta sendo marcada nos minutos finais, tudo isso deu ao golaço de falta anotado pelo sérvio uma aura quase mística.
Não me envergonho em dizer que aquele momento está entre as maiores alegrias que o futebol me proporcionou. Quando o camisa 10 ajeitou a bola, de alguma forma, eu sabia que aquela bola entraria. Algo que não consigo explicar o quê me dava essa certeza. Talvez por isso e não tirei os olhos da TV nem por um segundo. A bola sim, saiu do enquadramento da câmera por uma fração de segundo. Tudo para voltar no ângulo do goleiro Hélton que nada pôde fazer.
Inesquecível...
Você conhece alguma história interessante sobre o mundo da bola?
Mande-a para meu e-mail: a4l@bol.com.br e coloque no assunto: 'Lembra desse?!' e ela poderá ser publicada aqui!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Estranhas Seleções.

Sempre após as competições, surgem as famosas seleções do campeonato. Normalmente, esses selecionados geram discussões acaloradas, onde um ou mais jogadores invariavelmente são injustiçados.
Como bom louco por futebol, costumo escalar mentalmente as mais diversas e estranhas seleções. Da melhor à pior. Aliás, esse é um bom passa-tempo para esperar o sono chegar.
Algumas delas faço questão de divulgar. Talvez rendam um bom debate ou boas risadas...
Seleção “Me engana que eu gosto”.
E Seedorf não vem. Ao renovar com o Milan por mais uma temporada o holandês acabou frustrando os planos (ou seriam sonhos?) de Corinthians, Botafogo e Flamengo, clubes brasileiros que desejavam sua contratação.
Esse episódio provocou lembranças de outras negociações do futebol brasileiro que, por um motivo ou outro, não se concretizaram. São tantas que acabaram formando uma seleção...
Michel Preud'Homme (Fluminense): Chegou a procurar escola para suas filhas no Rio de Janeiro. No fim, o lendário arqueiro belga permaneceu no Benfica;
Carlos Secretário (Portuguesa): Ex-lateral de Porto e Real Madrid, foi anunciado na Portuguesa na década de 1990; 
Marius Trésor (São Paulo): Foi o sonho de consumo do São Paulo após o Mundial de 1982;
Nicola Berti (Fluminense): Militando na Terceira Divisão do futebol brasileiro, o Tricolor das Laranjeiras flertou com o finalista da Copa de 1994;
Paolo Monteiro (Internacional): O recordista de cartões vermelhos na Serie A italiana esteve na órbita do Colorado após deixar a Vecchia Signora;
Guti (Corinthians): Ex-companheiro de Ronaldo na Real Madrid, foi especulado no Timão em 2009;
Clarence Seedorf (Corinthians, Botafogo e Flamengo): O Timão anunciou que tinha um pré-contrato assinado pelo holandês. Poucas horas depois, o Milan anunciou um acordo com o meia por mais uma temporada;
Zinedine Zidane (Corinthians): Mais uma do time de Parque São Jorge. O mais incrível é que o francês havia se aposentado três anos antes do boato!
Diego Maradona (Santos): Até Pelé se envolveu na campanha santista para que El Pibe vestisse a mítica camisa 10 do alvinegro praiano;
Luís Figo (São Paulo): O que parecia apenas uma brincadeira do técnico Emerson Leão tomou ares de verdade quando… bem, não tomou, mas noticiaram assim mesmo;
Gabriel Batistuta (Flamengo): Muitos rubro-negros sonharam com o argentino balançando as redes adversárias com a camisa 9 às costas. Ficou só no sonho.
Técnico – Michel Hidalgo (São Paulo): Campeão da Euro 84 pela França, Hidalgo foi desejado pelo Tricolor na década de 1980. 
E você, lembra de outras negociações ou especulações que não vingaram?
Crédito da Imagem: AFP

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A4L Tube.

Valeu, Salsicha!
A final da UEFA Champions League 2010/11 marcará a despedida de um dos maiores goleiros que vi atuar. Aos 40 anos, Edwin Van der Sar pendurará as luvas depois de 20 anos de carreira e 27 títulos. Entre eles, dois troféus continentais conquistados por Ajax e Manchester United que podem se somar a um terceiro, caso os Red Devils vençam o Barcelona no próximo sábado.   
Como forma de homenagem, o “Além das Quatro Linhas” deixa um pequeno tributo a essa verdadeira lenda dos gramados...

Descobriu algum vídeo interessante ou engraçado cujo tema é futebol? Mande-o para meu e-mail: a4l@bol.com.br, colocando no assunto “A4LTube”. Ele poderá ser publicado aqui!

domingo, 22 de maio de 2011

Tipos de Jornalista Esportivo.


Baseado na série de posts do blog de Maurício Stycer intitulada Tipos de Leitor – espaço onde o jornalista destrincha os habitantes da blogosfera – o “Além das Quatro Linhas” abordará os diferentes tipos de jornalistas das mais diversas mídias. Mas, como este blogueiro se limita ao assunto futebol, vamos manter o foco apenas nos jornalistas esportivos...
O Intelectualmente desonesto.
Poucos tipos de jornalista são tão nocivos ao seu público quanto esse. Isso porque ele induz as pessoas a concordarem com suas “teses” mesmo que seus argumentos sejam parciais ou não estejam bem fundamentados. Para tanto, faz uso de apelos emocionais, exagerados ou ignora contrapontos na construção de seu raciocínio.
No jornalismo esportivo, a desonestidade intelectual é usada das mais variadas formas. Na mais comum, o jornalista faz uso de argumentos falsos, maquiados ou parciais na defesa dos seus interesses ou de sua empresa, sendo normalmente motivado por interesses financeiros. Um bom exemplo esteve presente na campanha da Globo defendendo o retorno do sistema conhecido como “mata-mata” ao Campeonato Brasileiro. Certa vez, Galvão Bueno, porta-voz esportivo da casa, teve a coragem de dizer numa transmissão que “se ponto corrido fosse bom, a Copa do Mundo era disputada assim”. Como se fosse possível a disputa de um Mundial de seleções dessa forma.
Buscando encorpar esses argumentos, outros profissionais da casa usaram os recordes de público nos estádios como forma de reforçar essa tese. No entanto, “esquecem” que os grandes públicos registrados em finais aconteceram em estádios que possuíam uma capacidade maior que a atual. Além disso, também se “esquecem” que as piores médias de público também se deram no período em que a fórmula do campeonato mudava ao sabor da cartolagem.
O mais novo argumento para a crítica aos pontos corridos surgiu de uma declaração pontualmente selecionada do goleiro Marcos a Glenda Kozlowski. Para o arqueiro do Palmeiras, a fórmula vigente desde de 2003 não é justa com os times do Norte ou Nordeste que precisam viajar mais do que as equipes de outras regiões. Como se não houvesse nas versões passadas uma fase classificatória em que as longas viagens também aconteciam. Propor um calendário mais racional e enxuto – preferencialmente com estaduais menores – para amenizar a verdadeira maratona a qual os times são submetidos ninguém quer, não é?
Na realidade, a exposição de argumentações parciais na defesa do fim da disputa por pontos corridos tem como o objetivo o retorno da fase eliminatória que rende mais audiência que a atual. No entanto, tal argumentação simplesmente ignora a necessidade dos clubes eliminados de atuarem até o final da temporada para expor seus patrocinadores por mais tempo e levar público aos estádios até o fim do ano.
Mas nem só da defesa de interesses financeiros vivem os intelectuais desonestos. E basta ouvir a argumentação dos chamados estrangeirinhos e brasileirinhos do jornalismo esportivo para perceber isso. Na sustentação de ambos, um show de parcialidade e ufanismo que, disfarçado de opinião, ajuda a formar a maneira como as pessoas enxergam futebol. Algo que mostra porque o entendimento do esporte no País evoluiu tão pouco nos últimos anos.       

sábado, 21 de maio de 2011

Contagem Regressiva: Maio de 2011

Para um fanático por futebol, Copa do Mundo é muito mais do que um evento esportivo. É um período para se tirar férias do trabalho e só sair de casa para tratar de assuntos estritamente necessários. São semanas mágicas, onde um jogador consegue deixar o mundo mortal para fazer parte do panteão dos Deuses da Bola e, de quebra, transformar um país inteiro numa grande festa. É uma época para se rir, chorar, se emocionar. Enfim, é um momento que será guardado para sempre em nossos corações...
Os ausentes.
Na última quinta-feira, Mano Menezes, técnico da Seleção Brasileira, convocou 28 jogadores que participarão dos amistosos diante de Holanda (4 de junho em Goiânia) e Romênia (7 de junho em São Paulo). Esta última partida também marcará a despedida do atacante Ronaldo da Seleção. Confira e lista:
Goleiros: Fábio (Cruzeiro), Jefferson (Botafogo) Júlio César (Internazionale) e Victor (Grêmio);
Zagueiros: David Luiz (Chelsea), Lúcio (Internazionale), Luisão (Benfica) e Thiago Silva (Milan);
Laterais: Adriano (Barcelona), André Santos (Fenerbahçe), Daniel Alves (Barcelona) e Maicon (Internazionale);
Volantes: Elias (Atlético de Madrid), Henrique (Cruzeiro), Lucas Leiva (Liverpool), Ramires (Chelsea), Sandro (Tottenham);  
Meias: Anderson (Manchester United), Elano (Santos), Jadson (Shakhtar Donetsk) Lucas (São Paulo) e Thiago Neves (Flamengo);
Atacantes: Alexandre Pato (Milan), Fred (Fluminense), Leandro Damião (Internacional), Neymar (Santos), Nilmar (Villarreal) e Robinho (Milan);
Desta lista sairão os 23 convocados para a Copa América. No entanto, o meia santista Paulo Henrique Ganso também poderá fazer parte do grupo caso se recupere a tempo da lesão muscular que o afasta dos gramados por cerca de 40 dias.
Curiosamente, a lista foi mais comentada pelos ausentes do que pelos presentes. Marcelo, Hernanes, Kaká e Hulk foram os nomes mais lembrados. A começar pelo lateral do Real Madrid, que apesar da grande fase que atravessa, parece não fazer parte dos planos de Mano Menezes após o episódio em que rebateu os comentários do técnico brasileiro.
Expulso ainda no primeiro tempo do amistoso contra a França, o meia Hernanes da Lazio também não figurou na lista. Difícil afirmar, mas o nervosismo e a insônia declarados pelo jogador antes da partida contra os Bleus podem ter significado o aparecimento de uma pulga atrás da orelha de Mano. Afinal, se Hernanes sente tanto um simples amistoso o que sentiria numa competição de verdade?
Por sua vez, Kaká teve sua ausência explicada pelo treinador. Segundo Mano Menezes, o meia do Real Madrid disse que ainda necessita de alguns cuidados a mais para que possa retornar aos gramados em sua melhor forma. Deste modo, um possível retorno à camisa amarela só acontecerá na próxima temporada.
Por último, Hulk é outro que aguardará uma oportunidade após a Copa América. Campeão da Liga Europa e artilheiro da Liga Sagres pelo Porto, o atacante, que atua mais pelos lados do campo, perdeu espaço com o surgimento do jovem Lucas e da boa fase atravessada por nomes como Robinho, Nilmar e Neymar.     
Os rivais.    
A polêmica da vez na Argentina é a possível não convocação de Carlos Tévez pelo técnico Sergio Batista. Como justificativa para a ausência, Batista declarou que o atacante do Manchester City disputa posição com Lionel Messi e Gonzalo Higuaín. Porém, o que se diz na Argentina é que Tévez e Batista se desentenderam após a ausência do jogador do amistoso contra o Brasil. Na ocasião, El Apache ficou de fora por lesão, mas atuou pelos Citizens poucos dias depois.
Sempre polêmico, Maradona saiu em defesa do ex-comandado, dizendo que o atual treinador a seleção albiceleste só pode estar bêbado ou drogado ao ignorar  Tévez. Uma piada pronta vindo de El Pibe ainda mais quando lembramos que o próprio não convocou Javier Zanetti e Esteban Cambiasso, ambos em grande forma, para a Copa de 2010. De qualquer forma, qualquer um que acompanhou a temporada de Tévez sabe que há poucos argumentos para Batista não levá-lo.
De olho na Copa.  
A FIFA e o Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 definiram as cinco sedes da Copa das Confederações que será disputada em 2013 no Brasil. São elas: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Salvador.
Como era de se esperar devido ao atraso das obras do “Fielzão”, São Paulo não apresentará seu estádio a tempo para servir como sede do evento. Não por acaso, muitos temem que a nova arena do Corinthians não fique pronta até o Mundial.
Em linhas gerais, podemos classificar o andamento das obras nas sedes da seguinte forma:
Dentro do previsto: Belo Horizonte, Brasília;
Apresentando atrasos: Cuiabá, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Salvador;
Situação preocupante: Curitiba, Manaus, Natal e São Paulo.    
Créditos das imagens: Marca e Olé.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Question – 15

Anterior:
No último desafio desta série, responda: Quem é o jogador retratado ao lado?
Resposta: Trata-se do ex-lateral direito de Porto e Real Madrid, Carlos Secretário. Pela Seleção Portuguesa, Secretário disputou as Eurocopas de 1996 e 2000. E como bem lembrou o mano Victorino Netto, o lateral esteve na mira da Portuguesa na década de 1990.
Classificação: Parabéns ao amigo JP, o primeiro a acertar o último desafio desta série. Como isso, JP confirmou o segundo lugar na classificação final. Deste modo, como já havia sido informado na semana passada, o vencedor do Question foi Guilherme Siqueira!
Premiação: Conforme informado, Guilherme receberá em casa um livro sobre futebol a sua escolha. Favor entrar em contato com o e-mail a4l@bol.com.br para as providências de escolha e entrega.
Confira abaixo a classificação final:
1º - Guilherme Siqueira – 18 pontos;
2º - JP – 15 pontos;
3º - Mini-Crítico – 14 pontos;
4º - Riccardo Joss – 13 pontos;
5º - Johnny, Marcus Buiatti, Victorino Netto e Yuri Barros (withdrew) – 10 pontos;
6º - Eduardo Júnior – 9 pontos;
7º - Alexandre Aníbal – 8 pontos;
8º - Pedro Cheganças e Prisma – 6 pontos;
9º - Rodolfo Moura – 4 pontos;
10º - Mauro Vaz – 2 pontos;
11º - Joe William – 1 ponto.
Na oportunidade, agradeço a todos que participaram desta série e deixo desde agora o convite para a quarta edição.
Grande abraço!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Estranhas Seleções.

Sempre após as competições, surgem as famosas seleções do campeonato. Normalmente, esses selecionados geram discussões acaloradas, onde um ou mais jogadores invariavelmente são injustiçados.
Como bom louco por futebol, costumo escalar mentalmente as mais diversas e estranhas seleções. Da melhor à pior. Aliás, esse é um bom passa-tempo para esperar o sono chegar.
Algumas delas faço questão de divulgar. Talvez rendam um bom debate ou boas risadas...
Seleção “Bote fé nos velhinhos”
Foi-se o tempo em que jogadores acima dos 30 anos eram considerados acabados para o futebol. Hoje, com a devida preparação física, os atletas podem atuar em alto nível até o fim de suas carreiras. Como prova disso, escalei uma “Estranha Seleção” composta apenas por jogadores acima dos 30, mas que produziram muito para suas equipes na temporada 2010/11:
Edwin van der Sar, 40 anos: Recentemente, van der Sar anunciou que vai pendurar as chuteiras ao final da temporada. Porém, pelo que demonstrou neste certame, ninguém reclamaria se ele estendesse sua careira mais um pouco. Pode se aposentar como campeão europeu daqui a duas semanas; 
Javier Zanetti, 37 anos: Quem o vê correndo como um garoto no meio-campo ou nas laterais da Inter pode não acreditar que esse argentino vai completar 38 anos em agosto. Atingiu a marca de 1000 partidas na carreira diante da Roma pela Coppa Italia.   
Alessandro Nesta, 35 anos: Ao lado de Thiago Silva, Nesta formou uma das melhores duplas de zaga da Europa. O fôlego não é mais o mesmo e as contusões estão sempre presentes, mas a elegância, técnica e o poder de antecipação continuam os mesmos;
Rio Ferdinand, 32 anos: Uma das razões para o Manchester United possuir uma das defesas mais sólidas do mundo atende pelo nome de Rio Ferdinand. Imbatível pelo alto e seguro pelo chão, segue entre os melhores da posição;
Carles Puyol, 33 anos: Versátil, atuou como lateral esquerdo na semifinal da UEFA Champions League mesmo voltando de lesão. Dono de um fôlego invejável, é uma das lideranças do Barcelona e atual detentor da caixa de capitão;
Mark van Bommel, 34 anos: Liberado pelo Bayern, foi um dos responsáveis pela consolidação do Milan campeão italiano. De quebra, ainda ouviu o compatriota Robben dizer que sua liderança fez falta ao ex-clube;  
Clarence Seedorf, 35 anos: Após temporadas aquém de sua melhor forma, foi um dos destaques do Milan em 2010/11. Na ausência de Pirlo, mostrou-se um regista de primeira, marcando, fazendo a saída de bola e ainda chegando ao ataque;
Ryan Giggs, 37 anos: De ponta (ou winger) rápido e driblador, Giggs se tornou um meio completo. Mas se engana que pensa que a mudança se deve por ausência de fôlego. Contra o Chelsea, no jogo de ida pelas quartas-de-final da UEFA Champions League, o galês foi o atleta dos Red Devils que mais se movimentou em campo;
Francesco Totti, 34 anos: Após amargar a reserva da Roma sob o comando de Claudio Ranieri, retomou a titularidade com a chegada do ex-companheiro Vincenzo Montella. De novo em forma, foi decisivo contra a Lazio no derby romano;
Raúl González, 33 anos: A saída para o Real Madrid parecia a senha para um final de carreira melancólico. Todavia, o espanhol se tornou inspiração e peça-chave para o Schalke 04, semifinalista da UEFA Champions League;
Antonio Di Natale, 33 anos: Como bom vinho, Di Natale parece melhorar com o passar dos anos. Capitão e artilheiro da Udinese é o comandante do time que encantou a Itália nesta temporada;

Técnico – Sir Alex Ferguson, 69 anos: É incrível como após tantos anos e tantas conquistas à frente de um mesmo clube, Ferguson ainda continue com a mesma vibração dos primeiros dias. Vencedor nato, acaba de conquistar seu 12º título inglês. De quebra, conduziu o Manchester United a mais uma final da Liga dos Campeões.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Lembra desse?!

Aquele lance ou momento que você, por um motivo ou outro, nunca esqueceu.
Nilton, 86.
Hoje, 16 de maio de 2011, uma lenda do futebol brasileiro completa 86 anos. Craque verdadeiro, Nilton Santos foi um dos maiores laterais de todos os tempos e um dos responsáveis pela maneira como os jogadores da posição atuam hoje. Extremamente técnico, recebeu o apelido de Enciclopédia.
Nesta importante data, relembro uma de suas últimas aparições em programas esportivos, um momento recheado de bom humor e uma boa pitada de ironia.
Perguntado pelo apresentador Milton Neves se no tempo dele era mais difícil chegar à Seleção, Nilton foi enfático:
“Era muito mais difícil. Antes, era preciso ter muita técnica. Hoje, qualquer um é convocado. Veja o Jardel (ex- Grêmio e Porto). Para ele matar uma bola, só se for com um revólver.”
Gargalhada geral...
Crédito da Imagem: Globo Esporte
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sábado, 14 de maio de 2011

Sequência de vitórias do Coritiba impressiona, mas não é a maior de todos os tempos.

A série de 24 vitórias consecutivas do Coritiba vem dando o que falar. Para o site “Coxanautas” trata-se de um recorde mundial e não apenas brasileiro. Clique aqui para ler a versão dos torcedores do Coxa.
Todavia, o intrépido Yuri Barros não perdeu tempo e realizou sua própria pesquisa. Para Yuri, a maior sequência pertence ao Sparta Praga com quase inacreditáveis 57 triunfos:
“O pessoal do Coxanautas proclama recorde de vitórias consecutivas do Coritiba (24 vitórias);

PVC vem analisando dados (até o momento o jornalista não encerrou sua pesquisa);

Já refutaram os 29 do Benfica e os 25 do Celtic, mas não refutaram os 28 do Dínamo Zagreb;
Desconfio que tal recorde seja do Sparta Praga, de 1919 a 1923.
No sitio da RSSSF já é destacado o fato de que o Sparta foi tetracampeão invicto entre 1920 e 1923, só com vitórias, totalizando mais de 51 vitórias consecutivas. Link: http://www.rsssf.com/miscellaneous/unbeaten.html


O QUE FAZ-ME COLOCAR ESSE COMO UM POSSÍVEL RECORDE?
A tradicional Copa Mitropa começou em 1927;

Não havia "copa da Tchecoslováquia", até os anos 1950;

Porém, poderia haver um joguinho aqui, outro ali, então fui conferir na Wikipédia eslovaca sobre esse período. é dito que o Sparta, nesse período venceu 59 jogos, exceto um, "O SEGUNDO JOGO DO PRIMEIRO ANO", ou seja, o segundo jogo de 1919 (por isso os invictos vão de 1920 a 1923, não incluindo 19, a história bate!)
Portanto, se esse único tropeço foi na segunda rodada de 1919, o Sparta conseguiu 57 VITÓRIAS SEGUIDAS EM COMPETIÇÕES OFICIAIS, ESTABELECENDO ASSIM O RECORDE MUNDIAL.
E agora? Terá o Sparta Praga a maior sequência de vitórias da história do futebol?

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Question – 15

No último desafio desta série, responda: Quem é o jogador retratado ao lado?
Dicas serão inseridas neste espaço de acordo com a necessidade dos participantes.

Regulamento: O primeiro acertador receberá três pontos. Os demais acertadores receberão um ponto pela participação. Na próxima sexta, a resposta deste desafio.
Premiação: O participante que somar o maior número de pontos ao final de quinze edições receberá em casa um livro sobre futebol a sua escolha.
Boa sorte a todos.
Anterior:
Responda quais afirmativas sobre a UEFA Champions League abaixo são verdadeiras: 
I – Bayern de Munique e Juventus marcaram presença em oito finais;
Falso: A Juventus esteve presente em sete decisões.
II – A Itália é o país com o maior número de finais: 26;
Verdadeiro.
III – Com seis conquistas, o espanhol Gento é o jogador com o maior número de títulos;
Verdadeiro.
IV – O holandês Seedorf é o único jogador a conquistar o título por três clubes diferentes.
Falso: Campeão com o Real Madrid em 2000, com o Barcelona em 2006 e 2009 e com a Inter em 2010, Samuel Eto’o também foi campeão europeu por três clubes diferentes.
Classificação: Parabéns ao Alexandre Aníbal, o primeiro acertador do desafio. Como esse resultado, matematicamente, o título desta terceira série do Question vai para o grande Guilherme Siqueira que com 18 pontos não pode ser mais alcançado. Parabéns, Guilherme! Aguarde instruções para entrega do prêmio.
Confira abaixo a classificação de momento:
1º - Guilherme Siqueira – 18 pontos;
2º - Mini-Crítico e Riccardo Joss – 13 pontos;
3º - JP – 12 pontos;
4º - Johnny e Yuri Barros (withdrew) – 10 pontos;
5º - Eduardo Júnior, Marcus Buiatti e Victorino Netto – 9 pontos;
6º - Alexandre Aníbal – 8 pontos;
7º - Pedro Cheganças e Prisma – 6 pontos;
8º - Rodolfo Moura – 3 pontos;
9º - Mauro Vaz – 2 pontos;
10º - Joe William – 1 ponto.

terça-feira, 10 de maio de 2011

A4L recomenda:

Placar – Maio de 2011.
O futebol argentino está pedindo socorro. É isso o que revela a reportagem assinada por Elias Perugino (El Gráfico) para a revista Placar deste mês. Submersa numa crise técnica, financeira e até mesmo de formação de jovens atletas, o futebol de nossos vizinhos enfrenta neste momento uma crise como há muito não se via.
Por trás dos elogios fáceis como “torcidas que cantam o jogo todo” e “produção em massa de enganches” existe uma realidade dolorosa: “Me incomoda muito que o melhor jogador do futebol argentino seja Giovani Moreno, um colombiano” Palavras de Sergio Batista, técnico da Argentina.
Até mesmo as categorias de base, antes verdadeiras fábricas de talento, enfrentam problemas: “Ninguém se preocupa com a formação. Os garotos de 9 anos têm tantas pressões como jogadores de primeira divisão. Não se divertem, não brincam com a bola” afirma o treinador.  
O nível técnico, sempre elogiado, desta vez dá lugar a uma análise mais dura: “Uma partida do futebol argentino está mais parecida com um jogo de pinball. A bola voa pelo ar, rebate entre pés que não sabem tratá-la e que se livram dela com desprezo e indolência” descreve Perugino. “Se o futebol argentino fosse uma planta, poderíamos dizer que tem problemas na raiz, nos ramos e nos frutos”, prossegue o jornalista.
Ao contrário do que muitos imaginam, Conca e Montillo não deixaram o país por falta de espaço devido ao excesso de qualidade, mas por falta paciência com o tempo de maturação dos jogadores. Hoje, segundo Perugino, River Plate e San Lorenzo choram as ausências dos dois.
A questão econômica também preocupa. Para sobreviver, um clube argentino precisa negociar dois ou três jogadores por semestre. E, diferente de outros tempos, mercados em melhor posição como México, Brasil e Ucrânia tornaram-se alternativas mais interessantes. Lamentavelmente, um cenário desolador.
Ainda nesta edição:
Kaká vai renascer? Placar reconstrói o momento do craque e aponta o que podemos esperar de seu futuro.
O Twitter no Futebol. Em tempos de declarações politicamente corretas, o microblog ainda é um oásis para declarações polêmicas e até mesmo bombásticas.

domingo, 8 de maio de 2011

Tipos de Jornalista Esportivo.

Baseado na série de posts do blog de Maurício Stycer intitulada Tipos de Leitor – espaço onde o jornalista destrincha os habitantes da blogosfera – o “Além das Quatro Linhas” abordará os diferentes tipos de jornalistas das mais diversas mídias. Mas, como este blogueiro se limita ao assunto futebol, vamos manter o foco apenas nos jornalistas esportivos...
O Passional.
Nada mais normal do que um jornalista esportivo torcer por um time. Afinal, ninguém é filho de chocadeira e o gosto por essa área decorre, geralmente, da paixão por um clube. Difícil é saber dosar esse sentimento e separar o amor da profissão.
Todavia, o que não falta são armadilhas no caminho. Um caso clássico são os programas televisivos em que cada jornalista da bancada “defende” determinado clube. No meu estado, dois bons exemplos são o Minas Esporte (Band) e o Alterosa Esporte (TV Alterosa). Não foram poucas as vezes que o debate entre os participantes descambou para o escárnio ou para discussões mais ásperas.
Frequentemente, essa ligação forte com o clube também pode colocar a paixão acima da razão e provocar críticas a técnicos e jogadores, algo que, queiram ou não, acaba influenciando na opinião pública. Não são raros os episódios em que treinadores são demitidos após sofrerem com verdadeiras campanhas desses jornalistas/torcedores. São comuns também, casos de jogadores patrulhados em sua vida particular em suas horas de folga.
Outro reflexo, este menos perigoso, pode ser notado em avaliações demasiadamente duras sobre o time do coração. Na tentativa de ser neutro, o profissional acaba reclamando além da conta, cobrando uma excelência que não existe, ainda mais num futebol instável como o brasileiro.
De todos os tipos de jornalista, o “Passional” talvez seja o que menos consciência tem dos danos que pode provocar na rotina do clube que diz torcer ou que ama em segredo. Porém, graças a essa paixão, a análise fica em segundo plano e quem paga por isso é o torcedor.  

sábado, 7 de maio de 2011

O DNA de Muricy.

A semana dos clubes brasileiros na Copa Libertadores da América só não foi mais trágica porque o goleiro Rafael salvou o Santos da eliminação diante dos mexicanos do América. Não fosse a grande atuação do jovem arqueiro santista, o time de Muricy Ramalho estaria fazendo companhia a Cruzeiro, Internacional, Grêmio e Fluminense.
Curiosamente, a pressão que quase levou o América às quartas-de-final aumentou justamente após Muricy promover a mesma alteração que havia realizado no clássico diante do São Paulo: Saída do atacante Zé Eduardo para a entrada do zagueiro Bruno Aguiar. Na ocasião da semifinal, o técnico disse que muitos devem ter criticado a troca e que falar lá do ar condicionado das cabines (em alusão aos comentaristas esportivos) é fácil. Numa declaração que tinha como óbvia motivação a autoexaltação.  
Não foram poucos a cair na conversa do treinador. Para muitos, o futebol é um jogo entre técnicos e não uma disputa entre duas equipes organizadas por dois técnicos. O fato de Paulo César Carpegiani ter sido infeliz em suas alterações ao colocar em campo os pouco móveis Fernandão e Rivaldo acabou ficando em segundo plano. Isso sem falar que a partida foi decidida muito mais pelo talento de Paulo Henrique Ganso e Neymar do que por qualquer outra coisa.
Fico pensando no que diria Muricy se o Santos tivesse sido eliminado em Querétaro. Certamente não teria sido porque seu time perdeu quase toda profundidade sem a presença de um atacante que, além de tudo, já estava mal escalado aberto na ponta direita. Ou seja, sua responsabilidade.
Apesar das diversas conquistas recentes, penso que Muricy Ramalho é um representante do que há de mais ultrapassado na maneira como muitos técnicos de futebol no Brasil encaram o esporte. Enquanto o mundo se encaminha para a valorização da técnica e a variação de jogadas, seus times são cada vez mais “quadrados”, fixados no mantra “marcação, contra-ataque e bola aérea”. Esse tipo de pensamento pode até funcionar bem no Brasil, mas dificilmente funcionaria no cenário internacional.
No comando do Santos, Muricy deve confirmar os maiores temores daqueles que não o queriam na Seleção. Ou seja, esvaziar toda qualidade técnica de um time que encantou o País justamente pelo talento dos jovens valores que ali se alinham, quando, na verdade, a intenção de sua contratação era dar equilíbrio defensivo a um time que se mostrou vulnerável em diversos momentos. Tudo em nome de uma forma atrasada e mesquinha de ser enxergar futebol.
Crédito da Imagem: R7